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04/03/2005
-
06h38
da France Presse, em Londres
O prefeito de Londres, Ken Livingstone, chamou o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de "criminoso de guerra", em entrevista publicada nesta sexta-feira no jornal britânico "The Guardian".
Livingstone voltou a negar que seja anti-semita e disse que não vai se desculpar pelo que disse no mês passado, quando comparou um jornalista judeu a um guarda de campo de concentração.
"Ariel Sharon é um criminoso de guerra que deveria estar na prisão e não no governo", afirma o prefeito de Londres, que atribui ao premiê israelense os massacres cometidos nos campos de refugiados palestinos no Líbano.
Livingstone também denuncia a "limpeza étnica" durante a expansão de Israel, com a instalação de colônias israelenses nos territórios palestinos e a recusa do direito dos palestinos de voltar à região.
"Sharon segue organizando o terror", afirma Livingstone ao lembrar a desproporção de mortos entre palestinos e israelenses na Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 2000].
Segundo o prefeito de Londres, é preciso distinguir entre críticas à política israelense e anti-semitismo, porque o governo de Israel tenta confundir as duas coisas.
"Há 20 anos o governo israelense tenta apresentar como anti-semita todo aquele que critique a política de Israel, mas a verdade é outra: os mesmos valores humanos universais que reconhecem o Holocausto como o maior crime racista do século 20 e exigem a condenação dos líderes dos sucessivos governos israelenses".
Livingstone, um trabalhista inconformista de 59 anos, perguntou a um jornalista que o assediava em 8 de fevereiro passado se ele era um criminoso de guerra alemão. O repórter respondeu que era judeu e o prefeito emendou: "Você parece um guarda de campo de concentração, faz isso porque lhe pagam?"
O "The Evening Standard" publicou o incidente dois dias depois e várias personalidades políticas, incluindo o primeiro-ministro Tony Blair, disseram que Livingstone deveria pedir desculpas.
Livingstone é objeto de uma investigação oficial para determinar se suas palavras violaram o código de boa conduta da prefeitura de Londres.
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Prefeito de Londres chama Ariel Sharon de "criminoso de guerra"
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O prefeito de Londres, Ken Livingstone, chamou o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de "criminoso de guerra", em entrevista publicada nesta sexta-feira no jornal britânico "The Guardian".
Livingstone voltou a negar que seja anti-semita e disse que não vai se desculpar pelo que disse no mês passado, quando comparou um jornalista judeu a um guarda de campo de concentração.
22.fev.2005/AP |
Ken Livingstone, prefeito da cidade de Londres |
Livingstone também denuncia a "limpeza étnica" durante a expansão de Israel, com a instalação de colônias israelenses nos territórios palestinos e a recusa do direito dos palestinos de voltar à região.
"Sharon segue organizando o terror", afirma Livingstone ao lembrar a desproporção de mortos entre palestinos e israelenses na Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 2000].
Segundo o prefeito de Londres, é preciso distinguir entre críticas à política israelense e anti-semitismo, porque o governo de Israel tenta confundir as duas coisas.
"Há 20 anos o governo israelense tenta apresentar como anti-semita todo aquele que critique a política de Israel, mas a verdade é outra: os mesmos valores humanos universais que reconhecem o Holocausto como o maior crime racista do século 20 e exigem a condenação dos líderes dos sucessivos governos israelenses".
Livingstone, um trabalhista inconformista de 59 anos, perguntou a um jornalista que o assediava em 8 de fevereiro passado se ele era um criminoso de guerra alemão. O repórter respondeu que era judeu e o prefeito emendou: "Você parece um guarda de campo de concentração, faz isso porque lhe pagam?"
O "The Evening Standard" publicou o incidente dois dias depois e várias personalidades políticas, incluindo o primeiro-ministro Tony Blair, disseram que Livingstone deveria pedir desculpas.
Livingstone é objeto de uma investigação oficial para determinar se suas palavras violaram o código de boa conduta da prefeitura de Londres.
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