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18/11/2004 - 07h54

Irã nega a existência de central nuclear secreta

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da France Presse, em Teerã
da Folha Online

O Irã não possui centrais nucleares que já não tenham sido reveladas, afirmou nesta quinta-feira Hossein Mussavian, porta-voz da equipe de negociadores sobre a questão nuclear iraniana, desmentindo as acusações de um grupo de oposição sobre a existência de atividades desse tipo em locais secretos.

Ontem, Farid Soleimani, dirigente do Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI), afirmou que os "os militares iranianos têm programas secretos independentes dos civis e fixaram o ano de 2005 como data para ter a bomba [atômica]". O grupo é principal movimento de resistência armada ao governo iraniano.

"Desminto completamente estas afirmações. O Irã não possui nenhum lugar ou material nucleares não declarados", declarou Mussavian. "Entregamos um relatório de 1.030 páginas à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no qual declaramos todos os lugares e material nucleares que temos."

Ao ser questionado se o Irã autorizará uma inspeção da AIEA no local que supostamente abriga atividades nucleares, Mussavian afirmou que seu país sempre respondeu de maneira positiva aos pedidos de inspeção da Agência e tem cooperado. "Porém, não é bom para a AIEA ser manipulada por um grupo terrorista conhecido", disse.

Histórico

O Irã tem enfrentado uma grande resistência internacional, principalmente dos Estados Unidos, para o desenvolvimento de um programa nuclear. Em setembro, o presidente americano, George W. Bush, havia declarado que iria garantir "todas as opções disponíveis" para assegurar o fim do programa nuclear iraniano.

A administração Bush diz que o Irã, rico em petróleo, não precisa de um programa nuclear civil para conseguir energia e acusa o governo do país de tentar obter armas nucleares.

Em agosto, o governo iraniano havia ameaçado os EUA e Israel da possibilidade da república islâmica tomar a iniciativa e "atacar" seus inimigos, seja aonde for.

Como Israel é praticamente o primeiro país na mira do Irã, o maior temor era, antes, que o país lançasse ataques preventivos contra as instalações nucleares iranianas, com ou sem o apoio dos EUA.

A aviação israelense já atuou assim no dia 7 de junho de 1981 contra as instalações nucleares iraquianas de Osirak, fato condenado então pelos EUA.

Os dois países haviam trocado acusações verbais em meados de agosto, ameaçando-se mutuamente. Tanto o Irã quanto Israel possuem centrais nucleares e estes seriam os primeiros locais a serem atacados, caso um dos países realizasse uma ofensiva.

Com agências internacionais

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