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03/05/2004 - 05h01

Martín Torrijos é eleito presidente do Panamá

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da France Presse, na Cidade do Panamá

O presidente do Tribunal Eleitoral, Eduardo Valdés, proclamou este domingo a vitória do opositor Martín Torrijos nas eleições presidenciais do Panamá.

Valdés ligou para Torrijos da sala de apuração do centro de convenções de Atlapa para dizer-lhe: "Martín Torrijos, informamos que você é o presidente eleito, este é nosso reconhecimento 'extra-oficial'".

"Obrigada ao Tribunal Eleitoral, obrigada ao povo do Panamá e obrigada a Deus. Aceito com humildade, e governaremos com humildade", respondeu Torrijos do outro lado da linha.

Mais tarde, em seu primeiro pronunciamento depois da notícia, Torrijo convocou "as forças sociais e produtivas do país a selarem uma novo pacto social para derrotar a pobreza, a corrupção e a desesperança na pátria".

"Convocamos todos a um novo pacto social sério, participativo, sem excluídos, um pacto social para realizar as transformações que há muito tempo vem pedindo a sociedade panamenha", declarou a centenas de eleitores na sede do Partido Revolucionário Democrático (PRD, social democrata).

"A partir de hoje começa uma nova etapa de nosso país, não apenas porque haverá uma transição como estabelece nossa constituição, mas porque será iniciada uma nova forma de governar, onde o sectarismo não será a forma de conduta de nosso governo", afirmou.

O presidente eleito destacou que iniciará um combate sem trégua contra a corrupção, o desemprego e a pobreza, os principais problemas desta nação de três milhões de habitantes.

Torrijos, um empresário de 40 anos, é filho do polêmico general Omar Torrijos Herrera que governou o país durante 13 anos. Seu pai derrotou em 1968 o então marido da atual presidente Mireya Moscoso, Arnulfo Arias, e instaurou um regime de mão dura, mas nacionalista. Conseguiu retomar a soberania do canal do Panamá com os acordos de 1977, assinados com o então presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.

Agora, o presidente eleito do Panamá enfrentará o desafio de reduzir o desemprego, que chega a 12% da população economicamente ativa, e a pobreza de que sofrem 40% dos cidadãos.

O Panamá tem 1.999.553 eleitores e, de acordo com as projeções do TE, apenas 21% deste total se abstiveram de votar.

A votação foi acompanhada por 1.500 observadores nacionais e 100 internacionais, entre eles 20 da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O chefe da missão de observadores da OEA, Moisés Buenamor, declarou-se "muito satisfeito" pelo desenvolvimento das eleições no Panamá, e elogiou o alto índice de participação dos cidadãos panamenhos".

"Estamos muito satisfeitos. O processo de votação se desenvolveu com uma alta participação, em ordem e sem incidentes", comentou Buenamor.

Por sua vez, a presidente panamenha, Mireya Moscoso, declarou em entrevista à imprensa: "Minhas sinceras felicitações ao presidente eleito Martín Torrijos e meus melhores votos".

"Hoje demos um passo adiante no processo de consolidação democrática", observou Moscoso, elogiando também o Tribunal Eleitoral pela organização das eleições gerais, que ocorreram sem maiores incidentes.

A vitória de Torrijos foi reconhecida também pelo candidato oficial José Miguel Alemán e os opositores ex-presidente Guillermo Endara e o empresário Ricardo Martinelli.

As eleições presidenciais no Panamá começaram às 7h (9h de Brasília) e foram encerradas às 16h (19h de Brasília) deste domingo, em um ambiente tranqüilo, após votação em massa em todo o país, informaram fontes do Tribunal Eleitoral.

"A participação do povo foi impressionante, estamos muito satisfeitos", declarou um represente do TE, após o fechamento das urnas.

Antes mesmo do pronunciamento do TE, centenas de militantes da aliança Pátria Nova --liderada pelo Partido Revolucionário Democrático (PRD, social democrata) saíram às ruas na noite de ontem para comemorar a vitória de seu candidato, Martín Torrijos.

Além do presidente e de dois vices, os panamenhos elegeram 78 deputados federais, 75 prefeitos e 619 representantes de corregedoria, bem como 20 deputados ao Parlamento Centro-americano (Parlacen) e sete vereadores.
 

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