Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/05/2010 - 09h12

Vendedor diz que pensou em levar carro-bomba para longe da Times Square

Publicidade

CRISTINA FIBE
da Folha de S. Paulo, em Nova York

Deu no "New York Times": um vendedor de camisetas, veterano do Vietnã, foi o "herói" que chamou a atenção da polícia para o veículo suspeito, minutos antes da explosão que não chegaria a causar estrago, na noite de sábado.

Na manhã de ontem, dizendo-se cansado, o ambulante Lance Orton evitou os holofotes e se recolheu, aplaudido.

No seu lugar, um vendedor de bolsas do outro lado da rua 45, usando um boné de "veterano" da mesma guerra, deu entrevistas a canais de TV, rádios e jornais nacionais e estrangeiros para afirmar que "ninguém é herói", mas que ele também avisou os policiais sobre o carro abandonado.

Recusando glórias, Duane Jackson, 58 anos, há 13 na Times Square, contou à Folha que estranhou o veículo estacionado em frente à barraca de camisetas do colega e que falou com a polícia. "Olhei dentro do carro, vi a chave na ignição. Perguntei "de quem é esse carro?". Ninguém disse nada."

Jackson minimizou a importância de qualquer "herói" no episódio. Para ele, a polícia "sempre" patrulha a esquina da 45 com a Broadway, e um carro parado em local proibido não passaria despercebido.

Questionado se ele mesmo não se sentia o herói do episódio, Jackson quis provar sua modéstia: "As pessoas dizem isso, mas eu não fiz nada demais. Se eu tivesse pulado no carro e dirigido ele para longe daqui --o que passou pela minha cabeça... Mas eu só chamei a atenção [dos policiais]."

"Depois, foi tudo muito rápido", afirmou o vendedor. "Senti o cheiro de pólvora, vi uma fumaça escura saindo do carro. De repente, todo mundo começou a correr."

Ele disse ainda se sentir "absolutamente seguro" trabalhando no local após o episódio. Tirando do bolso um álbum de fotografias, mostrou que também possuía uma barraca em Wall Street quando viu as Torres Gêmeas caírem, no 11 de Setembro. E que, portanto, o susto de anteontem foi pequeno para ele.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página