Publicidade
Publicidade
07/01/2005
-
13h00
da Folha Online
No último dia de campanha para a eleição deste domingo, que vai definir o sucessor de Iasser Arafat à frente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o clima de tensão fez com que o candidato favorito, o ex-primeiro-ministro Mahmoud Abbas [conhecido como Abu Mazen], desistisse de fazer seu comício de encerramento em Jerusalém Oriental, para evitar problemas com a segurança israelense.
Na mesma região, o candidato Mustafah Barghouti, ex-líder do partido Comunista, foi preso quando se dirigia para a mesquita de Al Aqsa, onde participaria das orações de sexta-feira [dia sagrado para os muçulmanos]. O candidato já foi libertado pelas autoridades israelenses.
A polícia de Jerusalém disse que Barghouti violou o acordo de não fazer campanhas eleitorais em um complexo de mesquitas na cidade, onde milhares de pessoas fazem suas orações às sextas-feiras, e por isso foi detido.
Constrangimento
Abu Mazen também planejara viajar a Jerusalém nesta sexta-feira para rezar na mesquita de Al Aqsa e depois visitar pontos da Cidade Velha de Jerusalém. Um dos responsáveis por sua candidatura disse que Abu Mazen quis evitar uma "cena constrangedora" ao povo palestino, que o veria acompanhado por um forte esquema de segurança preparado por Israel.
De acordo com informações não confirmadas, o forte esquema de segurança foi preparado para evitar que militantes de grupos extremistas tentassem matar Abu Mazen.
Líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Abu Mazen afirmou nesta quarta-feira (5) que seria "embaraçoso" fazer um discurso ao povo palestino, cercado por seguranças israelenses.
Segundo a fonte, o líder planejou fazer uma última aparição nesta sexta-feira em Beir Naballah, uma cidade palestina nas redondezas de Jerusalém.
Pela manhã, o dirigente palestino visitou o túmulo do líder Iasser Arafat, morto em novembro. Depois, afirmou que iria a Jerusalém, mas não deu informações adicionais.
O porta-voz da polícia israelense, Gil Kleiman, disse que não recebeu nenhum requerimento para a entrada de Abu Mazen na cidade.
Eleição
De amanhã até segunda-feira (10), Israel deve aliviar o cerco sobre os territórios palestinos e retirar suas tropas das zonas urbanas autônomas palestinas para contribuir com o desenvolvimento de eleições livres e justas. Tais medidas foram anunciadas no início desta semana.
As urnas ficarão abertas das 7h às 19h (das 3h às 15h, no horário de Brasília), mas dependendo do fluxo de eleitores o horário pode ser ampliado.
O eleitor terá apenas que marcar com uma cruz o nome do candidato preferido na cédula e depositá-la em uma urna transparente.
Depois, o polegar do votante será molhado em uma tinta indelével, que demorará 48 horas para ser apagada, medida adotada pela CEC para evitar que uma pessoa vote duas vezes.
As seções eleitorais terão a presença de 16 mil pessoas, incluindo funcionários da CEC, representantes de partidos políticos, colaboradores dos diversos candidatos e observadores internacionais.
Observadores
A comissão credenciou 6.344 observadores locais e quase 800 internacionais, a maioria da União Européia, mais de 10 mil delegados de partidos políticos e 2.190 representantes dos sete candidatos.
Em Jerusalém Oriental, região ocupada e anexada por Israel desde 1967, os palestinos poderão votar em cinco agências dos correios situadas nos limites municipais da cidade, assim como em 12 pontos distribuídos na fronteira entre a Cisjordânia e a cidade santa.
A apuração dos votos começará imediatamente depois do fechamento dos locais de votação. Os resultados preliminares serão divulgados na manhã da próxima segunda-feira.
O candidato que receber o maior número de votos [não é necessário obter a maioria] será proclamado presidente da ANP, sucessor de Arafat, que morreu no dia 11 de novembro, na França.
Com agências internacionais
Leia mais
Abbas diz que manterá premiê palestino à frente do governo
Isralenses libertam Barghouti após breve detenção
Especial
Leia mais sobre a eleição palestina
Leia o que já foi publicado sobre Iasser Arafat
Enquete: Após eleição, novo governo palestino receberá apoio?
