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16/03/2004 - 08h53

Nenhum país está a salvo do terrorismo, diz Interpol

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da France Presse, em Manila (Filipinas)

Nenhum governo de nenhum país pode se considerar a salvo do terrorismo, declarou hoje Ronald K. Noble, secretário-geral da Interpol (polícia internacional).

"Nem Europa, nem África, nem as Américas nem a Ásia podem pensar que os atentados terroristas do tipo dos cometidos pela Al Qaeda sejam um problema de outra região", disse Noble, ao inaugurar uma conferência para a Ásia realizada pela Interpol em Manila (Filipinas).

Citando atentados cometidos em países como Argélia, Iraque, Itália ou Estados Unidos, Noble afirmou que "por nossa experiência, a Interpol acredita que nenhum governo pode dizer honestamente a seus cidadãos que estejam tranqüilos em relação ao terrorismo".

Lembrando que a responsabilidade da rede terrorista de Osama bin Laden não foi comprovada ainda nos atentados que provocaram mais de 200 mortos em Madri, Noble considerou que apresentam "numerosos aspectos que para a Interpol tornam preocupantes as técnicas de Al Qaeda".

As explosões de Madri, que ocorreram com pequenos intervalos em quatro trens suburbanos, têm o perfil de "alvos múltiplos simultâneos tendentes a causar danos em massa em um ambiente suscetível de ter um impacto mundial", disse Noble.

Esse tipo de técnica representa "a maior preocupação e o maior desafio para nós, responsáveis pela polícia, e para a comunidade mundial", afirmou.

"Pode não ser uma coincidência que os atentados de Madri tenham sido cometidos no dia 11 de março, exatamente 911 dias depois dos atentados de 11 de setembro."

"Todo sucesso de um atentado terrorista vinculado à Al Qaeda ou ao 11 de Setembro mina a confiança da população de que os governos podem proteger seus cidadãos", declarou.

Para combater o terrorismo, Noble destacou o sistema de segurança elaborado pela Interpol que permite a 90 nações trocar informações sobre as ameaças terroristas e as "notícias laranja", ameaças de alerta sobre armas dissimuladas, pacotes-bomba ou outros objetos perigosos. Essas mensagens só podem ser consultadas pelos serviços de segurança de órgãos públicos e de organizações internacionais.

"O intercâmbio de informações entre os países é fundamental na luta contra o terrorismo", declarou o dirigente da polícia nacional filipina, Hermógenes Edbane, durante a mesma conferência.

Noble elogiou a Ásia por seu combate contra o terrorismo, citando os sucessos dos filipinos na luta contra o grupo islâmico Abu Sayyaf, considerado como ligado à Al Qaeda.

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