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Conheça os principais membros do novo governo de coalizão britânico
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Colaboração para a Folha
Os parlamentares do Partido Liberal Democrata aprovaram nesta quarta-feira um governo de coalizão com o Partido Conservador, no primeiro governo de coalizão no Reino Unido desde 1945.
O líder conservador, David Cameron, foi nomeado primeiro-ministro britânico pela rainha Elizabeth 2ª, após a renúncia do trabalhista Gordon Brown, e o líder liberal-democrata, Nick Clegg, foi convidado pelos conservadores a assumir o cargo de vice-premiê.
O acordo entre os dois partidos, cinco dias após eleições inconclusivas, põe fim a 13 anos de domínio do Partido Trabalhista, sob comando de Tony Blair e Gordon Brown. Unidos, os dois partidos têm uma maioria de 76 assentos em um Parlamento de 650 membros.
Saiba mais sobre os principais membros do novo governo de coalizão.
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David Cameron, primeiro-ministro, conservador
Primeiro-ministro mais jovem do Reino Unido desde Lorde Liverpool, em 1812, o líder de 43 anos é tanto um modernizador do Partido Conservador quanto uma ponte com as raízes elitistas e antigas do partido. Foi educado em Eton --19º premiê britânico formado por esse centro educacional da realeza e aristocracia britânicas-- e na Universidade de Oxford. Ele trabalhou no Partido Conservador e como assessor de imprensa em uma empresa de TV antes de ser eleito para o Parlamento, em 2001.
Eleito líder do Partido em 2005 após a terceira derrota da legenda para os trabalhistas, ele se espalhou no opositor carismático Tony Blair e conseguiu arrastar os conservadores de volta ao centro, levantando discussões sobre ambiente e inclusão social. Seus apoiadores vão destacar o fato de ter trazido o partido de volta ao poder após 13 anos, mas seus críticos vão lembrar que foi forçado a formar uma coalizão por não conseguir a maioria dos assentos após as eleições de 6 de maio.
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Nick Clegg, vice-primeiro-ministro, liberal-democrata
Antes das eleições, muitos britânicos nunca tinham ouvido falar do rosto jovem do líder liberal-democrata. Os debates na TV tornaram-no uma celebridade política, e apesar de isso não ter se revertido em mais vagas no Parlamento para a terceira maior legenda, deixou Clegg como o "dono da bola" --e novo vice-premiê britânico.
Aos 43 anos, ele se dá bem com Cameron, que é apenas três meses mais velho. Os dois líderes compartilham um passado privilegiado semelhante. Clegg foi educado na prestigiada Westminster School e na Universidade de Cambridge, e é filho de um rico bancário.
Fala cinco línguas e trabalhou para a Comissão Europeia em Bruxelas antes de se tornar parlamentar em 2005. Críticos da nova coalizão preveem que o lado "eurófilo" de Clegg deve inevitavelmente entrar em choque com o ceticismo dos conservadores em relação à Europa.
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George Osborne, secretário de Finanças, conservador
Aos 38 anos, Osborne é o mais jovem secretário de Finanças desde Randolph Churchill em 1886 --e críticos afirmam que um dos menos experientes. Filho de um nobre com título hereditário, é fruto privilegiado de escolas particulares e da Universidade de Oxford, onde era, como Cameron, membro da sociedade elitista "Bullingdon Club".
Trabalhou para o Partido Conservador antes de ser eleito para o Parlamento, em 2001, e tornou-se membro-chave da equipe jovem e metropolitana de conservadores reunidos por Cameron. Comandou a bem-sucedida campanha de Cameron a líder do partido, em 2005.
Ele espera ação imediata para combater o alto deficit recorde britânico e apoia cortes em gastos exagerados do governo para reverter um planejado aumento no imposto de renda para a maioria das pessoas.
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Vince Cable, secretário de Negócios, liberal-democrata
Cable, 67, é um doas mais velhos e mais populares parlamentares do Partido Liberal-Democrata, conhecido por falar francamente. Ganhou destaque ao longo da crise financeira global por sua sagacidade em economia, com seus alertas sobre o perigo de uma crise financeira.
Ex-economista chefe da Shell, também ganhou destaque como parlamentar espirituosos ao brincar que a quebra do sistema bancário tinha transformado o então premiê Gordon Brown "de Stalin em Mr. Bean, criando caos a partir da ordem em vez de ordem a partir do caos".
Assume um cargo que uma vez disse que deveria ser abolido. "Entendemos a frustração que os negócios têm com um governo centralizador e regulador demais", disse seis anos atrás sobre a agência, na época conhecida como Departamento de Comércio e INdústria.
