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04/04/2010 - 23h25

Partido de Evo Morales ganha espaço nas eleições, segundo estimativas

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da France Presse

O partido do presidente boliviano, Evo Morales, conseguiu vencer em 5 das 9 regiões do país nas eleições para governos autônomos, resultado insuficiente para dobrar uma oposição que se entrincheirou nos departamentos de Santa Cruz, Beni e Tarija, onde se concentra a maior parte da riqueza nacional.

Por enquanto, tratam-se apenas de estimativas de contagem rápida, feita pelos meios de imprensa nos centros de votação, na falta de dados oficiais que começarão a fluir no transcurso dos próximos 15 dias.

O Movimento ao Socialismo (MAS, situação) ratificou sua hegemonia em La Paz, Oruro, Potosí e Cochabamba, e acrescentou Chuquisaca, um local que no passado esteve a serviço da oposição.

O departamento de Pando - onde as estimativas mostram dados oscilantes, ora para a oposição, ora para a situação - poderia definir o novo cenário político regional, segundo avaliação do analista conservador Iván Arias.

Com os novos números, que não atribuem uma vitória contundente como esperava Morales, 'o MAS não poderá fazer o que quiser (...), o eleitorado lhe deu um limite', avaliou o cientista político conservador Jorge Lazarte.

O presidente esquerdista jogou todo o seu prestígio a favor de seus candidatos em Beni, Santa Cruz e Tarija, as regiões agropecuária e gasífera, onde os resultados lhe foram desfavoráveis.

Estas três regiões são, desde o primeiro mandato de Morales (2006-2010), o principal reduto da oposição e, ao lado de Pando, formam a chamada 'meia lua' opositora a Morales.

O presidente havia proposto - segundo ele próprio declarou há duas semanas - conquistar 7 das 9 regiões bolivianas.

Na contagem para prefeitos, a oposição teria vencido também em La Paz e Santa Cruz, as praças mais fortes do país.

Votação histórica

Segundo um balanço da Corte Nacional Eleitoral, o dia de votação transcorreu sem incidentes, das 08H00 locais (09H00 de Brasília) até as 16H00 locais (17h00 de Brasília).

Cinco milhões de cidadãos, dos 10 milhões que formam a população da Bolívia, foram chamados a votar para eleger nove governadores, 144 deputados provinciais, 337 prefeitos, 1.887 vereadores, 23 autoridades indígenas locais, vice-governadores provinciais e corregedores.

Esta é a primeira votação da história boliviana a eleger governos autônomos - até agora, dependentes do poder Executivo -, amparados na nova Constituição, em vigor desde o ano passado, após sua aprovação em referendo.

O complexo panorama polarizado que previsivelmente sairá das urnas foi reconhecido pelo vice-presidente, Alvaro García, para quem tal cenário prevaleceria nas regiões, com votos divididos entre o oficialismo e a oposição.

'Vai haver uma estrutura representativa no conselho municipal [equivalente à câmara de vereadores, no Brasil] e uma assembleia legislativa bastante dividida', antecipou García, embora tenha destacado que isto deve obrigar prefeitos e governadores a melhorar os mecanismos de concertação. As eleições serão definidas por maioria simples.

 

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