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21/06/2004
-
09h37
da France Presse, no Vaticano
O papa João Paulo 2º pediu nesta segunda-feira ao chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, que leve em conta os arraigados valores religiosos e culturais da Espanha, na primeira visita do executivo espanhol à Santa Sé.
Zapatero, socialista, foi recebido pelo sumo pontífice para uma audiência particular no Palácio Apostólico. O encontro durou cerca de 13 minutos.
"Espero vivamente que seu compromisso pessoal, assim como o de seu governo, alcance os objetivos pré-fixados de fomentar o moderno desenvolvimento da Espanha e que nessa tarefa sejam levados na devida conta os valores éticos, tão arraigados na tradição religiosa e cultural da população", afirmou o papa ao ler um discurso ao término do encontro.
Na sexta-feira (18), João Paulo 2º havia criticado duramente os novos projetos do governo espanhol sobre o aborto e o casamento entre homossexuais ao receber o novo embaixador espanhol ante a Santa Sé, Jorge Dezcallar de Mazarredo.
Casamento gay
O papa se opõe à autorização do matrimônio entre homossexuais e à adoção de filhos por parte desses casais, assim como a suavizar a legislação sobre o aborto, propostas pelo governo socialista.
"Há poucos dias, recebendo seu novo embaixador, tive a oportunidade de referir-me a alguns aspectos da sociedade espanhola. Reafirmando o que foi dito na ocasião, quero renovar-lhe meu sincero agradecimento por esta amável visita", disse o papa.
João Paulo 2º evitou falar explicitamente das críticas ao aborto e à união entre homossexuais, o que provocou polêmicas na Espanha, limitando-se a reiterar o que foi expresso ao embaixador espanhol no Vaticano.
Em seu discurso a Zapatero, o papa lhe expressou também sua solidariedade na luta contra o terrorismo e lhe propôs um trabalho conjunto pela paz.
"Saiba que pode contar com a colaboração da Santa Sé para trabalharmos juntos na causa da paz e em favor do progresso espiritual dos povos, para ajudar no que se refere à erradicação do terrorismo e das violências em todas as suas formas", disse João Paulo 2º.
Tropas no Iraque
Zapatero, que anunciou em abril, após sua vitória eleitoral, a retirada das tropas espanholas do Iraque por ser contra a guerra, esteve acompanhado de uma delegação de dez pessoas, encabeçada entre outras pelo ministro de Relações Exteriores, Miguel Angel Moratinos.
Durante o encontro, o papa lembrou as cindo visitas que fez à Espanha em seus 25 anos de pontificado e manifestou seu "afeto" pelo povo espanhol e pela família real. "Vocês têm um primeiro-ministro muito jovem e isto é muito bom", disse João Paulo 2º ao chanceler espanhol.
Zapatero foi recebido depois pelo número dois do Vaticano, o cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado.
Ao término da visita, Zapatero, que permaneceu apenas poucas horas na Itália, definiu como "cordial e caloroso" o encontro com o papa.
"Falamos de problemas de ordem internacional, em particular da paz no mundo, do Oriente Médio, do progresso da União Européia, com o desejo de que o projeto europeu siga em frente", disse.
Zapatero, que tem uma mão enfaixada desde o ontem, devido a um pequeno acidente quando jogava basquete, disse que quer estabelecer "uma relação aberta e de diálogo com o Vaticano, a conferência episcopal espanhola e a Igreja Católica".
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O papa João Paulo 2º pediu nesta segunda-feira ao chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, que leve em conta os arraigados valores religiosos e culturais da Espanha, na primeira visita do executivo espanhol à Santa Sé.
Zapatero, socialista, foi recebido pelo sumo pontífice para uma audiência particular no Palácio Apostólico. O encontro durou cerca de 13 minutos.
"Espero vivamente que seu compromisso pessoal, assim como o de seu governo, alcance os objetivos pré-fixados de fomentar o moderno desenvolvimento da Espanha e que nessa tarefa sejam levados na devida conta os valores éticos, tão arraigados na tradição religiosa e cultural da população", afirmou o papa ao ler um discurso ao término do encontro.
Na sexta-feira (18), João Paulo 2º havia criticado duramente os novos projetos do governo espanhol sobre o aborto e o casamento entre homossexuais ao receber o novo embaixador espanhol ante a Santa Sé, Jorge Dezcallar de Mazarredo.
Casamento gay
O papa se opõe à autorização do matrimônio entre homossexuais e à adoção de filhos por parte desses casais, assim como a suavizar a legislação sobre o aborto, propostas pelo governo socialista.
"Há poucos dias, recebendo seu novo embaixador, tive a oportunidade de referir-me a alguns aspectos da sociedade espanhola. Reafirmando o que foi dito na ocasião, quero renovar-lhe meu sincero agradecimento por esta amável visita", disse o papa.
João Paulo 2º evitou falar explicitamente das críticas ao aborto e à união entre homossexuais, o que provocou polêmicas na Espanha, limitando-se a reiterar o que foi expresso ao embaixador espanhol no Vaticano.
Em seu discurso a Zapatero, o papa lhe expressou também sua solidariedade na luta contra o terrorismo e lhe propôs um trabalho conjunto pela paz.
"Saiba que pode contar com a colaboração da Santa Sé para trabalharmos juntos na causa da paz e em favor do progresso espiritual dos povos, para ajudar no que se refere à erradicação do terrorismo e das violências em todas as suas formas", disse João Paulo 2º.
Tropas no Iraque
Zapatero, que anunciou em abril, após sua vitória eleitoral, a retirada das tropas espanholas do Iraque por ser contra a guerra, esteve acompanhado de uma delegação de dez pessoas, encabeçada entre outras pelo ministro de Relações Exteriores, Miguel Angel Moratinos.
Durante o encontro, o papa lembrou as cindo visitas que fez à Espanha em seus 25 anos de pontificado e manifestou seu "afeto" pelo povo espanhol e pela família real. "Vocês têm um primeiro-ministro muito jovem e isto é muito bom", disse João Paulo 2º ao chanceler espanhol.
Zapatero foi recebido depois pelo número dois do Vaticano, o cardeal Angelo Sodano, secretário de Estado.
Ao término da visita, Zapatero, que permaneceu apenas poucas horas na Itália, definiu como "cordial e caloroso" o encontro com o papa.
"Falamos de problemas de ordem internacional, em particular da paz no mundo, do Oriente Médio, do progresso da União Européia, com o desejo de que o projeto europeu siga em frente", disse.
Zapatero, que tem uma mão enfaixada desde o ontem, devido a um pequeno acidente quando jogava basquete, disse que quer estabelecer "uma relação aberta e de diálogo com o Vaticano, a conferência episcopal espanhola e a Igreja Católica".
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