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Mortos em terremoto na China chegam a 791; busca por sobreviventes continua
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da Reportagem Local
Um novo balanço das autoridades chinesas eleva para 791 o número de mortos na série de terremotos que atingiu a Província de Qinghai na terça-feira (13). Três dias depois, a ajuda de emergência começa a chegar à região devastada, que recebeu a visita do primeiro-ministro, Wen Jiabao, e as equipes prosseguem a busca por sobreviventes.
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Segundo Xia Xueping, porta-voz dos serviços de emergência, citado pela agência de notícias oficial Xinhua, 294 pessoas continuam desaparecidas. Os tremores, o mais forte de magnitude 6,9, deixou ainda 11.486 feridos, incluindo 1.176 em estado grave.
Gan Min/Efe | ||
Equipes de resgate buscam possíveis sobreviventes entre as ruínas de prédio em Jiegu |
O número oficial, contudo, deve aumentar. Gerlai Tenzing, monge do Monastério de Jiegu, estimou em cerca de mil os corpos retirados nas proximidades. Ele disse que uma contagem precisa é difícil porque os corpos continuam chegando e alguns já foram levados pelos familiares.
Os monges tibetanos rezam pelas vítimas em um necrotério improvisado ao lado do monastério.
Os veículos com ajuda humanitária começaram a chegar à destruída cidade de Jiegu, perto do epicentro do terremoto que assolou uma área de difícil acesso da Província de Qinghai, no planalto tibetano.
Milhares de sobreviventes passaram a segunda noite ao relento, com temperaturas que chegam a cinco graus negativos, com fome e o odor dos corpos em decomposição.
Wen chegou na noite de quinta-feira a Jiegu. A cidade de 100 mil habitantes teve 85% dos edifícios, feitos na maioria de barro e pedras, destruídos.
As equipes de resgate correm contra o tempo na esperança de encontrar as pessoas desaparecidas e que estariam sob os escombros em Jiegu e no Condado de Yushu. O prazo de 72 horas, considerado o limite de sobrevivência de quem fica preso sob escombros, se aproxima rapidamente.
Milhares de equipes de resgate, soldados, policiais, bombeiros e médicos foram mobilizados em todo o país para ajudar no resgate --dificultado pela altitude, o tempo frio, os ventos fortes e as frequentes réplicas (tremores secundários).
Alexander F. Yuan/AP | ||
Mulher recolhe madeira em meio aos destroços do que eram casas na localidade de Jiegu, na China |
Na manhã desta sexta-feira (noite de quinta-feira em Brasília), cerca de 500 moradores foram transportados para a capital provincial Xining, para Chengdu, na vizinha Província de Sichuan, e para Lanzhou, na Província de Gansu, disse Xia.
"Nós estamos trabalhando para restaurar e reconstruir a infraestrutura nas áreas atingidas pelo terremoto e providenciar o que é necessário para manter as pessoas vivas", disse.
Tremores
O primeiro terremoto, de magnitude 5, atingiu a região de Qinghai às 18h40 desta terça-feira, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), que monitora a atividade sísmica mundial. O tremor teve profundidade de 18,9 km e epicentro a 230 km de Qamdo, na região do Tibete.
Arte/Folha | ||
Desde então, outros seis tremores de grande magnitude atingiram o mesmo local. O mais forte deles foi registrado com magnitude 6,9 e atingiu a mesma região às 20h49, também segundo o USGS. O instituto afirma que o tremor foi registrado a uma profundidade de apenas 10 km e epicentro a 240 km de Qamdo.
A agência de notícias Xinhua cita funcionários do Centro de Terremotos da China dizendo que mais terremotos de magnitude maior do que 6 são esperados nos próximos dias.
Qinghai é habitada principalmente por tibetanos, mongóis, hui (muçulmanos) e chineses da etnia majoritária han.
Esta foi uma das zonas afetadas pelo terremoto que, em maio de 2008, atingiu o norte da vizinha Província de Sichuan, deixando cerca de 87 mil mortos e desaparecidos. Entre as vítimas estavam milhares de estudantes de escolas primárias.
Cinco milhões de pessoas perderam suas casas no tremor e as autoridades estimaram que o trabalho de reconstrução levaria três anos.
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