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28/02/2005
-
11h37
da Folha Online
Um ataque suicida ocorrido nesta segunda-feira em Hilla, 95 km ao sul da capital Bagdá, causou a morte de 110 pessoas e deixou 133 feridos, no dia mais mortífero com um único ataque desde a queda do ex-ditador Saddam Hussein, em abril de 2003.
A segunda ação mais violenta ocorreu em 29 de agosto de 2003, quando um carro-bomba explodiu em frente a uma mesquita em Najaf (sul), matando 85 pessoas, entre elas o aiatolá Mohammed Baqir al Hakim.
O total de mortos e feridos desta segunda-feira foi confirmado pelo diretor do hospital da cidade de Hilla, Dia Mohammed.
A região do ataque ficou devastada e coberta por pedaços de corpos, depois que um poderoso carro-bomba, conduzido por um suicida, explodiu na frente de uma clínica médica, atingindo também um mercado lotado. A potência da explosão fez com que apenas o motor do veículo ficasse intacto. Feridos foram socorridos em caminhonetes e caminhões.
Fora do prédio, que teve sua estrutura de tijolos abalada, pessoas tentavam ajudar feridos e recolhiam pedaços de corpos. Braços, pés e pernas podiam ser vistos espalhados ao lado de corpos dilacerados.
A polícia da região disse que várias pessoas suspeitas de envolvimento com o ataque foram presas.
No hospital, uma multidão enfurecida cercou o prédio e gritava "Deus é grande", enquanto aguardava para saber notícias de parentes e amigos.
A explosão ocorreu perto de uma fila de pessoas na frente de um centro médico. "Eu aguardava pela minha vez quando ouvi uma forte explosão. Fui lançado a vários metros e havia fogo em minhas pernas e mão, então fui levado para o hospital", disse Abdullah Salih, 22.
O diretor do hospital, Mohammed, disse que a maioria das vítimas eram recrutas que fariam exames necessários a seu ingresso na Guarda Nacional.
Uma segunda explosão de carro-bomba ocorreu em um posto de checagem em Musayyib, cerca de 30 km ao norte de Hilla, deixando um policial morto e vários feridos, segundo uma fonte anônima.
EUA
Em Bagdá, militares americanos disseram estar investigando a morte de um soldado dos Estados Unidos que foi baleado quando controlava a passagem de veículos em um posto de controle. Desde o início da guerra, em março de 2003, os Estados Unidos já perderam cerca de 1.500 soldados.
Neste domingo, a Síria capturou, prendeu e entregou ao Iraque um dos homens mais procurados pelos EUA, Sabawi Ibrahim al Hassan, meio-irmão do ex-ditador Saddam Hussein. A prisão de Al Hassan acontece após a Síria passar meses negando que abrigava fugitivos da era Saddam.
Al Hassan, filho da mesma mãe de Saddam, faz parte de um grupo de 29 membros do governo do ex-ditador que fugiram para o noroeste da Síria, 49 km da fronteira com o Iraque, segundo informações de um militar que falou sob anonimato. Os EUA não comentaram ainda a prisão de Al Hassan.
A Síria encontra-se sob forte pressão dos EUA, Reino Unido e França desde que um ataque no líbano causou a morte do ex-premiê libanês Rafik al Haririm também em um atentado, na cidade de Beirute, no último dia 14.
Com agências internacionais
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Ataque suicida mata 110 e fere 133 no Iraque
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Um ataque suicida ocorrido nesta segunda-feira em Hilla, 95 km ao sul da capital Bagdá, causou a morte de 110 pessoas e deixou 133 feridos, no dia mais mortífero com um único ataque desde a queda do ex-ditador Saddam Hussein, em abril de 2003.
A segunda ação mais violenta ocorreu em 29 de agosto de 2003, quando um carro-bomba explodiu em frente a uma mesquita em Najaf (sul), matando 85 pessoas, entre elas o aiatolá Mohammed Baqir al Hakim.
O total de mortos e feridos desta segunda-feira foi confirmado pelo diretor do hospital da cidade de Hilla, Dia Mohammed.
A região do ataque ficou devastada e coberta por pedaços de corpos, depois que um poderoso carro-bomba, conduzido por um suicida, explodiu na frente de uma clínica médica, atingindo também um mercado lotado. A potência da explosão fez com que apenas o motor do veículo ficasse intacto. Feridos foram socorridos em caminhonetes e caminhões.
Fora do prédio, que teve sua estrutura de tijolos abalada, pessoas tentavam ajudar feridos e recolhiam pedaços de corpos. Braços, pés e pernas podiam ser vistos espalhados ao lado de corpos dilacerados.
A polícia da região disse que várias pessoas suspeitas de envolvimento com o ataque foram presas.
No hospital, uma multidão enfurecida cercou o prédio e gritava "Deus é grande", enquanto aguardava para saber notícias de parentes e amigos.
AP |
Rua fica coberta por poça de sangue após atentado matar mais de cem no sul do Iraque |
A explosão ocorreu perto de uma fila de pessoas na frente de um centro médico. "Eu aguardava pela minha vez quando ouvi uma forte explosão. Fui lançado a vários metros e havia fogo em minhas pernas e mão, então fui levado para o hospital", disse Abdullah Salih, 22.
O diretor do hospital, Mohammed, disse que a maioria das vítimas eram recrutas que fariam exames necessários a seu ingresso na Guarda Nacional.
Uma segunda explosão de carro-bomba ocorreu em um posto de checagem em Musayyib, cerca de 30 km ao norte de Hilla, deixando um policial morto e vários feridos, segundo uma fonte anônima.
EUA
Em Bagdá, militares americanos disseram estar investigando a morte de um soldado dos Estados Unidos que foi baleado quando controlava a passagem de veículos em um posto de controle. Desde o início da guerra, em março de 2003, os Estados Unidos já perderam cerca de 1.500 soldados.
Neste domingo, a Síria capturou, prendeu e entregou ao Iraque um dos homens mais procurados pelos EUA, Sabawi Ibrahim al Hassan, meio-irmão do ex-ditador Saddam Hussein. A prisão de Al Hassan acontece após a Síria passar meses negando que abrigava fugitivos da era Saddam.
Al Hassan, filho da mesma mãe de Saddam, faz parte de um grupo de 29 membros do governo do ex-ditador que fugiram para o noroeste da Síria, 49 km da fronteira com o Iraque, segundo informações de um militar que falou sob anonimato. Os EUA não comentaram ainda a prisão de Al Hassan.
A Síria encontra-se sob forte pressão dos EUA, Reino Unido e França desde que um ataque no líbano causou a morte do ex-premiê libanês Rafik al Haririm também em um atentado, na cidade de Beirute, no último dia 14.
Com agências internacionais
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