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19/02/2005
-
15h48
da Folha Online
No dia mais sangrento desde as eleições legislativas no Iraque, em 30 de janeiro último, ações da insurgência iraquiana mataram 42 pessoas no país neste sábado, incluindo um soldado americano, segundo o Ministério da Defesa iraquiano. Os ataques ocorreram enquanto xiitas comemoravam sua mais importante festividade, a Ashura.
As ações foram realizadas com homens-bomba, atiradores e morteiros. Até o momento, oito homens-bomba se explodiram, causando a morte de 24 pessoas em ataques na região da capital Bagdá. A maioria das ações foi contra alvos xiitas. Os autores dos ataques também morreram.
O governo iraquiano reforçou o policiamento e fechou fronteiras do país para tentar evitar que ataques causassem um número alto de mortes, como o ocorrido durante as comemorações da Ashura no ano passado, quando 181 pessoas morreram em duas explosões, na capital iraquiana, Bagdá, e na cidade de Karbala (sul do Iraque). A Ashura é um dos principais eventos do calendário xiita, que marca a morte do imã Hussein, neto do profeta Maomé, em uma batalha em Karbala.
Os ataques deste sábado aconteceram no mesmo dia em que cinco membros do governo dos EUA, entre eles a senadora democrata Hillary Clinton, visitam Bagdá e conversam com representantes do governo interino iraquiano.
Insurgência
Um chefe de polícia da região de Baquba (60 km a nordeste de Bagdá), Abdel Molan, disse ter capturado Haidar Abu Bawari, que seria o principal ajudante do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, a quem o chefe de polícia atribuiu a liderança da insurgência na cidade.
A polícia iraquiana também anunciou a prisão de outro importante líder da insurgência em Mossul (norte do país), Harbi Abdul Khudair al Mahmoudi, 50, também conhecido como Abu Nor --ex-membro do partido Baath, do ex-ditador Saddam Hussein.
Al Zarqawi é responsável por várias ações violentas, seqüestros e assassinato de estrangeiros no país. Considerado o principal inimigo dos EUA no Iraque, o governo americano oferece uma recompensa de US$ 25 milhões pela captura do jordaniano.
Suicidas
O primeiro suicida se explodiu em uma tenda onde cerca de 50 pessoas participavam de um funeral perto de uma mesquita no oeste da capital, matando três pessoas e deixando dez feridos. Pouco depois, outro suicida, que tinha como alvo um grupo de policiais da Guarda Nacional iraquiana, no nordeste de Bagdá, detonou os explosivos que carregava prematuramente, matando dois policiais.
A explosão do terceiro suicida ocorreu na frente do prédio que serve como base da Guarda Nacional iraquiana em Baquba, matando um policial iraquiano e ferindo outro.
Em Latifiya, 30 km ao sul de Bagdá, um homem-bomba acionou seus explosivos em um posto de checagem do Exército iraquiano, causando a morte de dois soldados iraquianos.
Na região predominantemente xiita de Kadhimiya, distrito no nordeste de Bagdá, um suicida se explodiu dentro de um ônibus público e matou 7 pessoas, entre elas uma criança. Depois, outros dois homens-bomba se mataram perto da mesquita Nada, também em Kadhimiya, matando mais sete pessoas, das quais três eram membros da Guarda Nacional. A explosão deixou outras 55 pessoas feridas.
Ainda em Kadhimiya, segundo o capitão de polícia Hazim Ibrahim, outros dois homens-bomba morreram. Um deles se explodiu em frente a uma instituição acadêmica, sem causar mortes. Outro suicida foi morto aparentemente por soldados americanos.
Em Adhamiya, outro distrito no nordeste de Bagdá, um homem-bomba matou dois membros da Guarda Nacional Iraquiana.
Assassinato
Também neste sábado, um líder religioso curdo ligado ao Partido Democrático do Curdistão (PDK) foi assassinado na cidade de Kirkuk (norte), informou a polícia.
O xeque Mohamad Rustom Kaka, chefe do Comitê Curdo dos Ulemás Religiosos (sunita), foi assassinado a tiros por desconhecidos que dispararam contra seu automóvel. Um dos guarda-costas do xeque foi ferido no ataque.
Najat Hasan Karim, um dirigente do PDK em Kirkuk, disse que Kaka "lutou pela identidade curda e o caráter curdo de Kirkuk".
Os curdos ganharam as eleições do Conselho Provincial em Kirkuk, ocorridas no último dia 30, o que aumenta o temor de violência ente as comunidades árabe e turcomana da cidade.
