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11/05/2004 - 02h12

Popularidade de Bush cai a seu nível mais baixo nos EUA

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da France Presse, em Washington

A popularidade do presidente norte-americano, George W. Bush, caiu a seu nível mais baixo com o escândalo envolvendo abusos e torturas contra prisioneiros iraquianos e após o elevado número de baixas americanas no Iraque em abril, revela uma pesquisa CNN/USA Today divulgada nesta segunda-feira.

A pesquisa, realizada entre 7 e 9 de maio, mostra que a aprovação do presidente americano caiu para 46%, a mais baixa desde que Bush chegou ao poder.

Apesar da popularidade em queda, Bush ainda mantém uma pequena vantagem para as eleições de novembro próximo, com 48% das intenções de voto, contra 47% para o democrata John Kerry.

Com a inclusão do candidato independente Ralph Nader na pesquisa, Bush cai para 47%, mas Kerry desce para 45% e Nader fica com 5% das intenções de voto.

O percentual dos americanos que aprovam a invasão do Iraque caiu para 41%, contra 50% no início de maio. Esta é a primeira vez desde a queda de Bagdá, em abril de 2003, que o percentual dos que desaprovam a guerra (54%) supera o dos que a aprovam.

A popularidade de Donald Rumsfeld está em queda livre: passou de 58% em outubro para 46% no momento, mas menos de 30% dos entrevistados apóiam sua eventual renúncia.

A pesquisa foi realizada com 1.003 pessoas e tem uma margem de erro de 3 pontos, exceto sobre as intenções de voto, onde a margem de erro sobe para 4,5 pontos.

Escândalo

Os EUA estão envolvidos na divulgação de mais fotos --e possivelmente um vídeo-- contendo abusos nas prisões iraquianas. A última foto divulgada mostra um americano segurando cachorros próximos à um prisioneiro nu. A foto faria parte de uma seqüência de 20 imagens.

A pressão contra os EUA começou no último dia 28, quando a rede de TV CBS divulgou fotos de supostos abusos cometidos contra prisioneiros iraquianos.

Em algumas, prisioneiros eram obrigados a simular sexo oral, em outras, eles estavam encapuzados e nus, com uma soldado apontando para seus órgãos genitais. Em uma das mais famosas, um prisioneiro era obrigado a permanecer em cima de uma caixa, encapuzado e sob a ameaça de ser eletrocutado.

Nas mais recentes, publicadas com exclusividade pelo jornal "The Washington Post", a mesma soldado que apontava para os órgãos do iraquiano segura uma coleira --parecida com as que são usadas para prender cães-- presa ao pescoço de um iraquiano deitado no chão.

Apesar dos pedidos formais de desculpas do próprio presidente Bush e do secretário da Defesa, o escândalo continua sendo assunto pelo mundo.

Com agências internacionais

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