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20/01/2005 - 18h58

Bush chega à Casa Branca depois de discurso contra "tiranos"

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da Folha Online

Sob forte esquema de segurança, o presidente reeleito George W. Bush, 58, chegou à Casa Branca às 18h40 [o fuso horário é de três horas a menos em Washington] após desfilar por quarteirões superprotegidos em uma limusine blindada e com vidros escuros.

Os simpatizantes de Bush, que enfrentaram o frio depois da neve que caiu na capital americana ontem, aplaudiam e acenavam para o presidente, embora não pudessem vê-lo.

Manifestantes também gritavam palavras de ordem e exibiam cartazes pedindo o fim da Guerra do Iraque.

Segurança

A segurança foi reforçada durante o trajeto do carro presidencial. Barreiras de concreto para prevenir atentados, cães adestrados para a detecção de explosivos, franco-atiradores e registro de todos os que estiverem nas ruas foram alguns dos dispositivos de segurança.

Shannon Stapleton/Reuters
Manifestantes seguram cartazes contra George W. Bush
Atiradores de elite foram postados ao longo do percurso do cortejo oficial, as janelas dos prédios diante da Casa Branca foram fechadas e os acessos foram controlados.

Cerca de 6.000 membros das forças de segurança foram mobilizados na capital americana.

"Império da tirania"

Em seu discurso de posse, Bush afirmou que dará prosseguimento à política que marcou seus quatro primeiros anos de governo [conhecida como Doutrina Bush, que prevê ações militares preventivas com a justificativa de proteção] e que os Estados Unidos vão levar "esperança a todos aqueles que vivem em tirania, sem esperança e oprimidos".

"A política dos EUA é conseguir e apoiar governos democráticos e eliminar a tirania do nosso mundo. Lançaremos mão de armas quando for necessário", declarou ele.

Bush usou a palavra "tirania" que foi utilizada na terça-feira (18) pela secretária de Estado designada, Condoleezza Rice, para falar de seis países: Cuba, Belarus, Mianmar, o Irã, a Coréia do Norte e o Zimbábue. Em 2002, Bush afirmou que o Irã, a Coréia do Norte e o Iraque eram o "eixo do mal".

"Os EUA não vão fingir que os prisioneiros querem ficar na prisão, que as mulheres querem ficar sem direitos... mas vamos exigir que esses povos tratem seus povos de forma decente".

Sem citar um nome ou mais de países que comporiam o "império da tirania", Bush afirmou ainda que o dever mais solene dele é defender os Estados Unidos de ataques futuramente.

Festa milionária

Antes de seu discurso, Bush, que é o 43º presidente americano, prestou juramento, com a mão direita apoiada na Bíblia, que era segurada pelo presidente da Suprema Corte, William Rehnquist.

O dia de posse começou com uma cerimônia religiosa em uma capela a poucos metros da Casa Branca que reuniu cerca de 300 pessoas, entre elas os pais de Bush, o ex-presidente George Bush (1989-1993) e Barbara, membros da família, o vice-presidente Dick Cheney e a mulher dele, Lynne, a secretária de Estado designada, Condoleezza Rice, o secretário de Defesa Donald Rumsfeld, o secretário de Tesouro John Snow, segundo o jornal "Washington Post".

O valor estimado do custo da festa de posse chegou a US$ 40 milhões. As despesas serão pagas com doações individuais e de empresas. Só com a segurança, calcula-se que a cidade de Washington gastaria US$ 17 milhões.

Anti-Bush

Bush também enfrentou manifestantes pacifistas, ecologistas e feministas em seu caminho ao Capitólio. Muitos deles gritavam "Assassinos!" e, ao longo do percurso, podia-se ler em cartazes inscrições como "mentirosos" e "chega de guerra".

"Tenho vergonha de que tenhamos votado em Bush mais uma vez. Na primeira eleição, a vergonha foi para Bush, mas na segunda, os culpados somos nós", afirmou o artista Karl J. Volk, 72.

Alguns slogans até pediam "desculpas" ao mundo inteiro pela reeleição de Bush. "Desculpa mundo, fiz o que pude", podia-se ler em um cartaz.

Outros atacavam diretamente o presidente e sua família: 'Enviem as gêmeas ao Iraque", aparecia em outro cartaz, que se referia às filhas gêmeas de Bush, Jenna e Barbara.

A Constituição americana impede George W. Bush de voltar a concorrer um terceiro mandato em 2008.

Com agências internacionais

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