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10/02/2005
-
08h08
da Folha Online
O governo norte-coreano admitiu publicamente nesta quinta-feira ter armas nucleares, e rejeitou qualquer tentativa de reinício das discussões sobre desarmamento, afirmando que "precisa de proteção contra a crescente hostilidade do [governo] dos Estados Unidos", segundo comunicado oficial do Ministério do Interior, divulgado pela Agência Central de Notícias norte-coreana.
"Nós fabricamos armas nucleares para defesa própria e para lutar contra a administração de Bush e sua política para isolar e separar [a Coréia do Norte]", diz o texto.
O governo norte-coreano já havia reportado a negociadores americanos, durante reuniões privadas, a existência das armas nucleares, e o início da realização de testes, segundo a agência de notícias Associated Press.
"As armas nucleares da Coréia do Norte se manterão como um força nuclear para autodefesa sob qualquer circunstância", afirmou o texto do ministério. "A realidade atual prova que apenas uma força poderosa pode proteger a justiça e a verdade."
Desde 2003, Estados Unidos, Coréia do Norte e do Sul, China e Rússia tiveram três reuniões em Pequim [China], na tentativa de fazer com que o governo norte-coreano abandonasse o desenvolvimento de armas nucleares, em troca de benefícios diplomáticos e econômicos. Não houve progresso nas negociações.
O quarto encontro do grupo foi marcado para setembro último, e cancelado, depois que o governo norte-coreano se recusou a participar, citando a política "hostil" norte-americana.
Bush
No início do mês, o presidente americano, George W. Bush, apenas citou brevemente a Coréia do Norte, afirmando que o governo americano está "trabalhando próximo a governos na Ásia para convencer o país a abandonar suas ambições nucleares."
Antes, o tom do discurso de Bush era mais agressivo em relação ao país. A Coréia do Norte chegou a ser classificada como parte do "eixo do mal", juntamente ao Irã e ao Iraque, cerca de três anos atrás, pelo próprio presidente americano.
A crise nuclear começou em 2002, quando americanos acusaram a Coréia do Norte de ter um programa secreto de enriquecimento de urânio, violando tratados internacionais. O governo americano cortou o envio de petróleo ao país.
Em resposta, o governo norte-coreano abandonou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, no início de 2003, e reiniciou seu programa de armas baseadas em plutônio, que havia sido interrompido em 1994.
Com Associated Press
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O governo norte-coreano admitiu publicamente nesta quinta-feira ter armas nucleares, e rejeitou qualquer tentativa de reinício das discussões sobre desarmamento, afirmando que "precisa de proteção contra a crescente hostilidade do [governo] dos Estados Unidos", segundo comunicado oficial do Ministério do Interior, divulgado pela Agência Central de Notícias norte-coreana.
Fotomontagem |
Os presidentes George W. Bush (à esq.), dos EUA, e Kim Jong-il, da Coréia do Norte |
O governo norte-coreano já havia reportado a negociadores americanos, durante reuniões privadas, a existência das armas nucleares, e o início da realização de testes, segundo a agência de notícias Associated Press.
"As armas nucleares da Coréia do Norte se manterão como um força nuclear para autodefesa sob qualquer circunstância", afirmou o texto do ministério. "A realidade atual prova que apenas uma força poderosa pode proteger a justiça e a verdade."
Desde 2003, Estados Unidos, Coréia do Norte e do Sul, China e Rússia tiveram três reuniões em Pequim [China], na tentativa de fazer com que o governo norte-coreano abandonasse o desenvolvimento de armas nucleares, em troca de benefícios diplomáticos e econômicos. Não houve progresso nas negociações.
O quarto encontro do grupo foi marcado para setembro último, e cancelado, depois que o governo norte-coreano se recusou a participar, citando a política "hostil" norte-americana.
Bush
No início do mês, o presidente americano, George W. Bush, apenas citou brevemente a Coréia do Norte, afirmando que o governo americano está "trabalhando próximo a governos na Ásia para convencer o país a abandonar suas ambições nucleares."
Antes, o tom do discurso de Bush era mais agressivo em relação ao país. A Coréia do Norte chegou a ser classificada como parte do "eixo do mal", juntamente ao Irã e ao Iraque, cerca de três anos atrás, pelo próprio presidente americano.
A crise nuclear começou em 2002, quando americanos acusaram a Coréia do Norte de ter um programa secreto de enriquecimento de urânio, violando tratados internacionais. O governo americano cortou o envio de petróleo ao país.
Em resposta, o governo norte-coreano abandonou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, no início de 2003, e reiniciou seu programa de armas baseadas em plutônio, que havia sido interrompido em 1994.
Com Associated Press
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