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11/03/2004
-
15h06
da Folha Online
Uma série de explosões atingiu hoje quatro trens de passageiros durante o horário de rush em Madri, deixando 190 mortos e 1.247 feridos, declarou o porta-voz do Ministério do Interior da Espanha.
Fontes judiciais confirmaram o número de mortos e disseram que 181 pessoas morreram nos trens atingidos pelas explosões, enquanto as outras nove vítimas morreram em ambulâncias ou em hospitais.
Dez bombas explodiram em quatro trens nas imediações de três estações de Madri, ao longo da mesma linha.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados, considerados os mais sangrentos na história da Espanha.
O governo espanhol acusou o grupo separatista basco ETA pelos ataques, que ocorreram a três dias das eleições gerais. O grupo está na lista de grupos terroristas dos EUA e da União Européia. O ETA luta por um Estado independente e já causou a morte de 850 pessoas desde 1968.
"Isso é um massacre", declarou minutos depois dos ataques Eduardo Zaplana, porta-voz do governo espanhol --cujo primeiro-ministro é José María Aznar (do Partido Popular). A Espanha é uma monarquia e seu rei é Juan Carlos.
O líder nacionalista do extinto partido basco Batasuna, Arnaldo Otegi, lamentou o ataque e descartou qualquer participação do grupo nas ações de hoje, acrescentando que tais atos seriam de autoria de "facções árabes". Esta é primeira vez que o Batasuna, acusado de manter ligações com o grupo terrorista ETA, lamenta um atentado na Espanha.
"Nem por nossos objetivos (separatistas) nem pela forma como foram feitos (os ataques), pode-se afirmar que o ETA está por trás da ação" desta quinta-feira em Madri", disse Otegi, que qualificou o atentado de "massacre".
Banho de sangue
As explosões ocorreram em série, entre 7h35 e 7h55 (entre 3h35 e 3h55, no horário de Brasília). Não há informações sobre o tipo de explosivo utilizado. As bombas estavam escondidas em sacos plásticos.
Os trens atingidos transportavam passageiros provenientes de Alcalá de Henares e Guadalajara. As estações atingidas foram Atocha, El Pozo e Santa Eugenia.
Pedaços de corpos se espalharam pelos locais dos atentados. Feridos ensangüentados e pessoas queimadas foram tirados às pressas em meio a ferragens e destroços.
"Os assassinos tentam semear o terrorismo e o caos. Isto é uma ação criminosa do ETA", disse Zaplana à rádio Cadena Ser.
O ministro britânico de Relações Exteriores, Jack Straw, negou-se a comentar a possibilidade de a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, estar por trás dos ataques --a rede costuma realizar ataques simultâneos como os ocorridos hoje na Espanha e os que atingiram instituições britânicas na Turquia, em novembro.
O Reino Unido e a Espanha foram os dois principais aliados dos Estados Unidos na investida militar contra o Iraque.
O Partido Popular (centro-direita), do atual premiê espanhol, José María Aznar, é favorito para vencer as eleições de domingo, mas não deve obter maioria no Parlamento, segundo pesquisas. Aznar, no poder desde 1996, não é candidato à reeleição.
Com agências internacionais
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Uma série de explosões atingiu hoje quatro trens de passageiros durante o horário de rush em Madri, deixando 190 mortos e 1.247 feridos, declarou o porta-voz do Ministério do Interior da Espanha.
Fontes judiciais confirmaram o número de mortos e disseram que 181 pessoas morreram nos trens atingidos pelas explosões, enquanto as outras nove vítimas morreram em ambulâncias ou em hospitais.
Dez bombas explodiram em quatro trens nas imediações de três estações de Madri, ao longo da mesma linha.
Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados, considerados os mais sangrentos na história da Espanha.
O governo espanhol acusou o grupo separatista basco ETA pelos ataques, que ocorreram a três dias das eleições gerais. O grupo está na lista de grupos terroristas dos EUA e da União Européia. O ETA luta por um Estado independente e já causou a morte de 850 pessoas desde 1968.
"Isso é um massacre", declarou minutos depois dos ataques Eduardo Zaplana, porta-voz do governo espanhol --cujo primeiro-ministro é José María Aznar (do Partido Popular). A Espanha é uma monarquia e seu rei é Juan Carlos.
O líder nacionalista do extinto partido basco Batasuna, Arnaldo Otegi, lamentou o ataque e descartou qualquer participação do grupo nas ações de hoje, acrescentando que tais atos seriam de autoria de "facções árabes". Esta é primeira vez que o Batasuna, acusado de manter ligações com o grupo terrorista ETA, lamenta um atentado na Espanha.
"Nem por nossos objetivos (separatistas) nem pela forma como foram feitos (os ataques), pode-se afirmar que o ETA está por trás da ação" desta quinta-feira em Madri", disse Otegi, que qualificou o atentado de "massacre".
Banho de sangue
As explosões ocorreram em série, entre 7h35 e 7h55 (entre 3h35 e 3h55, no horário de Brasília). Não há informações sobre o tipo de explosivo utilizado. As bombas estavam escondidas em sacos plásticos.
Os trens atingidos transportavam passageiros provenientes de Alcalá de Henares e Guadalajara. As estações atingidas foram Atocha, El Pozo e Santa Eugenia.
Pedaços de corpos se espalharam pelos locais dos atentados. Feridos ensangüentados e pessoas queimadas foram tirados às pressas em meio a ferragens e destroços.
"Os assassinos tentam semear o terrorismo e o caos. Isto é uma ação criminosa do ETA", disse Zaplana à rádio Cadena Ser.
O ministro britânico de Relações Exteriores, Jack Straw, negou-se a comentar a possibilidade de a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, estar por trás dos ataques --a rede costuma realizar ataques simultâneos como os ocorridos hoje na Espanha e os que atingiram instituições britânicas na Turquia, em novembro.
O Reino Unido e a Espanha foram os dois principais aliados dos Estados Unidos na investida militar contra o Iraque.
O Partido Popular (centro-direita), do atual premiê espanhol, José María Aznar, é favorito para vencer as eleições de domingo, mas não deve obter maioria no Parlamento, segundo pesquisas. Aznar, no poder desde 1996, não é candidato à reeleição.
Com agências internacionais
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