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10/01/2005
-
19h53
da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se declarou nesta segunda-feira disposto a receber em Washington o novo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, 69.
"Quero congratular Abu Mazen [apelido de Abbas] por sua vitória. Estarei feliz em recebê-lo aqui em Washington se ele quiser vir", declarou Bush.
Abbas sucede Iasser Arafat, com quem Bush havia cortado relações, e já havia visitado a Casa Branca em 2003, quando era o primeiro-ministro de Arafat.
Bush afirmou que o novo presidente da ANP havia sido eleito com uma maioria significativa e que estava disposto a contribuir para "ajudar os palestinos a instalar as instituições necessárias para que a visão de Abu Mazen de um Estado pacífico e dinâmico se torne realidade".
"É essencial que Israel tenha em mente a visão de dois Estados vivendo lado a lado em paz, que os palestinos comecem a desenvolver as instituições de um Estado e que o governo israelense apóie este processo", afirmou também Bush.
Eleição
Abbas foi declarado nesta segunda-feira o vencedor oficial da eleição palestina com 62,32 % dos votos, contra 19,8% de seu principal rival eleitoral, o candidato independente Mustafah Barghouti, segundo a Comissão Eleitoral Central.
Em discurso, ontem, Abbas ofereceu sua vitória a Arafat e disse que lutará para pôr fim ao sofrimento dos palestinos.
Cerca de 1,2 milhão de palestinos compareceram ontem às urnas de 16 distritos para escolher o novo presidente da ANP. A eleição, que representa um fato histórico para os palestinos, transcorreu de forma tranqüila e não houve registros de violência.
Negociação
Nesta segunda-feira, numa atitude surpreendente, o grupo extremista Hamas, que assim como o Jihad Islâmico não apoiou a eleição, declarou que vai negociar com o novo presidente da ANP.
Ontem durante um evento em Ramallah [Cisjordânia], Abbas disse que vai enfrentar "uma missão difícil", e afirmou que não vai "seguir os militantes" [de grupos extremistas] e quer dar "aos fugitivos [procurados por Israel] uma vida digna".
Abbas ganhou notoriedade internacional como um dos primeiros opositores da Segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em setembro de 2000], e como um dos articuladores do Acordo de Oslo, de 1993, sobre a autonomia palestina. Angariou popularidade também com a defesa de conversações de paz com Israel.
Cerca de 800 observadores internacionais, entre eles o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter e o ex-primeiro-ministro francês Michel Rochard, acompanharam a eleição e não reportaram maiores incidentes nos 1.074 centros de votação, equipados com 2.800 urnas distribuídas por Gaza, Cisjordânia e a faixa oeste de Jerusalém.
O nível de comparecimento dos eleitores na votação, não-obrigatória, era considerado como um elemento-chave para garantir a legitimidade das eleições presidenciais, que não eram realizadas desde 1996.
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Bush diz que quer receber Abbas em Washington
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se declarou nesta segunda-feira disposto a receber em Washington o novo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, 69.
"Quero congratular Abu Mazen [apelido de Abbas] por sua vitória. Estarei feliz em recebê-lo aqui em Washington se ele quiser vir", declarou Bush.
Abbas sucede Iasser Arafat, com quem Bush havia cortado relações, e já havia visitado a Casa Branca em 2003, quando era o primeiro-ministro de Arafat.
Bush afirmou que o novo presidente da ANP havia sido eleito com uma maioria significativa e que estava disposto a contribuir para "ajudar os palestinos a instalar as instituições necessárias para que a visão de Abu Mazen de um Estado pacífico e dinâmico se torne realidade".
"É essencial que Israel tenha em mente a visão de dois Estados vivendo lado a lado em paz, que os palestinos comecem a desenvolver as instituições de um Estado e que o governo israelense apóie este processo", afirmou também Bush.
Eleição
Abbas foi declarado nesta segunda-feira o vencedor oficial da eleição palestina com 62,32 % dos votos, contra 19,8% de seu principal rival eleitoral, o candidato independente Mustafah Barghouti, segundo a Comissão Eleitoral Central.
Em discurso, ontem, Abbas ofereceu sua vitória a Arafat e disse que lutará para pôr fim ao sofrimento dos palestinos.
Cerca de 1,2 milhão de palestinos compareceram ontem às urnas de 16 distritos para escolher o novo presidente da ANP. A eleição, que representa um fato histórico para os palestinos, transcorreu de forma tranqüila e não houve registros de violência.
Negociação
Nesta segunda-feira, numa atitude surpreendente, o grupo extremista Hamas, que assim como o Jihad Islâmico não apoiou a eleição, declarou que vai negociar com o novo presidente da ANP.
Ontem durante um evento em Ramallah [Cisjordânia], Abbas disse que vai enfrentar "uma missão difícil", e afirmou que não vai "seguir os militantes" [de grupos extremistas] e quer dar "aos fugitivos [procurados por Israel] uma vida digna".
Abbas ganhou notoriedade internacional como um dos primeiros opositores da Segunda Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em setembro de 2000], e como um dos articuladores do Acordo de Oslo, de 1993, sobre a autonomia palestina. Angariou popularidade também com a defesa de conversações de paz com Israel.
Cerca de 800 observadores internacionais, entre eles o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter e o ex-primeiro-ministro francês Michel Rochard, acompanharam a eleição e não reportaram maiores incidentes nos 1.074 centros de votação, equipados com 2.800 urnas distribuídas por Gaza, Cisjordânia e a faixa oeste de Jerusalém.
O nível de comparecimento dos eleitores na votação, não-obrigatória, era considerado como um elemento-chave para garantir a legitimidade das eleições presidenciais, que não eram realizadas desde 1996.
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