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Ataque aéreo atribuído aos EUA mata ao menos seis no Paquistão
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da Folha Online
Dois ataques de míssil, lançados por um avião não tripulado atribuído aos Estados Unidos, mataram ao menos seis supostos insurgentes no Waziristão do Norte, no Paquistão, importante reduto da rede terrorista Al Qaeda e do grupo islâmico radical Taleban.
"O número de mortos pode aumentar, mas até agora temos a informação de que seis militantes foram mortos nos dois incidentes", disse uma autoridade da inteligência em Miranshah.
A agência de notícias Associated Press já fala em ao menos nove mortos.
O primeiro ataque, composto de cinco mísseis, tinha como alvo um esconderijo utilizado por militantes e um veículo na vila de Mazoni, cerca de dez quilômetros a oeste de Miranshah, principal cidade do Waziristão do Norte.
Outros dois mísseis foram lançados cerca de 50 minutos depois em um veículo na área de Datta Kheil, a 40 quilômetros a oeste de Miranshah.
Fontes citadas pela Associated Press diz que outros militantes ficaram feridos no ataque, mas não souberam precisar quantos.
Autoridades locais disseram, em condição de anonimato, que alguns dos homens mortos em um ataque similar nesta terça-feira, em Datta Khel são estrangeiros que estavam no reduto de Hafiz Gul Bahadur, um senhor da guerra cujos militantes combatem as forças americanas e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão.
Recurso
Um relatório recente do Instituto do Paquistão para Estudos de Paz afirma que aviões americanos não tripulados efetuaram 32 ataques deste tipo em 2008 e 51 em 2009.
Desde o começo do ano, já houve cerca de 30 ações similares nas áreas tribais paquistanesas, a maioria na mesma demarcação atacada nesta terça-feira.
Os militares americanos não confirmam os ataques de aviões não tripulados, mas suas Forças Armadas e a CIA (agência de inteligência americana), que operam no Afeganistão, são as únicas que têm estas aeronaves na região.
Oficialmente, Islamabad nega que autorize os ataques de aviões não tripulados e chegou diversas vezes a criticá-los por ameaçar civis e romper com a soberania nacional. Fontes paquistanesas e dos EUA, contudo, afirmam que existe um consentimento tácito e que os serviços de inteligência dos dois países compartilham informação sobre os alvos.
Os agentes de combate ao terrorismo nos EUA veem nestes ataques uma forma eficiente de combater grupos terroristas e prejudicar suas operações, sem colocar em risco agentes do país.
Com poucas opções de ferramentas para enfrentar militantes escondidos em áreas tribais remotas e regiões montanhosas, o programa de aviões não tripulados encontra apoio no Congresso e foi significativamente ampliado no governo de Barack Obama.
Com agências internacionais
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