Israel liberta candidato; Abbas cancela comício em Jerusalém
Publicidade
No último dia de campanha para a eleição deste domingo, que vai definir o sucessor de Iasser Arafat à frente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o clima de tensão fez com que o candidato favorito, o ex-primeiro-ministro Mahmoud Abbas [conhecido como Abu Mazen], desistisse de fazer seu comício de encerramento em Jerusalém Oriental, para evitar problemas com a segurança israelense.
Na mesma região, o candidato Mustafah Barghouti, ex-líder do partido Comunista, foi preso quando se dirigia para a mesquita de Al Aqsa, onde participaria das orações de sexta-feira [dia sagrado para os muçulmanos]. O candidato já foi libertado pelas autoridades israelenses.
A polícia de Jerusalém disse que Barghouti violou o acordo de não fazer campanhas eleitorais em um complexo de mesquitas na cidade, onde milhares de pessoas fazem suas orações às sextas-feiras, e por isso foi detido.
Constrangimento
Abu Mazen também planejara viajar a Jerusalém nesta sexta-feira para rezar na mesquita de Al Aqsa e depois visitar pontos da Cidade Velha de Jerusalém. Um dos responsáveis por sua candidatura disse que Abu Mazen quis evitar uma "cena constrangedora" ao povo palestino, que o veria acompanhado por um forte esquema de segurança preparado por Israel.
De acordo com informações não confirmadas, o forte esquema de segurança foi preparado para evitar que militantes de grupos extremistas tentassem matar Abu Mazen.
Líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Abu Mazen afirmou nesta quarta-feira (5) que seria "embaraçoso" fazer um discurso ao povo palestino, cercado por seguranças israelenses.
Segundo a fonte, o líder planejou fazer uma última aparição nesta sexta-feira em Beir Naballah, uma cidade palestina nas redondezas de Jerusalém.
Pela manhã, o dirigente palestino visitou o túmulo do líder Iasser Arafat, morto em novembro. Depois, afirmou que iria a Jerusalém, mas não deu informações adicionais.
O porta-voz da polícia israelense, Gil Kleiman, disse que não recebeu nenhum requerimento para a entrada de Abu Mazen na cidade.
Eleição
De amanhã até segunda-feira (10), Israel deve aliviar o cerco sobre os territórios palestinos e retirar suas tropas das zonas urbanas autônomas palestinas para contribuir com o desenvolvimento de eleições livres e justas. Tais medidas foram anunciadas no início desta semana.
As urnas ficarão abertas das 7h às 19h (das 3h às 15h, no horário de Brasília), mas dependendo do fluxo de eleitores o horário pode ser ampliado.
O eleitor terá apenas que marcar com uma cruz o nome do candidato preferido na cédula e depositá-la em uma urna transparente.
Depois, o polegar do votante será molhado em uma tinta indelével, que demorará 48 horas para ser apagada, medida adotada pela CEC para evitar que uma pessoa vote duas vezes.
As seções eleitorais terão a presença de 16 mil pessoas, incluindo funcionários da CEC, representantes de partidos políticos, colaboradores dos diversos candidatos e observadores internacionais.
Observadores
A comissão credenciou 6.344 observadores locais e quase 800 internacionais, a maioria da União Européia, mais de 10 mil delegados de partidos políticos e 2.190 representantes dos sete candidatos.
Em Jerusalém Oriental, região ocupada e anexada por Israel desde 1967, os palestinos poderão votar em cinco agências dos correios situadas nos limites municipais da cidade, assim como em 12 pontos distribuídos na fronteira entre a Cisjordânia e a cidade santa.
A apuração dos votos começará imediatamente depois do fechamento dos locais de votação. Os resultados preliminares serão divulgados na manhã da próxima segunda-feira.
O candidato que receber o maior número de votos [não é necessário obter a maioria] será proclamado presidente da ANP, sucessor de Arafat, que morreu no dia 11 de novembro, na França.
Com agências internacionais
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice