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19/11/2004 - 13h20

Saiba mais sobre Marwan Barghouti, chamado de "herdeiro de Arafat"

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Folha Online

De todos os homens que podem liderar o povo palestino, Marwan Barghouti, 45, é o mais popular. Como negociador em defesa dos territórios palestinos, ele foi o mais sofisticado e isso fez com que fosse reconhecido como o "herdeiro legítimo" do legado deixado pelo líder Iasser Arafat, morto no dia 11 de novembro, segundo o jornal norte-americano "The New York Times".

Barghouti, que está preso, é líder do Fatah [principal facção política palestina] na Cisjordânia, e foi um dos principais coordenadores da primeira Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense], ocorrida entre 1987 e 1993.

Associated Press
Marwan Barghouti


O líder palestino foi condenado por terrorismo em 2002 e atualmente está preso em Israel, cumprindo a pena de prisão perpétua, estipulada pelas autoridades israelenses. Ele poderá, mesmo assim, apresentar sua candidatura à liderança da Autoridade Nacional Palestina (ANP). A Comissão Eleitoral afirmou que os advogados de Barghouti poderão representá-lo.

Pacificador e prisioneiro

A história de Barghouti --de prisioneiro a pacificador, voltando a prisioneiro-- é uma amostra das relações entre palestinos e israelenses, marcadas por aproximações, e também diferenças radicais. Sua proeminência revela as correntes, políticas e outras, que tomaram conta da sociedade palestina desde a morte de Arafat.

Barghouti é o líder palestino mais destacado de sua geração, constituída por homens na faixa dos 40 anos, que cresceram sob o domínio israelense dos territórios palestinos, aprenderam hebraico em alguma prisão israelense e passaram a admirar aspectos da democracia de Israel. Como legislador palestino, Barghouti foi um crítico freqüente do governo de Arafat.

O político também aprendeu inglês, leu Karl Marx, biografias de líderes israelenses e, recentemente, concluiu a leitura da biografia do ex-presidente americano, Bill Clinton (1993-2001).

Liberdade

Rumores vindos dos bastidores políticos dizem que o governo israelense pode perdoar Barghouti, ou libertá-lo em troca da prisão de outro palestino. Essa possibilidade é muito remota, segundo políticos e analistas de Israel.

Mesmo condenado pela morte de 26 israelenses em 37 ataques terroristas, Barghouti também é lembrado como um dos principais fomentadores de uma solução para o conflito israelo-palestino, e um líder muito próximo a autoridades de Israel, inclusive alguns líderes de direita.

Em deliberações internas, alguns membros do governo palestino estão discutindo se Bargouthi deve se candidatar à liderança do Fatah novamente, trazendo à tona a situação dos prisioneiros palestinos nas prisões israelenses.

Políticos também querem que Barghouti seja eleito presidente da ANP, transformando as eleições em um grande ato simbólico, e deixar que Mahmoud Abbas [também conhecido por Abu Mazen], que também pode se candidatar à Presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), cuide apenas da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Com "The New York Times

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