Ataque das Farc mata menino de 5 anos na Colômbia

Rebeldes guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) mataram um menino de cinco anos e deixaram sua mãe gravemente ferida após ataque com granadas contra uma delegacia policial em uma comunidade indígena no sudeste da Colômbia, disse a polícia nesta quarta-feira.

As Farc têm intensificado seus ataques antes da eleição de 30 de maio, quando colombianos irão escolher o sucessor do presidente Álvaro Uribe, que combateu as guerrilhas durante seus dois mandatos na Presidência.

O ataque com granadas de fabricação caseira ocorreu no município de Caldono, no Departamento (Estado) de Cauca, onde comunidades indígenas ficam frequentemente no fogo cruzado entre as forças armadas e os grupos rebeldes, que tentam proteger plantações de coca usadas na produção de cocaína.

Segundo a prefeita de Caldono, Enelia Salinas, o atentado foi na noite de ontem.

A polícia disse que os rebeldes queriam atacar a delegacia, mas os explosivos foram detonados na cada de uma integrante do conselho municipal local, a mãe do garoto morto.

"Eles mataram um garoto de 5 anos e feriram gravemente sua mãe", disse a repórteres o chefe-geral da polícia, Oscar Naranjo. A mãe foi identificada como Luz María Patiño. O ataque feriu outras cinco pessoas.

A campanha de Uribe contra as guerrilhas, apoiada pelos Estados Unidos, melhorou a segurança e enfraqueceu as Farc, que perderam vários de seus altos comandantes. O grupo armado já teve 17 mil combatentes, mas foi reduzido a 9.000 homens, o que limitou suas ações, emboscadas e ataques armados.

Os dois candidatos que lideram as pesquisas à Presidência --o ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos e o ex-prefeito de Bogotá Antanas Mockus-- defendem a continuidade da política de Uribe contra as guerrilhas.

Com Reuters e Efe