Publicidade
Publicidade
Em sinal de avanço, Irã conversa com ONU sobre programa nuclear e urânio
Publicidade
da Reuters, em Viena (Áustria)
da Reportagem Local
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, se encontrou neste domingo com o chefe da agência nuclear da Otan ONU (Organização das Nações Unidas) para discutir a proposta de outubro passado para a troca de combustível nuclear. Um acordo pode ser a solução para a disputa entre Teerã e o Ocidente e a única forma de evitar um quarto pacote de sanções no Conselho de Segurança.
"O encontro foi realizado em uma atmosfera de negócios", disse a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em um comunicado.
Mottaki e o japonês Yukiya Amano, chefe da AIEA, discutiram a proposta de troca do urânio iraniano, enriquecido a 3,5%, por urânio a 20% produzido em outro país --uma espécie de garantia à comunidade internacional de que o Irã não tem fins militares em seu programa nuclear, já que uma bomba precisaria de urânio a 90%.
Os dois discorreram suas impressões sobre possíveis maneiras de implementar a troca, informou a AIEA, sem detalhar nenhuma conclusão.
O Irã recusou um projeto de acordo apresentado por seis potências em outubro do ano passado, com a mediação da AIEA. O projeto previa que a entrega por parte do Irã à Rússia de 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% para o enriquecimento a 20%, antes de ser transformado pela França em combustível para o reator de pesquisas de Teerã, que fabrica isótopos para produtos médicos.
Teerã justificou a recusa com a afirmação de que o projeto de acordo não apresentava as garantias necessárias para a entrega do combustível. Depois disso, o país apresentou uma contraproposta para um intercâmbio gradual e intercalou acenos de diálogo com duras declarações sobre a soberania de seu programa nuclear.
Com a paralisação das negociações, o Irã anunciou que começou a enriquecer o urânio a 20% em fevereiro passado, mesmo diante da repreensão das potências. Desde então, os EUA lideram uma campanha pela nova rodada de sanções no Conselho de Segurança da ONU, à qual a China ainda se opõe.
Antes de seu encontro, Mottaki disse à televisão estatal iraniana que as conversas seriam "decisivas e detalhadas". "A AIEA pode ter um papel mais construtivo", afirmou Mottaki. "Acreditamos que a troca de combustível poder criar confiança multilateral."
O enviado de Washington na AIEA recebeu bem o encontro. "É uma boa oportunidade para a AIEA expressar suas preocupações ao Irã diretamente", disse Glyn Davies.
Washington tem buscado apoio de Rússia e China, detentores de veto no Conselho de Segurança, para uma quarta rodada de sanções a Teerã.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, conversaram por telefone sobre a iniciativa norte-americana neste sábado.
"Os ministros tiveram uma discussão detalhada sobre a situação atual em relação ao programa nuclear do Irã, afirmando que novas medidas para sua implementação devem ser tomadas na base do consenso, levando em conta as opiniões de todos", informou a Rússia, sem dar mais detalhes.
Leia mais
- Irã permite maior acesso a inspetores nucleares da ONU, dizem diplomatas
- Irã começa exercícios militares navais no Golfo Pérsico
- Pentágono diz que EUA não descartam uma ação militar contra o Irã
Outras notícias internacionais em Mundo
- Hamas faz desenho animado sobre soldado israelense capturado em 2006
- Deslizamento bloqueia estrada de Taiwan; equipes buscam motoristas soterrados
- Sobe para 11 número de mortos em acidente de trem na Itália
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice