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23/11/2004
-
11h39
da France Presse, em Genebra (Suíça)
Mais de um terço dos portadores do vírus da Aids na América Latina vivem no Brasil, indica relatório anual do ONUAids, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV, e da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Com cerca de 400 milhões de habitantes, a América Latina tem por volta de 1,7 milhão de pessoas portadoras do vírus da Aids (0,43% da população).
A epidemia, segundo o relatório divulgado nesta terça-feira, estende-se por todas as regiões do Brasil, mas mostra algumas variações, segundo especialistas.
"No começo [a Aids] afetou principalmente a homens que tinham relações sexuais com outros homens e também a usuários de drogas injetáveis, mas agora a epidemia se tornou mais heterogênea", avalia o documento. "A transmissão heterossexual é responsável atualmente por uma proporção crescente das infecções pelo HIV, e as mulheres são cada vez mais afetadas."
Segundo o ONUAids, há atualmente cerca de 610 mil mulheres portadoras do vírus da Aids na América Latina. Em 2004, cerca de 95 mil pessoas morreram na região e outras 240 mil foram infectadas pelo HIV.
Mesmo assim, o relatório aponta o Brasil como "referência" entre os países em desenvolvimento. "O governo brasileiro introduziu uma iniciativa para identificar mulheres grávidas e oferecer-lhes o teste do HIV, proporcionar serviços para prevenir a transmissão da mãe para o filho e, nos casos pertinentes, tratar as mulheres e os recém-nascidos", relata a OMS, não sem destacar a grande disseminação da doença entre mulheres de baixa renda e pouco acesso a educação.
O consumo de drogas também contribui "consideravelmente" na difusão da epidemia. "Em algumas regiões, os usuários de drogas injetáveis constituem no mínimo a metade dos casos de Aids", advertem os autores do documento. No sul do país, alertam, estas pessoas seguem correndo alto risco de infecção.
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Mais de um terço dos portadores do vírus da Aids na América Latina vivem no Brasil, indica relatório anual do ONUAids, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV, e da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Com cerca de 400 milhões de habitantes, a América Latina tem por volta de 1,7 milhão de pessoas portadoras do vírus da Aids (0,43% da população).
A epidemia, segundo o relatório divulgado nesta terça-feira, estende-se por todas as regiões do Brasil, mas mostra algumas variações, segundo especialistas.
"No começo [a Aids] afetou principalmente a homens que tinham relações sexuais com outros homens e também a usuários de drogas injetáveis, mas agora a epidemia se tornou mais heterogênea", avalia o documento. "A transmissão heterossexual é responsável atualmente por uma proporção crescente das infecções pelo HIV, e as mulheres são cada vez mais afetadas."
Segundo o ONUAids, há atualmente cerca de 610 mil mulheres portadoras do vírus da Aids na América Latina. Em 2004, cerca de 95 mil pessoas morreram na região e outras 240 mil foram infectadas pelo HIV.
Mesmo assim, o relatório aponta o Brasil como "referência" entre os países em desenvolvimento. "O governo brasileiro introduziu uma iniciativa para identificar mulheres grávidas e oferecer-lhes o teste do HIV, proporcionar serviços para prevenir a transmissão da mãe para o filho e, nos casos pertinentes, tratar as mulheres e os recém-nascidos", relata a OMS, não sem destacar a grande disseminação da doença entre mulheres de baixa renda e pouco acesso a educação.
O consumo de drogas também contribui "consideravelmente" na difusão da epidemia. "Em algumas regiões, os usuários de drogas injetáveis constituem no mínimo a metade dos casos de Aids", advertem os autores do documento. No sul do país, alertam, estas pessoas seguem correndo alto risco de infecção.
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