Seu hobby é dança de salão, habilidade que já mostrou na TV britânica.
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William Hague, secretário de Relações Exteriores, conservador
Aos 49 anos, ele é um dos mais experientes parlamentares conservadores e ex-líder do partido, conhecido por ser linha-dura da direita. Ele tornou-se popular no cenário nacional e o queridinho do partido ainda adolescente, como fã de Margaret Thatcher, com um discurso para a conferência do partido em 1977.
Foi eleito para o Parlamento em 1989. Aos 34, ele se tornou um ministro de gabinete e em 1997, aos 36, ele ganhou a liderança do partido após a vitória do Partido Trabalhista nas eleições, que puseram fim a 18 anos de governo conservador. Ele moveu o partido para a direita, adotando políticas linha-dura sobre asilo, imigração e Europa, mas só conseguiu manter o principal apoio do partido, enquanto eleitores flutuantes foram afastados.
Hague renunciou como líder dos conservador após mais uma derrota eleitoral do partido contra o então premiê Tony Blair, em 2001. Ele voltou à linha de frente da política em dezembro de 2005, quando o novo líder conservador David Cameron nomeou-o porta-voz de políticas de relações exteriores.
É cético com relação à Europa, uma possível fonte de atritos com os colegas liberais-democratas, mas conhecido como um dos oradores mais eficientes e espirituosos do partido. Diferente da maioria na equipe próxima a Cameron, vem do norte da Inglaterra, frequentou escola pública e tem um sotaque de Yorkshire. Formou-se na Universidade de Oxford.
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Liam Fox, secretário de Defesa, conservador
Fox, 48, apoiou as guerras no Iraque e Afeganistão, apesar de ter criticado o planejamento dos trabalhistas para os confrontos.
Ele quer renovar as armas nucleares de lançamento submarino britânicas e disse antes das eleições que pediria uma revisão imediata dos gastos de defesa se os conservadores chegassem ao poder.
Visto como cético com relação à Europa, Fox diz que a relação mais importante do Reino Unido é com os EUA e descreveu a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como a "pedra fundamental" da segurança britânica.
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Theresa May, secretária de Interior, conservadora
Após começar sua carreira no Bank of England, ela foi para a Associação de Serviços de Limpeza de Pagamentos (ACAPS, na sigla em inglês) de 1989 a 1997. May, 53, foi eleita parlamentar em maio de 1997 e está na equipe dos conservadores desde 1999, cuidando de áreas como educação e emprego e transporte. Foi a primeira mulher a levar os conservadores para o Parlamento e é a segunda melhor a assumir o cargo, após a trabalhista Jacqui Smith.
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Kenneth Clarke, secretário de Justiça, conservador
Membro do Parlamento por 30 anos, Clarke, 69, tem ampla experiência no governo tendo servido tanto como secretário das Finanças como de Interior. Ex-advogado, também foi chefe de Estado de Saúde, Educação, Emprego, e Indústria e Comércio. Ele era um dos favoritos ao cargo de secretário das Finanças, posto que ocupou de 1993 a 1997, quando o Reino Unido se recuperava de uma recessão.
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David Laws, secretário-chefe do Tesouro, liberal-democrata
Educado em Cambridge, foi diretor do banco Barclays antes de aderir ao Partido Liberal-Democrata como consultor econômico do partido, em 1994. Laws, 44, foi autor do Orçamento Alternativo Liberal-Democrata em 1994 e 1995.
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Chris Huhne, secretário de Mudança Energética e Climática, liberal-democrata
Jornalista financeiro e econômico por 19 anos, Huhne passou seis anos como membro do Parlamento Europeu antes de ser eleito para o Parlamento britânico em 2005. Seis meses depois, no começo de 2006, ele foi um dos favoritos na eleição do líder do Partido Liberal-Democrata. Focou sua campanha para líder do partido em conservação de energia, redução das emissões de carbono e a importância de impostos ligados ao meio-ambiente para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas. Foi candidato a líder do partido novamente em 2007.
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Outros membros do gabinete
Transporte, Philip Hammond, conservador
Trabalho e Previdência, Iain Duncan Smith, conservador
Educação, Michael Gove, conservador
Saúde, Andrew Lansley, conservador
Desenvolvimento Internacional, Andrew Mitchell, conservador
Meio Ambiente, Caroline Spelman, conservadora
Cultura, Comunicação e Esportes, Jeremy Hunt, conservador
Governo local, Eric Pickles, conservador
Escócia, Danny Alexander, liberal-democrata
País de Gales, Cheryl Gillan, conservadora
Irlanda do Norte, Owen Paterson, conservador
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Com agências internacionais
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