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14/08/2004 - 11h20

Combates matam mais de 70 em Samarra; Najaf tem cessar-fogo

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da Folha Online

O Exército dos Estados Unidos anunciou hoje que matou cerca de 50 rebeldes perto da cidade de Samarra, ao norte de Bagdá, após ter lançado bombas sobre posições rebeldes. Os conflitos em Samarra e Hilla já deixaram pelo menos 70 mortos.

"Bombas de 230 kg foram lançadas na manhã deste sábado sobre posições inimigas perto de Samarra", disse o capitão Bill Coppernoll da 1ª divisão de infantaria, acrescentando que "cerca de 50 insurgentes morreram".

"[Estes ataques foram executados] Para garantir a liberdade de movimento dos cidadãos iraquianos e impedir que o inimigo estabeleça um ponto de referência na região", afirmou o capitão Coppernoll.

O hospital geral de Samarra havia informado pouco antes que pelo menos 13 iraquianos morreram e 84 ficaram feridos em combates na noite de sexta-feira entre a guerrilha e a polícia iraquiana, apoiada pelas forças americanas.

A polícia informou que seu quartel-general, localizado na entrada da cidade, foi danificado pelos combates e que três policiais haviam morrido. Até o momento não existem informações indicando que estas mortes foram ou não incluídas no balanço divulgado pelo hospital.

Cerca de 40 casas, entre elas edifícios oficiais e escritórios do partido político do ministro do Interior, Falah al-Nakib, foram destruídas nos combates, segundo a polícia. Vários veículos de civis foram incendiados, segundo a mesma fonte.

As mesquitas da cidade convocaram na manhã deste sábado, pelo sistema de alto-falantes, a população a doar seu sangue para as vítimas nos hospitais.

Em Najaf, os milicianos do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr e as tropas americanas mantiveram hoje um cessar-fogo na cidade sagrada.

Já as negociações entre o governo iraquiano e o movimento de Al Sadr para encerrar os combates na cidade fracassaram, segundo Muaffak al Rubai, assessor de segurança nacional.

"Lamento muito anunciar o fracasso dos esforços para resolver pacificamente a crise em Najaf", disse al Rubai durante entrevista.

No plano econômico, o Iraque retomou na manhã de hoje o envio de petróleo para o porto turco de Ceyhan, em um nível que não era atingido desde o ano passado por causa das múltiplas sabotagens dos oleodutos.

De acordo com um funcionário da Companhia Petroleira do Norte, o bombeamento foi reiniciado hoje, às 8h (1h de Brasília) nos campos petroleiros de Kirkuk, para Ceyhan, a um ritmo de 600 mil a 800 mil barris/dia.

Poucas horas antes, um porta-voz da Companhia de Petróleo do Sul havia anunciado o fechamento do principal oleoduto do sul do Iraque por motivos de segurança.

O governo informou nesta semana que se o principal oleoduto fosse fechado no sul, o Iraque sofreria um prejuízo de US$ 60 milhões por dia.

Paralelamente a esta situação, milhares de iraquianos partidários de Al Sadr se encontravam próximos de Najaf, depois do pedido feito na sexta-feira aos fiéis xiitas para "marchar em Najaf".

Os manifestantes eram liderados pelo xeque Hazem al Araji, um representante de Al Sadr.

Um cessar-fogo está em vigor desde a noite de sexta-feira na cidade santa, onde ocorrem violentos combates há mais de uma semana entre as milícias de Al Sadr e tropas americanas, que apoiavam as forças de segurança iraquianas.

O enviado especial da ONU no Iraque, Ashraf Jehangir Qazi, chegou ontem a Bagdá para assistir à Conferência Nacional iraquiana, prevista para este fim de semana, que tem como objetivo a retomada do processo político que realizará eleições gerais em janeiro.

Com France Presse

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