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18/05/2004
-
17h18
da Folha Online
Forças norte-americanas teriam espancado três iraquianos que trabalhavam para a agência de notícias britânica Reuters, sujeitando-os a provocações sexuais e religiosas, além de humilhações, durante suas detenções em janeiro passado, em um campo militar perto de Fallujah, a 50 km oeste de Bagdá (capital do Iraque).
A informação foi divulgada nesta terça-feira pelas agências de notícias Reuters, Associated Press e France Presse.
Os três contaram sua experiência à Reuters após serem soltos, em janeiro, mas decidiram torná-la pública apenas agora, quando os militares americanos afirmaram que não havia evidências de que eles teriam sido "torturados", e depois da seqüência de exposições de maus-tratos similares cometidos contra os detentos de Abu Ghraib, perto de Bagdá.
Um jornalista iraquiano que trabalhava para a rede de TV americana NBC, que foi detido junto com a equipe da Reuters, também afirmou ter sido maltratado, disse a própria NBC nesta terça-feira.
Abusos
Dois dos três funcionários da Reuters disseram que foram obrigados a colocar sapatos em suas bocas, uma humilhação particular na cultura árabe.
Todos os três disseram que foram obrigados a fazer gestos humilhantes enquanto os soldados riam, ridicularizavam e tiravam fotografias. Eles disseram que não quiseram dar detalhes públicos antes por causa da natureza degradante dos abusos.
Segundo as agências de notícias, os soldados americanos disseram que eles poderiam ser levados para o centro de detenção americano de Guantánamo, em Cuba. Além disso, privaram-lhes de sono, colocaram sacos em suas cabeças, chutaram e bateram neles e então os forçaram a permanecer em posições de "tensão mental" por longos períodos.
Conclusão
Os militares americanos disseram, em um relatório lançado antes do escândalo de Abu Ghraib se tornar público, que não havia evidências de que eles [os funcionários da Reuters] foram torturados e que sofreram abusos.
Questionado nesta terça-feira, o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, disse: "Há uma série de investigações que dizem respeito às operações nas prisões no Iraque. Se durante o curso de alguma delas, o comandante acreditar que é apropriado rever um aspecto específico da detenção, ele tem autoridade para fazê-lo".
Os abusos teriam acontecido na base de operação de Volturno, próxima a Fallujah, disse a equipe da Reuters. Eles foram detidos no dia 2 de janeiro, enquanto cobriam as conseqüências de um ataque de um helicóptero americano em Fallujah, e foram mantidos presos por três dias, primeiro em Volturno e depois em uma outra base de operação.
Os três --o cinegrafista Salem Ureibi, o repórter free-lancer de TV Ahmad Mohammad Hussein al Badrani e o motorista Sattar Jabar al Badrani-- foram soltos sem nenhuma acusação, no dia 5 de janeiro.
"Quando vi as fotografias de Abu Ghraib, eu acordei", disse Ureibi hoje. "Eu vi que eles sofreram como nós".
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre o Iraque ocupado
Equipe iraquiana da Reuters foi "torturada" no Iraque, diz agência
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Forças norte-americanas teriam espancado três iraquianos que trabalhavam para a agência de notícias britânica Reuters, sujeitando-os a provocações sexuais e religiosas, além de humilhações, durante suas detenções em janeiro passado, em um campo militar perto de Fallujah, a 50 km oeste de Bagdá (capital do Iraque).
A informação foi divulgada nesta terça-feira pelas agências de notícias Reuters, Associated Press e France Presse.
Os três contaram sua experiência à Reuters após serem soltos, em janeiro, mas decidiram torná-la pública apenas agora, quando os militares americanos afirmaram que não havia evidências de que eles teriam sido "torturados", e depois da seqüência de exposições de maus-tratos similares cometidos contra os detentos de Abu Ghraib, perto de Bagdá.
Um jornalista iraquiano que trabalhava para a rede de TV americana NBC, que foi detido junto com a equipe da Reuters, também afirmou ter sido maltratado, disse a própria NBC nesta terça-feira.
Abusos
Dois dos três funcionários da Reuters disseram que foram obrigados a colocar sapatos em suas bocas, uma humilhação particular na cultura árabe.
Todos os três disseram que foram obrigados a fazer gestos humilhantes enquanto os soldados riam, ridicularizavam e tiravam fotografias. Eles disseram que não quiseram dar detalhes públicos antes por causa da natureza degradante dos abusos.
Segundo as agências de notícias, os soldados americanos disseram que eles poderiam ser levados para o centro de detenção americano de Guantánamo, em Cuba. Além disso, privaram-lhes de sono, colocaram sacos em suas cabeças, chutaram e bateram neles e então os forçaram a permanecer em posições de "tensão mental" por longos períodos.
Conclusão
Os militares americanos disseram, em um relatório lançado antes do escândalo de Abu Ghraib se tornar público, que não havia evidências de que eles [os funcionários da Reuters] foram torturados e que sofreram abusos.
Questionado nesta terça-feira, o porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, disse: "Há uma série de investigações que dizem respeito às operações nas prisões no Iraque. Se durante o curso de alguma delas, o comandante acreditar que é apropriado rever um aspecto específico da detenção, ele tem autoridade para fazê-lo".
Os abusos teriam acontecido na base de operação de Volturno, próxima a Fallujah, disse a equipe da Reuters. Eles foram detidos no dia 2 de janeiro, enquanto cobriam as conseqüências de um ataque de um helicóptero americano em Fallujah, e foram mantidos presos por três dias, primeiro em Volturno e depois em uma outra base de operação.
Os três --o cinegrafista Salem Ureibi, o repórter free-lancer de TV Ahmad Mohammad Hussein al Badrani e o motorista Sattar Jabar al Badrani-- foram soltos sem nenhuma acusação, no dia 5 de janeiro.
"Quando vi as fotografias de Abu Ghraib, eu acordei", disse Ureibi hoje. "Eu vi que eles sofreram como nós".
Com agências internacionais
Especial
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