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09/01/2005
-
19h38
da Reuters, em Jerusalém e Ramallah
da Folha Online
O nível de comparecimento na eleição palestina para presidente deste domingo atingiu 66% dos votantes registrados, afirmou uma fonte da Comissão Central Eleitoral. Uma estimativa independente calculou a participação dos votantes em 65%. Mahmoud Abbas declarou que venceu as eleições.
No total, 1,8 milhão de palestinos maiores de 18 anos têm direito a voto --ele não é obrigatório-- em Gaza e na Cisjordânia e 70% deles estavam cadastrados para votar, de acordo com a comissão.
O nível de comparecimento foi anunciado pouco depois de sondagens de boca-de-urna que apontaram Abbas como vencedor das eleições para suceder o líder Iasser Arafat, que morreu em novembro do ano passado.
Abbas assume vitória
Em Ramallah, Abbas dedicou sua vitória a Arafat, o líder histórico que deve substituir.
"Nós oferecemos esta vitória para a alma do mártir irmão Iasser Arafat e para todos os palestinos. Nós também dedicamos [a vitória] para todos os mártires e prisioneiros atrás das celas [israelenses]", afirmou Abbas, 69, que pretende iniciar conversações de paz com Israel.
"Eu digo para nossos irmãos nas prisões que as Brigadas mandam seus cumprimentos", acrescentou, numa referência à facção armada que ele convidou numa esperança de conseguir um cessar-fogo com Israel que rejeita esses militantes.
"A menor jihad [guerra santa] acaba e a maior começa agora", disse ele, em uma alusão a sua meta de terminar uma revolta armada de quatro anos contra Israel em benefício do diálogo sobre os territórios ocupados por Israel.
"Há uma série de dificuldades: como nós vamos construir um estado de confiança e segurança; como nós vamos resolver a situação dos prisioneiros; como nós vamos resolver o caso dos fugitivos", afirmou, numa referência à lista de "procurados" de Israel.
Alerta total
As forças de segurança de Israel, a polícia e o Exército, estiveram em estado de alerta total neste domingo, em "alerta C", um grau antes do máximo, devido ao temor de que grupos terroristas abusem do relaxamento do cerco às cidades palestinas, aproveitando para atacar alvos israelenses.
Em Jerusalém, cerca de mil policiais trabalharam enquanto que nas cidades palestinas, as forças israelenses se retiraram para permitir a votação. A passagem de palestinos está sendo facilitada nas inúmeras barreiras militares da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
O relaxamento das restrições, prometida por Israel para facilitar o processo eleitoral palestino, não impediu que o fechamento dos colégios eleitorais palestinos fosse prorrogado por duas horas, para 21h (17h em Brasília).
"Israel não facilitou. Os controles nas estradas continuam impedindo a livre circulação dos cidadãos. Em conseqüência, a comissão decidiu prolongar as votações por mais duas horas em toda a Cisjordânia, em Gaza e no leste de Jerusalém", disse Baha al Bakri, porta-voz da Comissão Eleitoral Palestina.
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Eleição palestina tem 66% de comparecimento; Abbas proclama vitória
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da Folha Online
O nível de comparecimento na eleição palestina para presidente deste domingo atingiu 66% dos votantes registrados, afirmou uma fonte da Comissão Central Eleitoral. Uma estimativa independente calculou a participação dos votantes em 65%. Mahmoud Abbas declarou que venceu as eleições.
No total, 1,8 milhão de palestinos maiores de 18 anos têm direito a voto --ele não é obrigatório-- em Gaza e na Cisjordânia e 70% deles estavam cadastrados para votar, de acordo com a comissão.
O nível de comparecimento foi anunciado pouco depois de sondagens de boca-de-urna que apontaram Abbas como vencedor das eleições para suceder o líder Iasser Arafat, que morreu em novembro do ano passado.
Abbas assume vitória
Em Ramallah, Abbas dedicou sua vitória a Arafat, o líder histórico que deve substituir.
"Nós oferecemos esta vitória para a alma do mártir irmão Iasser Arafat e para todos os palestinos. Nós também dedicamos [a vitória] para todos os mártires e prisioneiros atrás das celas [israelenses]", afirmou Abbas, 69, que pretende iniciar conversações de paz com Israel.
"Eu digo para nossos irmãos nas prisões que as Brigadas mandam seus cumprimentos", acrescentou, numa referência à facção armada que ele convidou numa esperança de conseguir um cessar-fogo com Israel que rejeita esses militantes.
"A menor jihad [guerra santa] acaba e a maior começa agora", disse ele, em uma alusão a sua meta de terminar uma revolta armada de quatro anos contra Israel em benefício do diálogo sobre os territórios ocupados por Israel.
"Há uma série de dificuldades: como nós vamos construir um estado de confiança e segurança; como nós vamos resolver a situação dos prisioneiros; como nós vamos resolver o caso dos fugitivos", afirmou, numa referência à lista de "procurados" de Israel.
Alerta total
As forças de segurança de Israel, a polícia e o Exército, estiveram em estado de alerta total neste domingo, em "alerta C", um grau antes do máximo, devido ao temor de que grupos terroristas abusem do relaxamento do cerco às cidades palestinas, aproveitando para atacar alvos israelenses.
Em Jerusalém, cerca de mil policiais trabalharam enquanto que nas cidades palestinas, as forças israelenses se retiraram para permitir a votação. A passagem de palestinos está sendo facilitada nas inúmeras barreiras militares da Cisjordânia e da faixa de Gaza.
O relaxamento das restrições, prometida por Israel para facilitar o processo eleitoral palestino, não impediu que o fechamento dos colégios eleitorais palestinos fosse prorrogado por duas horas, para 21h (17h em Brasília).
"Israel não facilitou. Os controles nas estradas continuam impedindo a livre circulação dos cidadãos. Em conseqüência, a comissão decidiu prolongar as votações por mais duas horas em toda a Cisjordânia, em Gaza e no leste de Jerusalém", disse Baha al Bakri, porta-voz da Comissão Eleitoral Palestina.
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