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16/06/2004
-
14h38
da France Presse, em Madri
A comissão parlamentar que investigará os atentados de 11 de março, que deixaram 191 mortos e mais de 1.500 feridos em Madri, se reuniu pela primeira vez nesta quarta-feira, a portas fechadas, na Câmara dos Deputados.
A comissão terá um prazo de dois meses para investigar os acontecimentos anteriores e posteriores ao 11 de março, assim como os vinculados a estes e as atuações dos poderes de Estado --em particular no que diz respeito à luta contra o terrorismo islâmico--, segundo o acordo aceito por todos os partidos políticos.
De acordo com a imprensa espanhola, a comissão corre o risco de não poder consultar os documentos do processo comandado pelo juiz Juan del Olmo, magistrado da Audiência Nacional (principal instância penal do país), devido ao sigilo do mesmo. Além disso, também pode não ter condições de consultar todos os documentos do Centro Nacional de Inteligência (CNI).
Representantes do Partido Nacionalista Basco (PNV, moderado) e da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, separatistas catalães republicanos) já anunciaram que pretendem convocar o ex-primeiro-ministro conservador José María Aznar.
Os parlamentares que integram a comissão decidiram que as primeiras audiências acontecerão na última semana de junho.
O trabalho da comissão de investigação provocou debates acalorados na Espanha, já que a esquerda, agora no poder, considera que o governo de Aznar manipulou as informações sobre os atentados de 11 de março ao privilegiar, durante mais de 72 horas, a pista de que a responsabilidade dos ataques correspondia ao ETA (Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca) e não ao terrorismo islâmico.
O Partido Popular (PP, direita) rebate as acusações e afirma que a esquerda manipulou os manifestantes que um dia antes das eleições --tradicionalmente de reflexão e sem atividade política-- protestaram diante das sedes do partido em vários pontos da Espanha.
Uma pesquisa recente mostra que quase 70% dos espanhóis acreditam que o governo de Aznar manipulou as informações entre os dias 11 e 14 de março, já que a pista islâmica, vinculada ao apoio de seu governo à guerra no Iraque, poderia prejudicar o mesmo nas urnas.
Especial
Saiba mais sobre os ataques terroristas na Espanha
Comissão sobre atentados em Madri se reúne pela primeira vez
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A comissão parlamentar que investigará os atentados de 11 de março, que deixaram 191 mortos e mais de 1.500 feridos em Madri, se reuniu pela primeira vez nesta quarta-feira, a portas fechadas, na Câmara dos Deputados.
A comissão terá um prazo de dois meses para investigar os acontecimentos anteriores e posteriores ao 11 de março, assim como os vinculados a estes e as atuações dos poderes de Estado --em particular no que diz respeito à luta contra o terrorismo islâmico--, segundo o acordo aceito por todos os partidos políticos.
De acordo com a imprensa espanhola, a comissão corre o risco de não poder consultar os documentos do processo comandado pelo juiz Juan del Olmo, magistrado da Audiência Nacional (principal instância penal do país), devido ao sigilo do mesmo. Além disso, também pode não ter condições de consultar todos os documentos do Centro Nacional de Inteligência (CNI).
Representantes do Partido Nacionalista Basco (PNV, moderado) e da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, separatistas catalães republicanos) já anunciaram que pretendem convocar o ex-primeiro-ministro conservador José María Aznar.
Os parlamentares que integram a comissão decidiram que as primeiras audiências acontecerão na última semana de junho.
O trabalho da comissão de investigação provocou debates acalorados na Espanha, já que a esquerda, agora no poder, considera que o governo de Aznar manipulou as informações sobre os atentados de 11 de março ao privilegiar, durante mais de 72 horas, a pista de que a responsabilidade dos ataques correspondia ao ETA (Pátria Basca e Liberdade --grupo terrorista e separatista que luta pela independência da região basca) e não ao terrorismo islâmico.
O Partido Popular (PP, direita) rebate as acusações e afirma que a esquerda manipulou os manifestantes que um dia antes das eleições --tradicionalmente de reflexão e sem atividade política-- protestaram diante das sedes do partido em vários pontos da Espanha.
Uma pesquisa recente mostra que quase 70% dos espanhóis acreditam que o governo de Aznar manipulou as informações entre os dias 11 e 14 de março, já que a pista islâmica, vinculada ao apoio de seu governo à guerra no Iraque, poderia prejudicar o mesmo nas urnas.
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