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15/03/2004
-
19h32
da Folha Online
José Luis Rodríguez Zapatero reafirmou nesta segunda-feira, em sua primeira entrevista como premiê eleito da Espanha, sua promessa de que as tropas espanholas "evidentemente" voltarão para casa se a ONU (Organização das Nações unidas) não "assumir o controle da situação" até 30 de junho, data da transferência da soberania para os iraquianos.
À pergunta "se não houver novidades antes de 30 de junho, os soldados regressarão do Iraque?", Zapatero respondeu à rádio Cadena Ser: "evidentemente, mas neste momento não se prevê que ocorram acontecimentos novos".
Zapatero acrescentou que só anunciaria o regresso dos 1.300 militares espanhóis destacados no Iraque "após a tomada de posse do novo Congresso de deputados", a partir de 2 de abril.
"A guerra no Iraque foi um desastre. A ocupação é um desastre", afirmou o secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), vencedor das eleições legislativas de ontem em uma virada histórica, três dias depois dos atentados terroristas em Madri, que deixaram 200 mortos e 1.500 feridos.
Na última quinta-feira (11), dez bombas atingiram quatro trens urbanos em Madri --em três estações de grande movimento-- e causaram o maior atentado terrorista da história da Espanha.
Até o momento o governo espanhol não tem informações sobre quem cometeu os ataques. Tanto o grupo terrorista e separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), que luta por um Estado independente no norte da Espanha, como a rede terrorista Al Qaeda estão entre os suspeitos.
Governo
Durante a entrevista, Zapatero afirmou que vai formar um governo "solitário", mas disse que seu partido buscará acordos parlamentares com "quase todos os grupos" políticos.
O PSOE decidiu não buscar um pacto de governo, mas o premiê eleito ofereceu um "diálogo permanente" para que sejam alcançados "acordos pontuais".
"Governarei para todos os espanhóis, escutarei antes de decidir e respeitarei permanentemente as críticas", afirmou, acrescentando que pretende reunir-se a cada três meses com o líder da oposição.
Zapatero, que precisará de alianças no Parlamento para governar, disse que enquanto tiver o mandato na Câmara dos Deputados permanecerá em contato com seus parceiros e reunirá todos os partidos políticos para obter decisões de amplo consenso.
"Não quero que seja apenas um decisão do governo", disse Zapatero, referindo-se à retirada das tropas espanholas do Iraque. A declaração conciliadora rompe com o modo de atuação do governo do Partido Popular (PP), comandado pelo atual premiê, José María Aznar.
Zapatero anunciou também "a intenção de acelerar logo que possível [a adoção] da Constituição européia", até agora bloqueada pelas reticências de Madri e Varsóvia.
Com agências internacionais
Especial
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Saiba mais sobre os ataques terroristas na Espanha
Premiê eleito ameaça retirar tropas espanholas do Iraque
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José Luis Rodríguez Zapatero reafirmou nesta segunda-feira, em sua primeira entrevista como premiê eleito da Espanha, sua promessa de que as tropas espanholas "evidentemente" voltarão para casa se a ONU (Organização das Nações unidas) não "assumir o controle da situação" até 30 de junho, data da transferência da soberania para os iraquianos.
À pergunta "se não houver novidades antes de 30 de junho, os soldados regressarão do Iraque?", Zapatero respondeu à rádio Cadena Ser: "evidentemente, mas neste momento não se prevê que ocorram acontecimentos novos".
Zapatero acrescentou que só anunciaria o regresso dos 1.300 militares espanhóis destacados no Iraque "após a tomada de posse do novo Congresso de deputados", a partir de 2 de abril.
"A guerra no Iraque foi um desastre. A ocupação é um desastre", afirmou o secretário-geral do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), vencedor das eleições legislativas de ontem em uma virada histórica, três dias depois dos atentados terroristas em Madri, que deixaram 200 mortos e 1.500 feridos.
Na última quinta-feira (11), dez bombas atingiram quatro trens urbanos em Madri --em três estações de grande movimento-- e causaram o maior atentado terrorista da história da Espanha.
Até o momento o governo espanhol não tem informações sobre quem cometeu os ataques. Tanto o grupo terrorista e separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), que luta por um Estado independente no norte da Espanha, como a rede terrorista Al Qaeda estão entre os suspeitos.
Governo
Durante a entrevista, Zapatero afirmou que vai formar um governo "solitário", mas disse que seu partido buscará acordos parlamentares com "quase todos os grupos" políticos.
O PSOE decidiu não buscar um pacto de governo, mas o premiê eleito ofereceu um "diálogo permanente" para que sejam alcançados "acordos pontuais".
"Governarei para todos os espanhóis, escutarei antes de decidir e respeitarei permanentemente as críticas", afirmou, acrescentando que pretende reunir-se a cada três meses com o líder da oposição.
Zapatero, que precisará de alianças no Parlamento para governar, disse que enquanto tiver o mandato na Câmara dos Deputados permanecerá em contato com seus parceiros e reunirá todos os partidos políticos para obter decisões de amplo consenso.
"Não quero que seja apenas um decisão do governo", disse Zapatero, referindo-se à retirada das tropas espanholas do Iraque. A declaração conciliadora rompe com o modo de atuação do governo do Partido Popular (PP), comandado pelo atual premiê, José María Aznar.
Zapatero anunciou também "a intenção de acelerar logo que possível [a adoção] da Constituição européia", até agora bloqueada pelas reticências de Madri e Varsóvia.
Com agências internacionais
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