Com agências internacionais
Especial
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Dia mais sangrento desde eleições deixa 42 mortos no Iraque
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No dia mais sangrento desde as eleições legislativas no Iraque, em 30 de janeiro último, ações da insurgência iraquiana mataram 42 pessoas no país neste sábado, incluindo um soldado americano, segundo o Ministério da Defesa iraquiano. Os ataques ocorreram enquanto xiitas comemoravam sua mais importante festividade, a Ashura.
As ações foram realizadas com homens-bomba, atiradores e morteiros. Até o momento, oito homens-bomba se explodiram, causando a morte de 24 pessoas em ataques na região da capital Bagdá. A maioria das ações foi contra alvos xiitas. Os autores dos ataques também morreram.
O governo iraquiano reforçou o policiamento e fechou fronteiras do país para tentar evitar que ataques causassem um número alto de mortes, como o ocorrido durante as comemorações da Ashura no ano passado, quando 181 pessoas morreram em duas explosões, na capital iraquiana, Bagdá, e na cidade de Karbala (sul do Iraque). A Ashura é um dos principais eventos do calendário xiita, que marca a morte do imã Hussein, neto do profeta Maomé, em uma batalha em Karbala.
Os ataques deste sábado aconteceram no mesmo dia em que cinco membros do governo dos EUA, entre eles a senadora democrata Hillary Clinton, visitam Bagdá e conversam com representantes do governo interino iraquiano.
Insurgência
Um chefe de polícia da região de Baquba (60 km a nordeste de Bagdá), Abdel Molan, disse ter capturado Haidar Abu Bawari, que seria o principal ajudante do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, a quem o chefe de polícia atribuiu a liderança da insurgência na cidade.
A polícia iraquiana também anunciou a prisão de outro importante líder da insurgência em Mossul (norte do país), Harbi Abdul Khudair al Mahmoudi, 50, também conhecido como Abu Nor --ex-membro do partido Baath, do ex-ditador Saddam Hussein.
Al Zarqawi é responsável por várias ações violentas, seqüestros e assassinato de estrangeiros no país. Considerado o principal inimigo dos EUA no Iraque, o governo americano oferece uma recompensa de US$ 25 milhões pela captura do jordaniano.
Suicidas
O primeiro suicida se explodiu em uma tenda onde cerca de 50 pessoas participavam de um funeral perto de uma mesquita no oeste da capital, matando três pessoas e deixando dez feridos. Pouco depois, outro suicida, que tinha como alvo um grupo de policiais da Guarda Nacional iraquiana, no nordeste de Bagdá, detonou os explosivos que carregava prematuramente, matando dois policiais.
A explosão do terceiro suicida ocorreu na frente do prédio que serve como base da Guarda Nacional iraquiana em Baquba, matando um policial iraquiano e ferindo outro.
Em Latifiya, 30 km ao sul de Bagdá, um homem-bomba acionou seus explosivos em um posto de checagem do Exército iraquiano, causando a morte de dois soldados iraquianos.
Na região predominantemente xiita de Kadhimiya, distrito no nordeste de Bagdá, um suicida se explodiu dentro de um ônibus público e matou 7 pessoas, entre elas uma criança. Depois, outros dois homens-bomba se mataram perto da mesquita Nada, também em Kadhimiya, matando mais sete pessoas, das quais três eram membros da Guarda Nacional. A explosão deixou outras 55 pessoas feridas.
Ainda em Kadhimiya, segundo o capitão de polícia Hazim Ibrahim, outros dois homens-bomba morreram. Um deles se explodiu em frente a uma instituição acadêmica, sem causar mortes. Outro suicida foi morto aparentemente por soldados americanos.
Em Adhamiya, outro distrito no nordeste de Bagdá, um homem-bomba matou dois membros da Guarda Nacional Iraquiana.
Assassinato
Também neste sábado, um líder religioso curdo ligado ao Partido Democrático do Curdistão (PDK) foi assassinado na cidade de Kirkuk (norte), informou a polícia.
O xeque Mohamad Rustom Kaka, chefe do Comitê Curdo dos Ulemás Religiosos (sunita), foi assassinado a tiros por desconhecidos que dispararam contra seu automóvel. Um dos guarda-costas do xeque foi ferido no ataque.
Najat Hasan Karim, um dirigente do PDK em Kirkuk, disse que Kaka "lutou pela identidade curda e o caráter curdo de Kirkuk".
Os curdos ganharam as eleições do Conselho Provincial em Kirkuk, ocorridas no último dia 30, o que aumenta o temor de violência ente as comunidades árabe e turcomana da cidade.
Com agências internacionais
Especial
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