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09/01/2005
-
09h44
da Folha Online
Os palestinos começaram às 7h deste domingo [3h em Brasília] a votar para escolher o sucessor de Iasser Arafat na segunda eleição da história da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
No sul do Líbano, o Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano] afirmou ter detonado uma bomba em uma estrada destruindo um veículo militar e matando ou ferindo seus ocupantes.
Israel ainda não se pronunciou sobre a ação.
De acordo com testemunhas citadas pela agência de notícias Reuters, militantes palestinos dispararam dois mísseis contra Israel da faixa de Gaza, mas não há informações sobre feridos.
Segurança
Israel havia se comprometido a aliviar o cerco sobre os territórios e retirar suas tropas das zonas urbanas autônomas palestinas durante as eleições. No entanto, ontem o Exército israelense matou um palestino em Gaza e ameaçou reforçar a segurança depois que um soldado israelense foi morto em um ataque reivindicado pelas Brigadas dos Mártires de al Aqsa.
O ex-presidente Jimmy Carter, um dos 800 observadores internacionais no pleito, disse que parecia que Israel estava mantendo a promessa de afrouxar o cerco aos palestinos.
"Não há sinal de intimidação [de Israel] que eu tenha visto", disse Carter.
Comparecimento
O grande favorito às eleições, o dirigente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas, votou na Mukata [o complexo da ANP na cidade de Ramallah], na Cisjordânia, diante de um retrato do líder palestino morto Iasser Arafat.
"Nós ouvimos que há um grande comparecimento, especialmente de mulheres e isto é muito bom", disse Abbas.
Segundo Abbas, "as eleições vão muito bem e isto prova que o povo palestino está indo em direção à democracia. Há obstáculos, mas a determinação do povo palestino é mais forte".
No total, 1,8 milhão de palestinos maiores de 18 anos têm direito a voto --ele não é obrigatório-- em Gaza e na Cisjordânia e 70% deles estão cadastrados para votar, de acordo com a Comissão Eleitoral Central (CEC), apesar dos pedidos de boicote feitos por grupos extremistas.
Os palestinos que não se inscreveram, no entanto, podem votar apresentando o documento de identidade.
Não terão direito a voto todos os refugiados palestinos que vivem na Jordânia, Líbano ou Síria e boa parte dos moradores de acampamentos espalhados por Gaza e Cisjordânia, onde a população palestina supera 4 milhões de pessoas.
Urnas
Segundo dados oficiais, 1.074 centros de votação equipados com 2.800 urnas serão distribuídos em 16 distritos eleitorais: 11 na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e cinco na faixa de Gaza.
As urnas ficarão abertas até às 19h (15h em Brasília), mas dependendo do fluxo de eleitores o horário pode ser ampliado, segundo autoridades.
O eleitor terá apenas que marcar com uma cruz o nome do candidato preferido na cédula e depositá-la em uma urna transparente.
Depois, o polegar do votante será molhado em uma tinta indelével, que demorará 48 horas para ser apagada, medida adotada pela CEC para evitar que a mesma pessoa vote duas vezes.
A apuração dos votos deve começar imediatamente depois do fechamento dos locais de votação e os resultados preliminares devem ser divulgados na manhã de segunda-feira.
O candidato que receber o maior número de votos [não é necessário obter a maioria] será proclamado presidente da ANP, sucessor de Arafat, que morreu no dia 11 de novembro, na França.
Com agências internacionais
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Os palestinos começaram às 7h deste domingo [3h em Brasília] a votar para escolher o sucessor de Iasser Arafat na segunda eleição da história da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
No sul do Líbano, o Hizbollah [grupo extremista islâmico libanês que recebe apoio sírio e iraniano] afirmou ter detonado uma bomba em uma estrada destruindo um veículo militar e matando ou ferindo seus ocupantes.
Israel ainda não se pronunciou sobre a ação.
De acordo com testemunhas citadas pela agência de notícias Reuters, militantes palestinos dispararam dois mísseis contra Israel da faixa de Gaza, mas não há informações sobre feridos.
Segurança
Israel havia se comprometido a aliviar o cerco sobre os territórios e retirar suas tropas das zonas urbanas autônomas palestinas durante as eleições. No entanto, ontem o Exército israelense matou um palestino em Gaza e ameaçou reforçar a segurança depois que um soldado israelense foi morto em um ataque reivindicado pelas Brigadas dos Mártires de al Aqsa.
O ex-presidente Jimmy Carter, um dos 800 observadores internacionais no pleito, disse que parecia que Israel estava mantendo a promessa de afrouxar o cerco aos palestinos.
"Não há sinal de intimidação [de Israel] que eu tenha visto", disse Carter.
Comparecimento
O grande favorito às eleições, o dirigente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas, votou na Mukata [o complexo da ANP na cidade de Ramallah], na Cisjordânia, diante de um retrato do líder palestino morto Iasser Arafat.
"Nós ouvimos que há um grande comparecimento, especialmente de mulheres e isto é muito bom", disse Abbas.
Segundo Abbas, "as eleições vão muito bem e isto prova que o povo palestino está indo em direção à democracia. Há obstáculos, mas a determinação do povo palestino é mais forte".
No total, 1,8 milhão de palestinos maiores de 18 anos têm direito a voto --ele não é obrigatório-- em Gaza e na Cisjordânia e 70% deles estão cadastrados para votar, de acordo com a Comissão Eleitoral Central (CEC), apesar dos pedidos de boicote feitos por grupos extremistas.
Os palestinos que não se inscreveram, no entanto, podem votar apresentando o documento de identidade.
Não terão direito a voto todos os refugiados palestinos que vivem na Jordânia, Líbano ou Síria e boa parte dos moradores de acampamentos espalhados por Gaza e Cisjordânia, onde a população palestina supera 4 milhões de pessoas.
Urnas
Segundo dados oficiais, 1.074 centros de votação equipados com 2.800 urnas serão distribuídos em 16 distritos eleitorais: 11 na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e cinco na faixa de Gaza.
As urnas ficarão abertas até às 19h (15h em Brasília), mas dependendo do fluxo de eleitores o horário pode ser ampliado, segundo autoridades.
O eleitor terá apenas que marcar com uma cruz o nome do candidato preferido na cédula e depositá-la em uma urna transparente.
Depois, o polegar do votante será molhado em uma tinta indelével, que demorará 48 horas para ser apagada, medida adotada pela CEC para evitar que a mesma pessoa vote duas vezes.
A apuração dos votos deve começar imediatamente depois do fechamento dos locais de votação e os resultados preliminares devem ser divulgados na manhã de segunda-feira.
O candidato que receber o maior número de votos [não é necessário obter a maioria] será proclamado presidente da ANP, sucessor de Arafat, que morreu no dia 11 de novembro, na França.
Com agências internacionais
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