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05/02/2005
-
11h05
da Folha Online
O Ministério do Interior do Afeganistão já trabalha com a possibilidade de que todos os 104 passageiros do Boeing 737 da empresa aérea afegã Kam Air, que caiu na quinta-feira (3) no país, estejam mortos, segundo a agência de notícias Associated Press.
"Até o momento, não acreditamos que haja algum sobrevivente", disse o porta-voz do ministério Lutfullah Mashal. "O avião foi completamente destruído."
Um funcionário do ministério disse à agência de notícias Reuters que serão iniciadas buscas para encontrar os corpos.
A porta-voz das forças da Otan, major Karen Patot, disse que já foram enviadas equipes de resgate eslovenas para o local do acidente para tentar achar os corpos em meio aos destroços.
As buscas foram retomadas neste sábado no país, depois de terem sido suspensas ontem à noite. Um helicóptero da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] encontrou hoje destroços do avião perto do vilarejo de Band-e Ghazi [35 km de Cabul].
Ontem, tanto a Otan como a Isaf (sigla em inglês para Força Internacional de Assistência de Segurança) desmentiram ter encontrado restos do avião, horas depois de terem sido divulgados comunicados de autoridades afegãs e turcas afirmando que os escombros já haviam sido encontrados.
O avião da Kam Air --única empresa aérea privada do Afeganistão, que começou a operar em novembro de 2003-- desapareceu na quinta-feira, quando ia da cidade de Herat [oeste do Afeganistão] para Cabul [capital do país] após perder contato com a torre de comunicação no momento em que se aproximava do aeroporto.
A empresa chegou a anunciar anteriormente que a aeronave havia se desviado para o Paquistão, mas as autoridades paquistanesas disseram que o avião nunca entrou no espaço aéreo do país.
Estrangeiros
Segundo a Kam Air, havia 96 passageiros e uma tripulação de oito pessoas [das quais seis são russas] no avião. Ainda não havia uma confirmação precisa do número de estrangeiros a bordo.
Autoridades do governo da Turquia disseram que havia nove cidadãos turcos no vôo --seis deles funcionários da empreiteira Gulsan-Cukurova, que realiza obras rodoviárias.
O Ministério da Defesa da Itália disse que o capitão do Exército italiano Bruno Vianini também estava no vôo, e o representante em Cabul do grupo americano Management Sciences for Health, William Schiffbauer, disse que três mulheres que trabalham para o grupo estavam no vôo.
Outros acidentes
No mais recente acidente aéreo no Afeganistão, três militares dos Estados Unidos e três tripulantes civis morreram quando o avião em que viajavam se chocou contra uma montanha, em novembro.
Em setembro último, antes de aterrissar em Cabul, um avião Antonov-24 --operado pela Kam Air-- teve de fazer uma manobra brusca supostamente por problemas no motor e causou ferimentos em 27 pessoas.
No início de 1998, 51 pessoas morreram quando um outro avião Antonov chocou-se contra montanhas da cidade de Quetta, sudoeste do Paquistão, após evitar aterrissagem no Afeganistão devido ao mau tempo.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Afeganistão
Leia o que já foi publicado sobre acidentes de avião
Leia o que já foi publicado sobre o avião Boeing 737
Governo afegão não espera encontrar sobreviventes do Boeing desaparecido
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O Ministério do Interior do Afeganistão já trabalha com a possibilidade de que todos os 104 passageiros do Boeing 737 da empresa aérea afegã Kam Air, que caiu na quinta-feira (3) no país, estejam mortos, segundo a agência de notícias Associated Press.
"Até o momento, não acreditamos que haja algum sobrevivente", disse o porta-voz do ministério Lutfullah Mashal. "O avião foi completamente destruído."
Um funcionário do ministério disse à agência de notícias Reuters que serão iniciadas buscas para encontrar os corpos.
A porta-voz das forças da Otan, major Karen Patot, disse que já foram enviadas equipes de resgate eslovenas para o local do acidente para tentar achar os corpos em meio aos destroços.
As buscas foram retomadas neste sábado no país, depois de terem sido suspensas ontem à noite. Um helicóptero da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] encontrou hoje destroços do avião perto do vilarejo de Band-e Ghazi [35 km de Cabul].
Ontem, tanto a Otan como a Isaf (sigla em inglês para Força Internacional de Assistência de Segurança) desmentiram ter encontrado restos do avião, horas depois de terem sido divulgados comunicados de autoridades afegãs e turcas afirmando que os escombros já haviam sido encontrados.
O avião da Kam Air --única empresa aérea privada do Afeganistão, que começou a operar em novembro de 2003-- desapareceu na quinta-feira, quando ia da cidade de Herat [oeste do Afeganistão] para Cabul [capital do país] após perder contato com a torre de comunicação no momento em que se aproximava do aeroporto.
A empresa chegou a anunciar anteriormente que a aeronave havia se desviado para o Paquistão, mas as autoridades paquistanesas disseram que o avião nunca entrou no espaço aéreo do país.
Estrangeiros
Segundo a Kam Air, havia 96 passageiros e uma tripulação de oito pessoas [das quais seis são russas] no avião. Ainda não havia uma confirmação precisa do número de estrangeiros a bordo.
Autoridades do governo da Turquia disseram que havia nove cidadãos turcos no vôo --seis deles funcionários da empreiteira Gulsan-Cukurova, que realiza obras rodoviárias.
O Ministério da Defesa da Itália disse que o capitão do Exército italiano Bruno Vianini também estava no vôo, e o representante em Cabul do grupo americano Management Sciences for Health, William Schiffbauer, disse que três mulheres que trabalham para o grupo estavam no vôo.
Outros acidentes
No mais recente acidente aéreo no Afeganistão, três militares dos Estados Unidos e três tripulantes civis morreram quando o avião em que viajavam se chocou contra uma montanha, em novembro.
Em setembro último, antes de aterrissar em Cabul, um avião Antonov-24 --operado pela Kam Air-- teve de fazer uma manobra brusca supostamente por problemas no motor e causou ferimentos em 27 pessoas.
No início de 1998, 51 pessoas morreram quando um outro avião Antonov chocou-se contra montanhas da cidade de Quetta, sudoeste do Paquistão, após evitar aterrissagem no Afeganistão devido ao mau tempo.
Com agências internacionais
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