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08/02/2005
-
11h07
da Folha Online
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o premiê de Israel, Ariel Sharon, anunciaram nesta terça-feira um cessar-fogo durante a cúpula de Sharm el Sheikh, no Egito.
"Concordamos com o primeiro-ministro [de Israel], Ariel Sharon, em cessar todos os atos de violência contra israelenses e palestinos onde quer que estejam", disse Abbas em seu pronunciamento.
O premiê israelense, por sua vez, declarou o fim das ações militares contra palestinos. Sharon afirmou também que espera que Abbas "conduza seu povo à condição de Estado. "Pela primeira vez em muito tempo há esperança em nossa região para um futuro melhor para nós e nossos netos", disse."
Abbas disse também que ainda há pontos de divergência, como a questão de prisioneiros palestinos, mas afirmou que seu governo "não poupará esforços" para aproveitar a oportunidade de consolidar a paz na região.
Primeiro encontro
O encontro de hoje foi o primeiro entre os dois líderes desde que Abbas foi eleito presidente da ANP, no mês passado. O cessar-fogo foi estabelecido verbalmente, sem que fosse assinado um documento formal.
Sharon disse que o acordo foi estabelecido apenas entre Israel e a ANP, não com os grupos extremistas palestinos.
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, reafirmou nesta terça-feira seu novo compromisso com a busca da paz na região, depois da morte do antecessor de Abbas à frente da ANP, Iasser Arafat [que morreu em novembro do ano passado], que era visto tanto pelo governo americano como por Israel como um "obstáculo à paz".
"O otimismo certamente é justificado neste momento, com respeito ao Oriente Médio", disse Rice à TV estatal italiana. "Eu percebi que esses líderes [Sharon e Abbas] entenderam que é hora de seguir adiante."
Extremistas
Os grupos extremistas palestinos, no entanto, concordaram apenas com um cessar-fogo parcial. Nenhuma facção concordou ainda em negociar pontos como fronteiras.
A atual onda de violência entre Israel e palestinos começou em setembro de 2000, com o início da Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense] --após Sharon fazer uma visita à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, que foi vista como uma "provocação" por palestinos.
"Não há sentido em se falar de trégua agora", disse Hassan Youssef, representante do grupo extremista palestino Hamas, à rede de TV árabe Al Jazira. "Não vimos nenhuma ação do lado israelense para mostram sua seriedade."
Segundo ele, as promessas de Israel de libertar 900 dos 8.000 prisioneiros palestinos, retirar suas tropas e parar com as mortes de líderes dos grupos extremistas não são suficientes.
Abbas já deixou claro em outras ocasiões que prefere buscar a cooperação dos extremistas a usar a força, mas representantes do governo israelenses têm deixado claro que querem que os grupos sejam extintos.
Antes da cúpula deste domingo, Abbas e Sharon haviam se reunido em 2003, no encontro que deu origem ao plano de paz internacional do Quarteto [EUA, Rússia, ONU e União Européia] --documento que propõe a criação de um Estado palestino em 2005--, mas na ocasião Abbas era o primeiro-ministro de Arafat.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a ANP
Leia o que já foi publicado sobre Israel
Leia o que já foi publicado sobre Sharm el Sheikh
Sharon e Abbas fazem declaração de cessar-fogo
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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e o premiê de Israel, Ariel Sharon, anunciaram nesta terça-feira um cessar-fogo durante a cúpula de Sharm el Sheikh, no Egito.
"Concordamos com o primeiro-ministro [de Israel], Ariel Sharon, em cessar todos os atos de violência contra israelenses e palestinos onde quer que estejam", disse Abbas em seu pronunciamento.
O premiê israelense, por sua vez, declarou o fim das ações militares contra palestinos. Sharon afirmou também que espera que Abbas "conduza seu povo à condição de Estado. "Pela primeira vez em muito tempo há esperança em nossa região para um futuro melhor para nós e nossos netos", disse."
Abbas disse também que ainda há pontos de divergência, como a questão de prisioneiros palestinos, mas afirmou que seu governo "não poupará esforços" para aproveitar a oportunidade de consolidar a paz na região.
Primeiro encontro
O encontro de hoje foi o primeiro entre os dois líderes desde que Abbas foi eleito presidente da ANP, no mês passado. O cessar-fogo foi estabelecido verbalmente, sem que fosse assinado um documento formal.
Sharon disse que o acordo foi estabelecido apenas entre Israel e a ANP, não com os grupos extremistas palestinos.
A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, reafirmou nesta terça-feira seu novo compromisso com a busca da paz na região, depois da morte do antecessor de Abbas à frente da ANP, Iasser Arafat [que morreu em novembro do ano passado], que era visto tanto pelo governo americano como por Israel como um "obstáculo à paz".
"O otimismo certamente é justificado neste momento, com respeito ao Oriente Médio", disse Rice à TV estatal italiana. "Eu percebi que esses líderes [Sharon e Abbas] entenderam que é hora de seguir adiante."
Extremistas
Os grupos extremistas palestinos, no entanto, concordaram apenas com um cessar-fogo parcial. Nenhuma facção concordou ainda em negociar pontos como fronteiras.
A atual onda de violência entre Israel e palestinos começou em setembro de 2000, com o início da Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense] --após Sharon fazer uma visita à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, que foi vista como uma "provocação" por palestinos.
"Não há sentido em se falar de trégua agora", disse Hassan Youssef, representante do grupo extremista palestino Hamas, à rede de TV árabe Al Jazira. "Não vimos nenhuma ação do lado israelense para mostram sua seriedade."
Segundo ele, as promessas de Israel de libertar 900 dos 8.000 prisioneiros palestinos, retirar suas tropas e parar com as mortes de líderes dos grupos extremistas não são suficientes.
Abbas já deixou claro em outras ocasiões que prefere buscar a cooperação dos extremistas a usar a força, mas representantes do governo israelenses têm deixado claro que querem que os grupos sejam extintos.
Antes da cúpula deste domingo, Abbas e Sharon haviam se reunido em 2003, no encontro que deu origem ao plano de paz internacional do Quarteto [EUA, Rússia, ONU e União Européia] --documento que propõe a criação de um Estado palestino em 2005--, mas na ocasião Abbas era o primeiro-ministro de Arafat.
Com agências internacionais
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