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Coreia do Norte confirma ida de Kim Jong-il à China e intenção de restabelecer diálogo
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da Efe, em Pequim
A Coreia do Norte confirmou, nesta sexta-feira, que seu líder , Kim Jong-il, realizou uma visita à China, e que durante os cinco dias em que esteve no país vizinho, concordou em trabalhar ao lado de Pequim para o restabelecimento do diálogo de desnuclearização de Pyongyang.
Segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, durante sua visita, Kim falou com os líderes chineses sobre o retorno ao diálogo de seis lados - que inclui os dois países, EUA, Rússia, Japão e Coreia do Sul -, e garantiu que a postura de Pyongyang segue a mesma: a favor da desnuclearização da península.
Kim e o presidente chinês, Hu Jintao, afirmaram que "farão esforços conjuntos para a desnuclearização da península coreana", discutindo a partir dos acordos de 2005, nos quais Pyongyang aceitou encerrar seu programa atômico em troca de ajuda econômica e garantias de segurança.
"A paz, a estabilidade e a prosperidade da península coreana estão alinhadas com os interesses comuns da China, da Coreia do Norte e dos países do nordeste asiático", afirmaram os dois líderes comunistas, de acordo com a agência Xinhua.
O líder norte-coreano chegou à China na última segunda-feira (3), e voltou a seu país nesta sexta. Além de se encontrar com Hu, ele se reuniu também com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e com os demais membros do Comitê Permanente do Politburo (os nove principais nomes da hierarquia chinesa).
Hu destacou, além disso, em seu encontro com Kim "a tradicional amizade entre China e Coreia do Norte" e agradeceu a demonstração de apoio do país vizinho após o terremoto que atingiu o oeste da China em abril.
O presidente chinês fez uma proposta de cinco pontos para melhorar os laços com a Coreia do Norte. Entre elas, "manter contatos de alto nível", "reforçar a coordenação estratégica" e "fortalecer a cooperação econômica e comercial".
Kim visitou também as cidades de Dalian e Tianjin, principais portos do norte da China, na busca de cooperação econômica entre os países, e ao lado de Hu visitou uma empresa de biotecnologia, segundo a Xinhua.
A visita foi envolvida em segredo durante toda a semana, já que nem Pequim nem Pyongyang confirmaram oficialmente que ela acontecia até seu final, como ocorreu nas viagens anteriores de Kim à China, em 2000, 2001, 2004 e 2006.
Os analistas interpretaram a misteriosa viagem desta semana como um passo prévio ao reatamento das conversas de seis lados para a desnuclearização norte-coreana, bloqueadas desde o final de 2008.
Estas reuniões, organizadas por Pequim desde 2003, foram suspensas em 2008 após sanções das Nações Unidas contra Pyongyang, depois que os norte-coreanos realizaram seus primeiros testes de armamento nuclear e vários lançamentos de mísseis de longo alcance.
A China é o principal aliado do regime norte-coreano e seu principal fornecedor de ajuda econômica e humanitária.
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