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11/03/2010 - 05h40

Israel planeja 50 mil moradias em Jerusalém Oriental

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da Efe, em Jerusalém

A prefeitura de Jerusalém tem planos para construir cerca de 50 mil moradias em colônias judias no leste da cidade, território palestino ocupado por Israel, segundo fontes municipais.

Os projetos se encontram em diferentes fases de planejamento e aprovação, e dificilmente sairão do papel nos próximos dois anos, explicou Meir Margalit, vereador do partido de esquerda Meretz.

O jornal israelense "Ha'aretz", que traz a informação, destaca que "os planos de construção em Jerusalém nos próximos anos, inclusive décadas, devem ser centrados em Jerusalém Oriental".

Os novos planos afetam principalmente os assentamentos já construídos, embora uma pequena parte consistiria na construção de casas para judeus em bairros árabes, assinala o jornal, que cita "funcionários de planejamento".

Por enquanto já se encontram em "avançada fase de aprovação e implantação" os projetos de edificação de 20 mil apartamentos, acrescenta. Os demais ainda não foram apresentados aos comitês de planejamento.

A "principal força" por trás desses projetos são as autoridades estatais, por meio da Administração de Terras de Israel e do Ministério de Construção e Moradia.

Também contam com o apoio de empresários da iniciativa privada e organizações políticas, entre elas grupos a favor da colonização do território palestino, assinala o "Ha'aretz".

A porta-voz da Prefeitura de Jerusalém, Guidi Schmerling, assegurou que a informação divulgada pelo jornal não é "completamente precisa" e que ainda hoje será emitido um comunicado de resposta.

O vereador Margalit, porém, esclareceu que não considera o anúncio "tão dramático", pois a maior parte das construções ficará em territórios que Israel considera bairros judeus, a leste da "Linha Verde" (fronteira virtual internacionalmente reconhecida entre os territórios israelense e palestino), que os palestinos já assumiram que ficariam sob soberania israelense em um eventual acordo de paz.

O vereador disse ainda que a maioria dos projetos não deve sair do papel.

O status de Jerusalém Oriental, ocupado por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967, é um dos principais problemas do conflito do Oriente Médio, pois os palestinos pretendem que o local seja a capital de seu futuro Estado, enquanto Israel considera a cidade sua capital "eterna e indivisível".

Há décadas o Estado judeu promoveu a construção de bairros judeus na zona ocupada, onde vivem hoje aproximadamente 200 mil israelenses, contra determinações do Direito Internacional.

O último plano de construção em assentamento judaico no leste da cidade (1.600 casas na região de Ramat Shlomo), foi anunciado na última terça-feira, enquanto o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, visitava Israel. O projeto recebeu várias críticas internacionais.

 

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