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01/08/2004 - 13h34

Carros-bomba atingem igrejas cristãs em dia de violência no Iraque

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da Folha Online

A onda de violência no Iraque neste domingo --com combates em várias cidades e atentados sincronizados-- atingiu pela primeira vez igrejas cristãs.

Em Bagdá (capital), dois carros-bomba explodiram, em pequeno intervalo de tempo, perto de duas igrejas, durante os cultos. Em Mossul (norte), duas explosões sacudiram outra igreja cristã quase no mesmo horário, de acordo com autoridades iraquianas. De acordo com o governo iraquiano, outras explosões ocorreram em Bagdá e também tiveram como alvo igrejas cristãs.

O número de mortes ainda é incerto. A agência de notícias Reuters afirma que duas pessoas morreram nas explosões em Bagdá e uma, em Mossul; a agência Associated Press, citando fontes militares, disse que entre 20 e 25 pessoas ficaram feridas em Bagdá e quatro, em Mossul.

A primeira explosão atingiu uma igreja em Karrada, bairro de Bagdá, que tem grande número de cristãos. A segunda explosão atingiu outra igreja, a apenas 200 metros de distância, poucos minutos depois.

Mais cedo, duas fortes explosões ocorreram no centro da capital. Fontes policiais afirmam que dois iraquianos morreram e outros dois ficaram feridos, entre eles um motorista da rede BBC, em uma emboscada ao veículo.

A outra bomba foi ouvida nas imediações da "zona verde", área onde se concentra o governo iraquiano, o comando militar dos EUA e as embaixadas britânica e americana. Não há informação de vítimas.

Ataques em série

Ataques e confrontos aconteceram também em Mossul, Fallujah (oeste) e Samarra (norte).

O Exército americano informou que um soldado norte-americano foi morto e outros dois ficaram feridos quando rebeldes os atacaram com uma bomba próximo à cidade de Samarra, a 100 km de Bagdá.

Em Mossul, um carro-bomba explodiu em frente a uma delegacia de polícia e matou ao menos cinco pessoas e outras feriu 53, segundo a polícia local.

O carro detonado por volta das 8h (horário local) destruiu parte do posto policial, casas, viaturas e vários veículos de civis, disse a polícia. Os mortos eram policiais, e entre os feridos há guardas e civis.

Segundo o capitão da polícia Nidam Mohammed, um carro de marca japonesa se lançou em alta velocidade em direção ao posto. Os policiais dispararam contra o veículo e conseguiram atingir o motorista, mas ele explodiu metros antes de tentar atingir a delegacia.

A explosão fez uma cratera de cerca de três metros em frente à delegacia.

"Até o momento recebemos cinco corpos", disse Ahmad Abdalá Rajab, médico forense do necrotério da cidade. No hospital Salam, o médico Rabih Suleimane afirmou que "34 pessoas feridas entre civis e policiais" foram socorridas. Em outro hospital de Mossul, ao menos 16 pessoas receberam atendimento.

Fallujah

Em Fallujah, ao menos dez pessoas morreram e 30 ficaram feridas em bombardeios americanos e novos combates na cidade, na madrugada deste domingo, informou a emissora de televisão Al Jazira (Qatar).

Os combates aconteceram no bairro de Al Askari, oeste da cidade, onde, segundo a agência de notícias France Presse, várias explosões foram ouvidas na madrugada.

As mesquitas propagavam orações por meio de alto-falantes, enquanto ambulâncias se dirigiam ao local dos ataques.

O Exército americano não comentou o assunto, mas admitiu ter travado combates com insurgentes horas antes. Combatentes disfarçados de civis atacaram uma posição dos marines perto de Fallujah com morteiros, granadas e armas leves, obrigando as tropas americanas a responder com seus tanques, informou o Exército em um comunicado.

Os marines também bombardearam um prédio na zona industrial da cidade, onde suspeitavam que os rebeldes se escondiam. O comunicado não cita vítimas.

Nos últimos 40 dias, o Exército americano fez sete ataques aéreos contra Fallujah, em que garante ter matado dezenas de supostos seguidores do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, ligado à rede terrorista Al Qaeda [de Osama bin Laden].

Com agências internacionais

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