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18/03/2005
-
12h17
da Folha Online
Políticos xiitas e curdos devem realizar uma nova reunião da Assembléia Nacional do Iraque na próxima semana, para finalizar o acordo político sobre o novo governo iraquiano. A data foi anunciada pelo líder curdo Jalal Talabani, durante uma entrevista à rede de TV CNN nesta sexta-feira.
Talabani, que poderá ser indicado à Presidência do Iraque pela assembléia, afirmou que a nova Constituição iraquiana será baseada nas leis usadas pelo governo interino do Iraque atualmente, que garantem a existência de um Estado secular. Essa é, inclusive, uma das principais demandas dos líderes curdos para a formação do novo governo.
Os parlamentares iraquianos, eleitos em 30 de janeiro, devem indicar nomes para os cargos de primeiro-ministro, presidente do país, e presidente da assembléia.
As negociações estão sendo realizadas entre políticos da Aliança Iraquiana Unida, a coalizão xiita que ficou com 140 das 275 do órgão, e a coalizão curda, que obteve 75 assentos, e sunitas, representados pelo partido misto do primeiro-ministro interino Iyad Allawi, que elegeu 40 parlamentares.
A primeira reunião da Assembléia Nacional aconteceu nesta quarta-feira, e durou apenas 90 minutos. Os políticos não conseguiram chegar a nenhuma decisão sobre a formação do governo, ou sobre a demanda curda de incorporar a cidade de Kirkuk [norte], região importante na exploração e comercialização do petróleo, ao território curdo.
Violência
Seis soldados americanos foram feridos nesta sexta-feira em Mossul, ao norte do país, após um ataque suicida com carro-bomba contra o comboio onde os soldados estavam, afirmou a capitã Patricia Brewer, em Bagdá [capital].
Na noite desta quinta-feira, homens armados assassinaram Abdul Rahman al Samarie, imã sunita da mesquita de Thaat al Nitaqeen, a leste da capital iraquiana.
Após as eleições, a violência continua a ser o principal problema do governo iraquiano, e a presença dos soldados da coalizão, liderada pelos Estados Unidos, não é suficiente para pôr fim à insurgência sunita no país.
Nesta sexta-feira, o general Mike Jackson, um dos líderes do Exército britânico, afirmou que o Reino Unido poderá enviar mais soldados ao Iraque, "caso seja necessário".
O anúncio acontece em meio a uma crise das forças de coalizão no Iraque. No início da semana, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, disse que irá retirar seus soldados do país até setembro. A Itália foi um dos maiores aliados dos EUA na Guerra do Iraque, e mantém um contigente de 3.000 militares em solo iraquiano.
Com agências internacionais
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Nova reunião da assembléia do Iraque deve acontecer em uma semana
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Políticos xiitas e curdos devem realizar uma nova reunião da Assembléia Nacional do Iraque na próxima semana, para finalizar o acordo político sobre o novo governo iraquiano. A data foi anunciada pelo líder curdo Jalal Talabani, durante uma entrevista à rede de TV CNN nesta sexta-feira.
Talabani, que poderá ser indicado à Presidência do Iraque pela assembléia, afirmou que a nova Constituição iraquiana será baseada nas leis usadas pelo governo interino do Iraque atualmente, que garantem a existência de um Estado secular. Essa é, inclusive, uma das principais demandas dos líderes curdos para a formação do novo governo.
Os parlamentares iraquianos, eleitos em 30 de janeiro, devem indicar nomes para os cargos de primeiro-ministro, presidente do país, e presidente da assembléia.
As negociações estão sendo realizadas entre políticos da Aliança Iraquiana Unida, a coalizão xiita que ficou com 140 das 275 do órgão, e a coalizão curda, que obteve 75 assentos, e sunitas, representados pelo partido misto do primeiro-ministro interino Iyad Allawi, que elegeu 40 parlamentares.
A primeira reunião da Assembléia Nacional aconteceu nesta quarta-feira, e durou apenas 90 minutos. Os políticos não conseguiram chegar a nenhuma decisão sobre a formação do governo, ou sobre a demanda curda de incorporar a cidade de Kirkuk [norte], região importante na exploração e comercialização do petróleo, ao território curdo.
Violência
Seis soldados americanos foram feridos nesta sexta-feira em Mossul, ao norte do país, após um ataque suicida com carro-bomba contra o comboio onde os soldados estavam, afirmou a capitã Patricia Brewer, em Bagdá [capital].
Na noite desta quinta-feira, homens armados assassinaram Abdul Rahman al Samarie, imã sunita da mesquita de Thaat al Nitaqeen, a leste da capital iraquiana.
Após as eleições, a violência continua a ser o principal problema do governo iraquiano, e a presença dos soldados da coalizão, liderada pelos Estados Unidos, não é suficiente para pôr fim à insurgência sunita no país.
Nesta sexta-feira, o general Mike Jackson, um dos líderes do Exército britânico, afirmou que o Reino Unido poderá enviar mais soldados ao Iraque, "caso seja necessário".
O anúncio acontece em meio a uma crise das forças de coalizão no Iraque. No início da semana, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, disse que irá retirar seus soldados do país até setembro. A Itália foi um dos maiores aliados dos EUA na Guerra do Iraque, e mantém um contigente de 3.000 militares em solo iraquiano.
Com agências internacionais
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