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França fala em progressos nas sanções contra programa nuclear do Irã
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da France Presse, em Paris (França)
da Reportagem Local
O ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, afirmou nesta segunda-feira que os países fazem "progressos bastante importantes" na campanha por uma quarta rodada de sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
As declarações vêm horas depois da assinatura do acordo nuclear entre Irã, Brasil e Turquia e que, segundo o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, fecha o caminho das sanções.
"Progressos na resolução nas Nações Unidas bastante importantes foram alcançados nos últimos dois dias", disse Kouchner, sem revelar detalhes.
Kouchner elogiou o acordo obtido com mediação brasileira. "Saudamos o acordo e a tenacidade com a qual nossos amigos turcos e brasileiros realizaram as conversações. Sempre é bom falar e sempre é melhor escutar".
Para o chanceler, contudo, cabe à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) posicionar-se sobre o acordo.
"Não somos nós que devemos responder. É a AIEA", declarou Kouchner à agência de notícias France Presse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta segunda-feira com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, sobre os termos do acordo que prevê a troca do urânio pouco enriquecido do Irã por combustível nuclear. A troca seria feita na Turquia, após enriquecimento do urânio a 20% na França ou na Rússia.
O conteúdo da conversa não foi divulgado. A França, contudo, é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e defende, assim como os Estados Unidos e Reino Unido, a aprovação de uma quarta rodada de sanções contra o programa nuclear do Irã.
Apesar do acordo, as potências não parecem dispostas, ao menos até o momento, a abandonar as negociações pelas sanções. O assunto deve ser levado às discussões do conselho, do qual China é a mais relutante em aceitar mais medidas punitivas.
Mais cedo, os chanceleres brasileiro e turco afirmaram que o acordo fecha o caminho para as novas sanções. Amorim disse que o acordo deve ser suficiente para encerrar a polêmica em torno do programa nuclear do Irã e cessar a pressão.
"Em nossa opinião, deve ser suficiente. Por que deve ser suficiente? Porque nós ouvimos todos, nós conversamos muito com os franceses, conversamos, aliás, o presidente acaba de falar até com o presidente Sarkozy", disse Amorim.
Segundo o chanceler brasileiro, também houve diálogo com os norte-americanos, russos e chineses. "Conversamos muito com os americanos, conversamos muito com os russos, os chineses", disse o chanceler.
"É claro que nós não estávamos negociando em nome deles. Nós negociamos com a consciência das questões e preocupações que eles tem."
O acordo determina que o Irã envie 1.200 quilos de seu urânio enriquecido a 3,5%, em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% na Rússia ou França --suficiente para a produção de isótopos médicos em seus reatores e muito abaixo dos 90% necessários para uma bomba. O urânio enriquecido seria devolvido ao Irã no prazo de um ano.
A troca acontecerá na Turquia, país com proximidades com Ocidente e Irã, e sob supervisão da AIEA e vigilância iraniana e turca.
Os presidentes Mahmoud Ahmadinejad e Lula, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, decidiram enviar a proposta no prazo de uma semana para a AIEA.
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