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30/10/2004 - 17h13

A três dias da eleição, Bush e Kerry fazem campanha à sombra de Bin Laden

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da France Presse

O presidente americano, George W. Bush, e o senador John Kerry continuaram percorrendo os Estados Unidos neste sábado atrás dos votos dos indecisos, em meio à polêmica desatada pelo novo vídeo do líder terrorista Osama Bin Laden a três dias das eleições americanas.

Assim que o vídeo do líder da rede Al-Qaeda foi divulgado, na noite de sexta-feira, o democrata e o republicano concordaram em reafirmar que os americanos permanecerão unidos e não serão intimidados pelas ameaças do terrorista.

Em declarações concedidas a uma rede de televisão local, Kerry afirmou ser capaz de conduzir uma guerra contra o terrorismo mais eficiente que a de Bush, e declarou lamentar que o presidente não tenha concentrado todas as forças americanas para matar Bin Laden quando teve a oportunidade de fazê-lo, em Tora Bora, no Afeganistão.

"Estas declarações são particularmente escandalosas", respondeu Bush, acusando seu adversário de "mentir de forma consciente".

Na manhã deste sábado, em Wisconsin (norte), Kerry prosseguiu seus ataques, afirmando que, em vez de se esforçar em capturar Bin Laden, Bush errou ao desviar as forças do Afeganistão para iniciar apressadamente uma guerra no Iraque.

Os analistas tinham reservas sobre a real influência das ameaças de Bin Laden sobre o eleitorado americano, principalmente nos Estados indecisos, onde as preocupações principais estão muito longe dos debates de política externa que agitam Washington.

Na região dos Grandes Lagos, são agricultores em dificuldade, a maioria conservadores, e vítimas da desindustrialização nos antigos feudos democratas, que os candidatos devem convencer. Na Flórida (sudeste), eles têm de seduzir comunidades diversas, como os negros do sul do Estado, tradicionalmente democratas, e os exilados cubanos, republicanos fervorosos.

Para 15% dos eleitores, o vídeo de Bin Laden não terá feito qualquer diferença, pois eles já votaram de forma antecipada, como é autorizado em vários Estados.

O líder da Al-Qaeda permitiu ao menos a Bush ostentar seu papel favorito de comandante no combate ao terrorismo, que, segundo as pesquisas, continua sendo a primeira preocupação do povo americano.

Na manhã de sábado, a Casa Branca anunciou que, em Grand Rapids (Michigan, norte), onde estava em campanha, o presidente manteve uma videoconferência com seus principais assessores em segurança nacional, a quem pediu que tomassem "as medidas necessárias".

"A direção da guerra contra o terrorismo está em jogo", afirmou Bush no rádio, explorando o ponto fraco de Kerry, em quem os americanos, segundo todas as pesquisas, confiam menos do que no presidente para liderar o combate ao terrorismo.

Bush se empenhou na busca de votos pronunciando discursos em Michigan, Wisconsin, Minnesota e Flórida, Estado que Kerry deixou para percorrer Wisconsin, Iowa e Ohio.

Em Novo México, outro Estado indeciso, o ex-presidente democrata Bill Clinton foi ajudar Kerry, também defendido pelos atores Leonardo di Caprio em New Hampshire e Paul Newman em Ohio.

Além disso, os democratas lançaram na campanha armas de um forte componente emocional: as filhas de um ex-presidente, Chelsea Clinton, de um ex-vice-presidente, Karenna Gore, de um presidenciável, Vanessa Kerry, de um vice-presidensiável, Cate Edwards, e de um falecido presidente, Caroline Kennedy.

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