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11/05/2010 - 11h45

Renúncia de Brown renova corrida de partidos britânicos por coalizão

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da Reportagem Local

O Partido Liberal Democrata disse nesta terça-feira que as negociações para a formação de um governo de coalizão no Reino Unido entraram em uma nova fase, depois que o primeiro-ministro trabalhista, Gordon Brown, anunciou que renunciará para facilitar os acordos por uma coalizão de centro-esquerda.

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Os liberais democratas, liderados por Nick Clegg, obtiveram 57 cadeiras no Parlamento e são essenciais para os tradicionais trabalhistas (258) e conservadores (306) conseguirem maioria e governar por coalizão. Os dois partidos, que dominam a política britânica, não conseguiram as 326 cadeiras necessárias para governar sem aliança e jogaram o Reino Unido em uma disputa por alianças que não se via desde 1974.

Cinco dias depois da eleição parlamentar, os liberais democratas jogam duro na esperança de extrair o máximo de benefícios, em troca de sustentar um governo conservador ou trabalhista. No topo da agenda, a reforma do engessado sistema eleitoral bipartidário, baseado em voto distrital puro, por uma forma de maior proporcionalidade na representação.

Clegg mantém, segundo revelou o partido nesta segunda-feira, negociações formais com Brown e com os conservadores de David Cameron, que pede urgência na decisão.

A liderança trabalhista de Brown era o principal obstáculo ao acordo com liberais democratas, também progressistas, e que viam nele um líder derrotado.

A declaração de Brown, nesta segunda-feira, abalou os esforços do Partido Conservador (centro-direita) para governar em conjunto com os liberais democratas.

Não está claro qual será o rumo dos liberal democratas. Mercados e eleitores esperam uma decisão rápida para acabar com o impasse político, e Clegg afirmou que o processo entrou uma "fase crítica e final".

"Estou tão impaciente quanto qualquer um para levar isso adiante, resolver as coisas de um jeito ou de outro", disse Clegg.

Enquanto negociadores trabalhistas e liberal democratas voltavam a se reunir no Parlamento, uma fonte trabalhista dizia que se trata de "uma decisão muitíssimo equilibrada, mas estamos claramente de volta ao jogo".

Já Cameron afirmou ter chegado a "hora da decisão" para o partido de Clegg.

Investidores temem que a demora na formação do governo retarde a adoção de medidas para conter o deficit público recorde e estimular a recuperação econômica depois da pior recessão do pós-guerra.

"O mercado quer uma conclusão para isso, e enquanto estivermos sem uma conclusão o mercado vai continuar nervoso", disse um operador de títulos em Londres.

O chefe da instituição francesa de regulação dos mercados financeiros disse que a incerteza política deve afetar os mercados britânicos, mas que Londres não poderia depender de ajuda da UE numa eventual crise financeira.

"Os ingleses certamente serão alvejados, dadas as dificuldades políticas que têm. Ajudem a si mesmos, e o céu lhes ajudará", disse Jean-Pierre Jouyet, ex-ministro de Assuntos Europeus, à rádio Europe 1.

Com Reuters e Associated Press

 

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