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28/06/2004
-
06h10
da Folha Online
Os Estados Unidos entregaram hoje a soberania do Iraque a um governo interino. "Formalmente", isso significaria o fim da ocupação do país, após 14 meses --desde a invasão do país pelos EUA para derrubar o ditador Saddam Hussein. No entanto, milhares de soldados da coalizão (160 mil, atualmente, sendo 135 mil americanos) devem continuar no país ocupado por um período indefinido.
Um dos motivos para a antecipação da "entrega" do poder seria tentar evitar (ou reduzir) ataques rebeldes, que vêm massacrando a população civil iraquiana, civis estrangeiros a serviço dos EUA e soldados da coalizão.
Em uma cerimônia-surpresa que acabou antes de ser anunciada publicamente e, mesmo antes que os próprios iraquianos soubessem dela, o chefe da administração americano no Iraque, Paul Bremer, entregou uma carta a autoridades iraquianas selando a transferência formal de poderes.
A carta entregue por Bremer era do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, na qual ele pedia ao governo interino o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, rompidas em 1990 depois da invasão do Kuait por parte de Saddam Hussein.
"Vocês nos disseram e nós concordamos que estão prontos para a soberania. Deixaremos o Iraque confiantes no futuro do país", disse Bremer na cerimônia.
Bremer já deixou o Iraque, afirmou uma fonte da coalizão liderada pelos EUA.
"Esse é um dia histórico, um dia que todos os iraquianos aguardavam", afirmou o presidente-interino iraquiano, Ghazi Yawar, durante a cerimônia. A soberania foi transferida às 10h26 (3h26 em Brasília).
Motivos
Representantes dos EUA e do Reino Unido dizem que a transferência é um passo-chave para a democracia no Iraque, mas uma das primeiras ações do governo soberano deve ser a imposição de leis de emergência, incluindo toques de recolher, para conter as guerrilhas.
No entanto, a medida pode ser também uma forma de Bush reduzir os efeitos negativos que a ocupação vêm causando em sua candidatura à reeleição nos EUA.
A transferência de poderes ocorreu durante uma cerimônia na Zona Verde, onde está localizado o quartel-general das forças de coalizão. Trata-se de um dos locais mais militarizados do país.
Turquia
Na Turquia, Bush disse estar satisfeito com a entrega da soberania e indicou que o fato terá boas conseqüências para o povo iraquiano.
O presidente norte-americano Bush está em Istambul desde de ontem, onde participa da cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Com agências internacionais
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EUA antecipam entrega de soberania do Iraque
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Os Estados Unidos entregaram hoje a soberania do Iraque a um governo interino. "Formalmente", isso significaria o fim da ocupação do país, após 14 meses --desde a invasão do país pelos EUA para derrubar o ditador Saddam Hussein. No entanto, milhares de soldados da coalizão (160 mil, atualmente, sendo 135 mil americanos) devem continuar no país ocupado por um período indefinido.
Um dos motivos para a antecipação da "entrega" do poder seria tentar evitar (ou reduzir) ataques rebeldes, que vêm massacrando a população civil iraquiana, civis estrangeiros a serviço dos EUA e soldados da coalizão.
Em uma cerimônia-surpresa que acabou antes de ser anunciada publicamente e, mesmo antes que os próprios iraquianos soubessem dela, o chefe da administração americano no Iraque, Paul Bremer, entregou uma carta a autoridades iraquianas selando a transferência formal de poderes.
A carta entregue por Bremer era do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, na qual ele pedia ao governo interino o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, rompidas em 1990 depois da invasão do Kuait por parte de Saddam Hussein.
"Vocês nos disseram e nós concordamos que estão prontos para a soberania. Deixaremos o Iraque confiantes no futuro do país", disse Bremer na cerimônia.
Bremer já deixou o Iraque, afirmou uma fonte da coalizão liderada pelos EUA.
"Esse é um dia histórico, um dia que todos os iraquianos aguardavam", afirmou o presidente-interino iraquiano, Ghazi Yawar, durante a cerimônia. A soberania foi transferida às 10h26 (3h26 em Brasília).
Motivos
Representantes dos EUA e do Reino Unido dizem que a transferência é um passo-chave para a democracia no Iraque, mas uma das primeiras ações do governo soberano deve ser a imposição de leis de emergência, incluindo toques de recolher, para conter as guerrilhas.
No entanto, a medida pode ser também uma forma de Bush reduzir os efeitos negativos que a ocupação vêm causando em sua candidatura à reeleição nos EUA.
A transferência de poderes ocorreu durante uma cerimônia na Zona Verde, onde está localizado o quartel-general das forças de coalizão. Trata-se de um dos locais mais militarizados do país.
Turquia
Na Turquia, Bush disse estar satisfeito com a entrega da soberania e indicou que o fato terá boas conseqüências para o povo iraquiano.
O presidente norte-americano Bush está em Istambul desde de ontem, onde participa da cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Com agências internacionais
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