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Hillary Clinton e presidente do Irã ficarão cara a cara na ONU
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da Reuters, em Nova York
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ficará na segunda-feira (3) diante da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, no início de uma reunião da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que Washington e Teerã se acusam mutuamente de violar.
O programa nuclear do Irã, que o Ocidente suspeita de acobertar o desenvolvimento de armas atômicas, será um dos assuntos mais debatidos nos corredores da conferência de revisão do TNP, que irá durar um mês. Realizado a cada cinco anos, esse evento avalia a adesão ao tratado e os problemas que ele sofre.
Diplomatas ocidentais em Nova York preveem que o presidente do Irã aproveitará a sessão de abertura para acusar os EUA e seus aliados de usarem a não-proliferação de armas como pretexto para impedir que países em desenvolvimento tenham acesso à tecnologia nuclear pacífica, algo que o TNP permite.
É um argumento que tradicionalmente tem boa acolhida junto aos países em desenvolvimento, que representam a maioria entre os 189 signatários do histórico tratado de 1970.
Mas governos ocidentais afirmam que mesmo dentre os países em desenvolvimento e governos árabes há muitos que temem o programa nuclear iraniano. EUA, Reino Unido, França e Alemanha têm negociado com Rússia e China uma possível quarta rodada de sanções da ONU ao programa nuclear do Irã. Teerã insiste no caráter pacífico das suas atividades.
Ahmadinejad será a autoridade mais graduada a discursar na abertura da conferência que vai até dia 28 de maio. A delegação do Irã na ONU não deu detalhes sobre os planos dele, mas um diplomata do país afirmou que sua participação é "uma demonstração do firme compromisso do Irã com o TNP e com o sucesso da conferência de revisão".
Hillary deve discursar horas depois de Ahmadinejad. Na semana passada, ela anteviu uma recepção fria ao iraniano em Nova York, e disse ser "incontestável" que o Irã está violando o TNP.
A secretária deve destacar a nova doutrina nuclear assumida pelo governo de Barack Obama, que fez do desarmamento e da não-proliferação nucleares prioridades em seu governo, ao contrário de seu antecessor, George W. Bush, que repudiava promessas de diminuição de arsenais feitas pelos EUA e por quatro outras potências nucleares declaradas em 2000.
De acordo com o TNP, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -- EUA, França, Reino Unido, Rússia e China -- puderam manter seu arsenal nuclear, mas se comprometeram em negociar sua eliminação. Estados sem armas nucleares se queixam de que as cinco potências não teriam feito o suficiente para se desarmar.
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