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No ano-novo persa, Obama renova oferta de diálogo ao Irã
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da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, renovou neste sábado sua oferta de diálogo ao Irã em mensagem em vídeo ao povo iraniano por ocasião do Nowruz, o ano-novo persa. A mensagem repete a oferta do ano passado, mas sem a expectativa de avanços após o fracasso da proposta de troca de urânio iraniano.
Na mensagem divulgada pela Casa Branca, Obama afirmou que "nossa oferta de contatos diplomáticos exaustivos se mantém", apesar de "trabalhamos com a comunidade internacional para que o governo iraniano preste contas porque rejeita cumprir suas obrigações internacionais".
O presidente americano já tinha emitido uma mensagem similar ao povo iraniano no ano passado, também por ocasião do Nowruz. Nela, Obama propôs ao governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad um novo começo nas relações bilaterais se o Irã cumprisse suas obrigações internacionais e renunciasse ao enriquecimento de urânio.
Desde então, Teerã ignorou essas propostas e não houve resultados proveitosos nas negociações entre Irã e o G6 (EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) --grupo de países encarregados de negociar com o regime iraniano em nome da comunidade internacional.
As relações com os EUA se deterioraram ainda mais depois das eleições presidenciais de junho e a repressão do regime iraniano contra os manifestantes que colocavam em dúvida a transparência do pleito e protestavam contra a reeleição de Ahmadinejad.
"Ao longo do ano passado, foi o governo iraniano que optou por se isolar. Ele elegeu a opção pessimista de continuar centrado no passado em vez de se comprometer com um futuro melhor", sustentou Obama.
Segundo o presidente americano, os EUA estão comprometidos com um futuro melhor para o povo iraniano e aumentarão as oportunidades para intercâmbios educacionais e o acesso à internet.
O Irã, que tem se recusado a interromper seu programa de enriquecimento de urânio, nega a intenção de construir uma bomba atômica e diz que seu programa nuclear tem como objetivo a geração de energia elétrica.
"Estamos familiarizados com suas queixas passadas e temos as nossas também, mas estamos preparados para ir adiante. Sabemos o que vocês não aceitam; agora nos digam o que querem", disse ele.
Aberturas e sanções
Obama disse que os EUA têm aumentado as oportunidades de intercâmbios educacionais para que iranianos estudem em escolas e universidades norte-americanas, e também ampliado o acesso à Internet para que os iranianos possam se "comunicar uns com os outros, e com o mundo, sem medo da censura."
A abertura de Obama para envolver o Irã diplomaticamente se este "descerrar o punho" rompeu a política do governo anterior de isolar a República Islâmica, incluída pelo ex-presidente George W. Bush no "eixo do mal."
Obama não descartou quaisquer opções no trato com o Irã, mas autoridades dos EUA deixaram claro que preferem a diplomacia, dada a dificuldade de impor sanções e o risco de que uma ação militar aprofunde o conflito.
Washington vem lutando para convencer Rússia e China, ambos detentores de veto no Conselho de Segurança da ONU e aliados-chave do Irã, a concordar com sanções mais agressivas.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin disse à secretário de Estado dos EUA Hillary Clinton, que visita o país, que um apoio russo a novas sanções na ONU é possível.
Os EUA, ansiosos em não minar a crescente oposição doméstica ao governo Ahmadinejad, enfatizou que quaisquer sanções têm como alvo o governo iraniano, e não seu povo.
"Quero que os iranianos saibam o que meu país pretende. Os EUA acreditam na dignidade de todo ser humano, e uma ordem internacional que curve o arco da história na direção da justiça", disse Obama.
Com Efe e Reuters
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