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11/04/2004 - 00h13

EUA fecham acordo de cessar-fogo com rebeldes iraquianos

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da Folha Online

Os EUA e os rebeldes iraquianos chegaram a um acordo de cessar-fogo de 12 horas. A informação havia sido antecipada por Hatem al-Husseini, membro do Partido Islâmico Iraquiano, à agência France Presse, e foi confirmada no final da noite por porta-vozes da coalizão liderada pelos EUA no Iraque, segundo agências internacionais.

O entendimento, segundo Husseini, prevê a retirada das tropas de marines (fuzileiros navais) da cidade de Fallujah, a 50 Km de Bagdá, a partir das 3h de amanhã (horário de Brasília).

Segundo Hatem al-Husseini, os americanos aceitaram as condições impostas pelos xiitas e vão retirar seus fuzileiros de Fallujah, a 50 Km de Bagdá.

"Isso permitirá a retirada gradual das tropas de marines de Fallujah", disse al-Husseini que conversou com a coalizão após voltar da cidade, onde negociou com os rebeldes sunitas.

Na manhã deste sábado, EUA propuseram um acordo de cessar-fogo às forças rebeldes que permitisse a abertura de negociações de paz. A mensagem foi enviada pelo porta-voz americano Mark Kimmit.

A retirada das tropas era uma exigência dos rebeldes, que queriam ver as tropas dos EUA se afastarem pelo menos 5 km da cidade de Fallujah.

O levante xiita contra a ocupação do Iraque teve início no último domingo (3) e é considerado a pior crise enfrentada pela coalizão liderada pelos EUA desde o início da ocupação do Iraque, em março de 2003.

Neste sábado, as tropas norte-americanas e as forças de segurança iraquianas em Baquba, no norte do país, foram atacadas por insurgentes.

O confronto deixou ao menos 40 iraquianos mortos e feriu vários americanos. As informações foram transmitidas pelo porta-voz da 3ª Brigada da 1ª Divisão de Infantaria, capitão Issam Bornales.

O confronto em Baquba começou com ataques de mísseis simultâneos na noite de ontem contra uma estação policial e contra o escritório do governador, disse Bornales. Segundo o médico Fouad Hussein, do hospital de Baquba, ao menos 11 civis estavam entre os mortos. Outras 25 pessoas ficaram feridas.

Militantes iraquianos mantém como reféns civis estrangeiros e ameaçam matá-los caso seus pedidos não sejam atendidos.

Japoneses

Hoje, o grupo iraquiano que seqüestrou três japoneses abriu mão da ameaça que havia feito e disse que vai libertar os reféns dentro de 24 horas, de acordo com informações da rede de TV árabe Al Jazeera.

O grupo vai libertá-los em resposta ao pedido da Associação de Clérigos Muçulmanos --um grupo de religiosos eruditos do Iraque.

Na última quinta-feira (8), o grupo chamado Saraya al-Mujahideen exibiu uma fita em que ameaçava matar os três reféns caso o Japão não retirasse suas tropas do país até o próximo domingo.

Mais ataques

Em Mossul, também ao norte do Iraque, os corpos do diretor do Crescente Vermelho na cidade curda de Erbil, Barzan Omar Ahmad, e de sua mulher, Sazane Ismail Abdallah, que também trabalhava para o Crescente Vermelho, foram encontrados em uma rua da cidade. As informações foram dadas pelo porta-voz da organização, Hawar Fares.

Na cidade de Kirkuk (norte), um atirador abriu fogo contra as forças de segurança do Iraque matando dois e seqüestrando três oficiais curdos, disse o general Anwar Mohammed Amin, comandante das forças iraquianas no local.

Com agências internacionais.

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