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22/08/2004
-
03h32
da Folha de S.Paulo
O custo da campanha presidencial dos Estados Unidos deste ano já superou a marca de US$ 1 bilhão. De acordo com dados apresentados anteontem à Comissão Eleitoral Federal (FEC), o total arrecadado até agora por candidatos, partidos e grupos de atuação política é quase o dobro do que foi levantado no mesmo período da eleição de 2000.
Até o fim de julho, a campanha do presidente George W. Bush arrecadou US$ 242 milhões. A campanha do senador democrata John Kerry ficou bem perto, chegando a US$ 233,5 milhões. Os dois bateram com facilidade o recorde anterior, US$ 94 milhões, estabelecido por Bush na eleição de 2000.
Do dinheiro que entrou para os cofres dos candidatos, o republicano já gastou US$ 209 milhões, enquanto as despesas democratas atingiram US$ 186,4 milhões.
Mídia
A maior parte da verba foi empregada na compra de espaço publicitário na mídia (diferentemente do Brasil, nos EUA não existe horário eleitoral gratuito): Bush gastou US$ 116 milhões em TV, rádio, jornais e revistas e Kerry, US$ 93 milhões.
Nas prestações de contas apresentadas à FEC, os partidos Republicano e Democrata afirmaram terem arrecadado US$ 390,5 milhões de janeiro do ano passado até julho último.
O Comitê Republicano Nacional conseguiu doações no valor de US$ 245,3 milhões e o Comitê Democrata Nacional, US$ 145,2 milhões.
O resto do dinheiro foi arrecadado por grupos de ação política, fundações e organizações sem fim lucrativo que participam do processo eleitoral. Parte dessas entidades faz campanhas destinadas a estimular a população a fazer seu registro eleitoral e a comparecer aos locais de votação no dia da eleição (nos EUA, o voto não é obrigatório).
Neste ano, contudo, por conta de uma mudança nas leis eleitorais, é grande a influência de um tipo dessas organizações, os chamados "comitês 527".
Ao contrário dos candidatos e dos partidos, que podem receber uma contribuição máxima de US$ 2.000 de cada pessoa física ou jurídica, esses comitês podem ganhar doações individuais ilimitadas. É por meio dos 527 que empresas e milionários interessados em influenciar o resultado da eleição estão encaminhando milhões de dólares para as campanhas.
Até o final de junho, segundo dados apresentados à FEC, os 527 levantaram US$ 153,9 milhões. E aqui Kerry leva grande vantagem sobre Bush: US$ 144,9 milhões foram contribuições para comitês pró-democratas e apenas US$ 9 milhões para pró-republicanos.
Educação
Ontem, durante a transmissão de seu programa de rádio semanal, Bush procurou enfatizar os feitos de seu governo na educação. Em pesquisas de opinião pública, o presidente e seu rival democrata obtêm índices semelhantes na resposta sobre quem é o melhor preparado para cuidar da educação.
"Estamos deixando para trás o sistema falido que aprova crianças mesmo quando elas não estão aprendendo o básico", afirmou Bush.
Depois de reconhecer que as escolas precisam melhorar, o presidente disse que seu governo destinou US$ 12,3 bilhões para ajudar alunos deficientes --um aumento de 41% desde que chegou à Casa Branca.
Anteontem, Kerry fez uma visita "não-eleitoral" à Flórida --para visitar as vítimas do ciclone Charley. Foi a oitava vez que o democrata visitou o Estado neste ano, enquanto Bush esteve lá 20 vezes. A Flórida tem o quarto maior número de eleitores no país e, como em 2000, está sendo considerado um Estado decisivo para a eleição de 2 de novembro.
Da Flórida, Kerry viajou para Pittsburgh (Pensilvânia), onde participaria de um almoço de campanha. Mais tarde, o candidato ainda viajaria para Nova York para participar de outros eventos.
Com agências internacionais e "The New York Times"
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Campanha eleitoral americana supera US$ 1 bilhão
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Até o fim de julho, a campanha do presidente George W. Bush arrecadou US$ 242 milhões. A campanha do senador democrata John Kerry ficou bem perto, chegando a US$ 233,5 milhões. Os dois bateram com facilidade o recorde anterior, US$ 94 milhões, estabelecido por Bush na eleição de 2000.
Do dinheiro que entrou para os cofres dos candidatos, o republicano já gastou US$ 209 milhões, enquanto as despesas democratas atingiram US$ 186,4 milhões.
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A maior parte da verba foi empregada na compra de espaço publicitário na mídia (diferentemente do Brasil, nos EUA não existe horário eleitoral gratuito): Bush gastou US$ 116 milhões em TV, rádio, jornais e revistas e Kerry, US$ 93 milhões.
Nas prestações de contas apresentadas à FEC, os partidos Republicano e Democrata afirmaram terem arrecadado US$ 390,5 milhões de janeiro do ano passado até julho último.
O Comitê Republicano Nacional conseguiu doações no valor de US$ 245,3 milhões e o Comitê Democrata Nacional, US$ 145,2 milhões.
O resto do dinheiro foi arrecadado por grupos de ação política, fundações e organizações sem fim lucrativo que participam do processo eleitoral. Parte dessas entidades faz campanhas destinadas a estimular a população a fazer seu registro eleitoral e a comparecer aos locais de votação no dia da eleição (nos EUA, o voto não é obrigatório).
Neste ano, contudo, por conta de uma mudança nas leis eleitorais, é grande a influência de um tipo dessas organizações, os chamados "comitês 527".
Ao contrário dos candidatos e dos partidos, que podem receber uma contribuição máxima de US$ 2.000 de cada pessoa física ou jurídica, esses comitês podem ganhar doações individuais ilimitadas. É por meio dos 527 que empresas e milionários interessados em influenciar o resultado da eleição estão encaminhando milhões de dólares para as campanhas.
Até o final de junho, segundo dados apresentados à FEC, os 527 levantaram US$ 153,9 milhões. E aqui Kerry leva grande vantagem sobre Bush: US$ 144,9 milhões foram contribuições para comitês pró-democratas e apenas US$ 9 milhões para pró-republicanos.
Educação
Ontem, durante a transmissão de seu programa de rádio semanal, Bush procurou enfatizar os feitos de seu governo na educação. Em pesquisas de opinião pública, o presidente e seu rival democrata obtêm índices semelhantes na resposta sobre quem é o melhor preparado para cuidar da educação.
"Estamos deixando para trás o sistema falido que aprova crianças mesmo quando elas não estão aprendendo o básico", afirmou Bush.
Depois de reconhecer que as escolas precisam melhorar, o presidente disse que seu governo destinou US$ 12,3 bilhões para ajudar alunos deficientes --um aumento de 41% desde que chegou à Casa Branca.
Anteontem, Kerry fez uma visita "não-eleitoral" à Flórida --para visitar as vítimas do ciclone Charley. Foi a oitava vez que o democrata visitou o Estado neste ano, enquanto Bush esteve lá 20 vezes. A Flórida tem o quarto maior número de eleitores no país e, como em 2000, está sendo considerado um Estado decisivo para a eleição de 2 de novembro.
Da Flórida, Kerry viajou para Pittsburgh (Pensilvânia), onde participaria de um almoço de campanha. Mais tarde, o candidato ainda viajaria para Nova York para participar de outros eventos.
Com agências internacionais e "The New York Times"
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