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29/12/2004
-
09h13
da Folha Online
Já passa de 60 mil o número de pessoas que morreram devido ao maremoto que atingiu o sul da Ásia no domingo (26). Equipes de voluntários da Indonésia e da Índia, dois dos países mais atingidos, foram montadas especialmente para enterrar os mortos e evitar que doenças como cólera, malária e febre tifóide se espalhem entre os sobreviventes.
"Temos poucas esperanças [de encontrar alguém vivo], exceto por um milagre", afirmou o diretor da rede de hotéis Accor, Jean-Marc Espalioux. Milhares de turistas estão desaparecidos, incluindo 2.000 escandinavos, que estavam em férias na Tailândia, hospedados no hotel Sofitel Magic Lagoon, em Khao Lak, que pertence à rede Accor.
Milhões de pessoas estão desabrigadas e muitas passam fome. A ameaça da propagação de doenças entre os sobreviventes pode fazer ainda mais mortos do que as ondas gigantes, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, afirmou ontem que o número de mortos na Ásia pode ultrapassar o número de 60 mil em "milhares ou dezenas de milhares".
Annan, que esteve no programa "Larry King Live", da rede de TV americana CNN, disse também que o número de mortos tende a aumentar com o acesso a áreas mais remotas.
No domingo (26), o tremor que chegou a 9.0 graus na escala Richter atingiu vários países como Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Maldivas, Mianmar, Sri Lanka, Tailândia, na Ásia, e Somália e Tanzânia, na África, afetados pelas ondas gigantescas que chegaram a dez metros de altura.
As mortes foram causadas pelo terremoto e pelos tsunamis [tipo especial de onda oceânica, gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira].
Tragédia
Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, o terremoto foi o quinto maior já registrado desde 1900 e o maior desde o tremor de 9,2 graus na escala Richter que atingiu o Estado do Alasca em 1964. O foco do tremor foi localizado na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 km da capital da Indonésia, Jacarta.
O desastre asiático superou em vítimas um dos piores terremotos dos últimos cem anos, que ocorreu no Irã, em 2003, e matou mais de 31 mil pessoas.
As ondas causadas pelo terremoto se propagaram pelo oceano Índico e pelo mar de Andaman [entre Índia e Tailândia] e chegaram a dez metros de altura. Milhares de pessoas arrastadas pelas águas ou que estavam no mar são consideradas desaparecidas.
Vilarejos de pescadores, hotéis, casas e carros foram varridos pelas ondas, causadas pelo forte terremoto, segundo fontes oficiais ouvidas pela agência de notícias Associated Press.
Com agências internacionais
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Número de mortos na Ásia ultrapassa 60 mil; doenças são maior perigo
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Já passa de 60 mil o número de pessoas que morreram devido ao maremoto que atingiu o sul da Ásia no domingo (26). Equipes de voluntários da Indonésia e da Índia, dois dos países mais atingidos, foram montadas especialmente para enterrar os mortos e evitar que doenças como cólera, malária e febre tifóide se espalhem entre os sobreviventes.
"Temos poucas esperanças [de encontrar alguém vivo], exceto por um milagre", afirmou o diretor da rede de hotéis Accor, Jean-Marc Espalioux. Milhares de turistas estão desaparecidos, incluindo 2.000 escandinavos, que estavam em férias na Tailândia, hospedados no hotel Sofitel Magic Lagoon, em Khao Lak, que pertence à rede Accor.
Milhões de pessoas estão desabrigadas e muitas passam fome. A ameaça da propagação de doenças entre os sobreviventes pode fazer ainda mais mortos do que as ondas gigantes, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Kofi Annan, afirmou ontem que o número de mortos na Ásia pode ultrapassar o número de 60 mil em "milhares ou dezenas de milhares".
Annan, que esteve no programa "Larry King Live", da rede de TV americana CNN, disse também que o número de mortos tende a aumentar com o acesso a áreas mais remotas.
No domingo (26), o tremor que chegou a 9.0 graus na escala Richter atingiu vários países como Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Maldivas, Mianmar, Sri Lanka, Tailândia, na Ásia, e Somália e Tanzânia, na África, afetados pelas ondas gigantescas que chegaram a dez metros de altura.
As mortes foram causadas pelo terremoto e pelos tsunamis [tipo especial de onda oceânica, gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira].
Tragédia
Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, o terremoto foi o quinto maior já registrado desde 1900 e o maior desde o tremor de 9,2 graus na escala Richter que atingiu o Estado do Alasca em 1964. O foco do tremor foi localizado na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 km da capital da Indonésia, Jacarta.
O desastre asiático superou em vítimas um dos piores terremotos dos últimos cem anos, que ocorreu no Irã, em 2003, e matou mais de 31 mil pessoas.
As ondas causadas pelo terremoto se propagaram pelo oceano Índico e pelo mar de Andaman [entre Índia e Tailândia] e chegaram a dez metros de altura. Milhares de pessoas arrastadas pelas águas ou que estavam no mar são consideradas desaparecidas.
Vilarejos de pescadores, hotéis, casas e carros foram varridos pelas ondas, causadas pelo forte terremoto, segundo fontes oficiais ouvidas pela agência de notícias Associated Press.
Com agências internacionais
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