Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/11/2004 - 11h11

Aids afeta quase 38 mi de pessoas em todo o mundo

Publicidade

da France Presse, em Genebra
da Folha Online

Dos 37,8 milhões de pessoas em todo o mundo afetadas pelo vírus HIV, causador da Aids, cerca de 4,9 milhões contraíram o vírus em 2004, o que representa um aumento de 12% em relação a 2003, segundo relatório anual do programa conjunto da ONU sobre o HIV (ONUAids) e da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado nesta terça-feira, em Genebra, na Suíça.

Após mais de 20 anos e 20 milhões de mortes desde o aparecimento do primeiro caso de Aids, em 1981, os resultados do estudo de 2004 sobre a Aids feito pa ONU é alarmante.

Na América Latina --que tem cerca de 400 milhões de habitantes-- há aproximadamente 1,7 milhão de pessoas portadoras do vírus da Aids (0,43% da população).

A epidemia, segundo o relatório divulgado nesta terça-feira, estende-se por todas as regiões do Brasil, mas mostra algumas variações, segundo especialistas.

No último ano, 3,1 milhões de pessoas morreram da doença em todo o mundo.

O aspecto mais alarmante da epidemia reside precisamente no ritmo progressivo de sua propagação. O índice mais significativo corresponde ao leste da Ásia, seguida pelo leste da Europa e Ásia Central. No leste asiático, houve um aumento de 56% nos últimos dois anos, enquanto que nas outras duas regiões foi de 48%.

As mulheres são muito vulneráveis e atualmente representam quase metade dos 37,2 milhões de adultos --com idades entre 15 e 49 anos-- portadores do vírus da Aids no mundo.

Focos

O Caribe é também uma das regiões mais afetadas no mundo: "A transmissão do HIV ocorre principalmente através das relações heterossexuais, embora as relações sexuais entre homens, que são muito estigmatizadas, também impulsionam a epidemia nos países caribenhos, onde a Aids passou a ser a causa principal da mortalidade em adultos com idades entre 15 e 44 anos", diz o relatório.

"Na África subsaariana, a região mais castigada, aproximadamente 60% dos adultos que vivem com o HIV, ou seja, 13,3 milhões de pessoas, são mulheres", afirmam os especialistas.

O estudo destaca que não existe uma só epidemia de Aids no mundo. "Muitas regiões e países estão experimentando diversas epidemias, algumas delas ainda nas primeiras fases."

"À medida que aumenta o número de pessoas que contraem o vírus da Aids e vivem com a doença, cresce também o número das que precisam de tratamento anti-retroviral, assim como de cuidado para as infecções", afirmam especialistas.

Na América do Norte e na Europa, um número crescente de pessoas se infecta através de relações heterossexuais sem proteção. "Nos Estados Unidos, a Aids afeta as mulheres afro-americanas e hispânicas, não na mesma proporção, e está entre as três primeiras causas de mortalidade para as afro-americanas com idades entre 35 e 44 anos", afirma o documento.

O relatório também diz que o investimento mundial no combate a Aids triplicou, "passando de US$ 2,1 bilhões em 2001 para US$ 6,1 bilhões em 2004, e o acesso a serviços básicos de prevenção e a atenção têm aumentado de forma substancial. No entanto, a doença continua se espalhando."

Leia mais
  • Brasil abriga um terço dos portadores de HIV da América Latina
  • América Latina tem mais de 1,7 milhão de pessoas portadoras do HIV

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o aumento da Aids
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página