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03/10/2004
-
10h09
KELLY VELÁSQUEZ
da France Presse, em Roma
O papa João Paulo 2º, que beatificou neste domingo cinco católicos, entre eles o último imperador da Áustria e a freira alemã que inspirou o filme de Mel Gibson "A Paixão de Cristo", é o maior "fabricante" de beatos e santos da história da Igreja Católica.
Em 26 anos de pontificado, João Paulo 2º realizou 1.342 beatificações, mais do que todos os seus antecessores em quatro séculos, e canonizou 482 dos quase 800 santos da Igreja Católica.
João Paulo 2º superou sozinho o número de beatificações realizadas por seus 33 antecessores desde 1594, ano da fundação da Congregação das Causas dos Santos, que no Vaticano é chamada de "fábrica de santos".
Antes desta data, os beatos e santos eram proclamados "vox populi" [por aclamação popular] ou porque a eles se rendia culto "immemorabili" [desde tempos imemoráveis]. Como resultado, foram santificados personagens inexistentes, inclusive na opinião da Igreja Católica, a ponto de, durante o pontificado de Paulo 6º, ter sido realizada uma verdadeira limpeza do santoral.
Entre outros, os encarregados da operação tiraram do calendário Santa Filomena, que nunca existiu, e São Jorge, santo do dragão, cuja existência é duvidosa e que só se salvou por ser o protetor do Reino Unido. Ele permaneceu apenas no santoral local.
Atualmente, estão abertos cerca de 2.000 processos de beatificação e canonização na "fábrica de santos".
A reforma do Código de Direito Canônico, em 1983, facilitou o processo que leva à santidade. O caminho tem agora três etapas: confirmação das "virtudes heróicas" do candidato, beatificação e canonização. É necessária a "certificação de um milagre" para a beatificação, e outro para a canonização, salvo no caso dos mártires.
Geralmente, o bispo da diocese a que pertence o "candidato" abre seu processo de beatificação, que só deve ter início cinco anos após a morte do mesmo. Uma vez encaminhado o pedido, é aberta uma investigação e testemunhos são reunidos.
Durante o processo de canonização, a investigação deve encontrar provas de que o candidato praticava a fé de maneira "heróica". Para certificar a validade dos "milagres", a Congregação das Causas dos Santos conta com uma equipe de 70 médicos e especialistas, que devem comprovar que uma cura foi "instantânea, total e inexplicável".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre João Paulo 2º
Análise: João Paulo 2º, o "fabricante" de beatos
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da France Presse, em Roma
O papa João Paulo 2º, que beatificou neste domingo cinco católicos, entre eles o último imperador da Áustria e a freira alemã que inspirou o filme de Mel Gibson "A Paixão de Cristo", é o maior "fabricante" de beatos e santos da história da Igreja Católica.
Em 26 anos de pontificado, João Paulo 2º realizou 1.342 beatificações, mais do que todos os seus antecessores em quatro séculos, e canonizou 482 dos quase 800 santos da Igreja Católica.
João Paulo 2º superou sozinho o número de beatificações realizadas por seus 33 antecessores desde 1594, ano da fundação da Congregação das Causas dos Santos, que no Vaticano é chamada de "fábrica de santos".
Antes desta data, os beatos e santos eram proclamados "vox populi" [por aclamação popular] ou porque a eles se rendia culto "immemorabili" [desde tempos imemoráveis]. Como resultado, foram santificados personagens inexistentes, inclusive na opinião da Igreja Católica, a ponto de, durante o pontificado de Paulo 6º, ter sido realizada uma verdadeira limpeza do santoral.
Entre outros, os encarregados da operação tiraram do calendário Santa Filomena, que nunca existiu, e São Jorge, santo do dragão, cuja existência é duvidosa e que só se salvou por ser o protetor do Reino Unido. Ele permaneceu apenas no santoral local.
Atualmente, estão abertos cerca de 2.000 processos de beatificação e canonização na "fábrica de santos".
A reforma do Código de Direito Canônico, em 1983, facilitou o processo que leva à santidade. O caminho tem agora três etapas: confirmação das "virtudes heróicas" do candidato, beatificação e canonização. É necessária a "certificação de um milagre" para a beatificação, e outro para a canonização, salvo no caso dos mártires.
Geralmente, o bispo da diocese a que pertence o "candidato" abre seu processo de beatificação, que só deve ter início cinco anos após a morte do mesmo. Uma vez encaminhado o pedido, é aberta uma investigação e testemunhos são reunidos.
Durante o processo de canonização, a investigação deve encontrar provas de que o candidato praticava a fé de maneira "heróica". Para certificar a validade dos "milagres", a Congregação das Causas dos Santos conta com uma equipe de 70 médicos e especialistas, que devem comprovar que uma cura foi "instantânea, total e inexplicável".
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