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15/02/2005
-
07h45
da France Presse, em Washington
O ex-diretor do programa Petróleo por Comida da ONU (Organização das Nações Unidas), Benon Sevan, foi acusado por uma subcomissão de investigação do Congresso americano de ter se apropriado de US$ 1,2 milhão do programa.
O Programa Petróleo por Comida foi idealizado pela ONU, e aplicado no Iraque durante o período em que o ditador Saddam Hussein sofreu grandes sanções econômicas, depois da invasão do Kuait, que originou a Guerra do Golfo, em 1991. O país poderia vender o petróleo para adquirir suprimentos básicos à população.
"As descobertas mostram que os problemas deste programa eram muito mais profundos e graves do que o que poderíamos ter imaginado até agora", afirma em um comunicado o senador republicano Norman Coleman, que participou da investigação, depois que Sevan foi acusado formalmente, nesta segunda-feira.
Intermediação
Documentos da organização iraquiana State Oil Marketing, divulgados pela subcomissão, indicam que Sevan cobrou o valor de US$ 1,2 milhão atuando como intermediário da African Middle East Petroleum, que pertence a seu amigo Fakhry Abdelnoor.
Sevan foi acusado de "graves conflitos de interesses", por ter influenciado diretamente na seleção das empresas petrolíferas para a venda do produto iraquiano.
Segundo a comissão do Senado americano, os danos causados são muito graves e podem custar Sevan ações judiciais nos Estados Unidos, em particular por fraude e lavagem de dinheiro.
A comissão também mencionou o nome do português Antônio Carlos de Oliveira, funcionário da empresa de auditoria Saybolt, acusado de ter recebido US$ 105 mil do regime de Saddam para facilitar exportações ilegais de petróleo em 2002.
Transporte
O funcionário, que teve o passaporte e os extratos bancários verificados pela comissão, foi acusado de ter autorizado a companhia francesa Ibex a transportar mais petróleo do que sua contabilidade indica.
No ano passado, o "Wall Street Journal" informou que um auditor da Saybolt International B.V., empresa holandesa encarregada pela ONU de controlar as exportações de petróleo do Iraque, havia recebido US$ 104 mil do regime de Saddam para falsificar documentos.
A fraude rendeu US$ 9 milhões, que foram embolsados por Saddam e outros altos funcionários do antigo regime iraquiano.
O "New York Times" entrou em contato com Oliveira, que declarou que era funcionário da Saybolt e negou ter trabalhado no Iraque.
As revelações foram feitas um dia antes da comissão ouvir novos depoimentos sobre o programa.
Com agências internacionais
Especial
Leia mais sobre o Iraque sob tutela
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EUA acusam ex-diretor de programa da ONU no Iraque de fraude
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O ex-diretor do programa Petróleo por Comida da ONU (Organização das Nações Unidas), Benon Sevan, foi acusado por uma subcomissão de investigação do Congresso americano de ter se apropriado de US$ 1,2 milhão do programa.
O Programa Petróleo por Comida foi idealizado pela ONU, e aplicado no Iraque durante o período em que o ditador Saddam Hussein sofreu grandes sanções econômicas, depois da invasão do Kuait, que originou a Guerra do Golfo, em 1991. O país poderia vender o petróleo para adquirir suprimentos básicos à população.
"As descobertas mostram que os problemas deste programa eram muito mais profundos e graves do que o que poderíamos ter imaginado até agora", afirma em um comunicado o senador republicano Norman Coleman, que participou da investigação, depois que Sevan foi acusado formalmente, nesta segunda-feira.
Intermediação
Documentos da organização iraquiana State Oil Marketing, divulgados pela subcomissão, indicam que Sevan cobrou o valor de US$ 1,2 milhão atuando como intermediário da African Middle East Petroleum, que pertence a seu amigo Fakhry Abdelnoor.
Sevan foi acusado de "graves conflitos de interesses", por ter influenciado diretamente na seleção das empresas petrolíferas para a venda do produto iraquiano.
Segundo a comissão do Senado americano, os danos causados são muito graves e podem custar Sevan ações judiciais nos Estados Unidos, em particular por fraude e lavagem de dinheiro.
A comissão também mencionou o nome do português Antônio Carlos de Oliveira, funcionário da empresa de auditoria Saybolt, acusado de ter recebido US$ 105 mil do regime de Saddam para facilitar exportações ilegais de petróleo em 2002.
Transporte
O funcionário, que teve o passaporte e os extratos bancários verificados pela comissão, foi acusado de ter autorizado a companhia francesa Ibex a transportar mais petróleo do que sua contabilidade indica.
No ano passado, o "Wall Street Journal" informou que um auditor da Saybolt International B.V., empresa holandesa encarregada pela ONU de controlar as exportações de petróleo do Iraque, havia recebido US$ 104 mil do regime de Saddam para falsificar documentos.
A fraude rendeu US$ 9 milhões, que foram embolsados por Saddam e outros altos funcionários do antigo regime iraquiano.
O "New York Times" entrou em contato com Oliveira, que declarou que era funcionário da Saybolt e negou ter trabalhado no Iraque.
As revelações foram feitas um dia antes da comissão ouvir novos depoimentos sobre o programa.
Com agências internacionais
Especial
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