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02/04/2005
-
03h55
da Folha Online
Centenas de fiéis, entre eles jovens italianos e estrangeiros, permaneciam na praça São Pedro na manhã deste sábado, cantando e rezando por João Paulo 2º, após uma noite de vigília.
Uma multidão de cerca de 60 mil pessoas ocupou o local na noite de sexta-feira, e apesar de muitos terem retornado as suas casas durante a madrugada, centenas ainda permaneciam de vigília diante das janelas do quarto do papa, duas das quais permaneceram iluminadas durante toda a noite.
"É o mínimo que podemos fazer por este papa depois de tudo que ele fez por nós", disse Ombretta Tomasicchio, uma estudante de 29 anos que chegou durante a noite de Bari, no sul da Itália.
"Ele sempre nos guiou nestes últimos anos e nunca se protegeu em seu cargo", destacou a amiga Isabella Collevecchio, sentada no meio à praça, envolta em um saco de dormir.
A Conferência Episcopal Italiana convidou os católicos na sexta-feira para uma oração pelo papa na praça São Pedro. Dezenas de milhares de romanos e turistas de todas as idades e nacionalidades atenderam ao chamado e muitos se ajoelharam sob o apartamento de João Paulo 2º, situado no terceiro andar do Palácio Pontifício.
Para Matías Tomasetti, um estudante argentino de 26 anos residente em Roma e católico não praticante, cada hora que passa é "um momento da história universal do qual quero participar".
Apesar de discordar da Igreja, "cujas riquezas são enormes em meio a fome no mundo", Matías respeita o papa e sua "presença digna até o final".
Oscar Puentes, um colombiano de 22 anos que trabalha em Roma, disse que foi à praça para "acompanhar João Paulo 2º em sua dor". "[O papa] Nos fez um pouco mais felizes durante seu pontificado e nos permitiu ir mais além das dores do mundo", afirmou Puentes enrolado em uma bandeira da Colômbia.
Um grupo de poloneses também permaneceu durante toda a noite na praça São Pedro sob a bandeira de seu país, onde se lia em polonês: "Estamos contigo".
A polícia italiana estima que centenas de milhares de peregrinos cheguem a Roma nos próximos dias.
"Nós estamos isolando a área perto do Vaticano e a polícia estará presente em aeroportos e estações de trem para ajudar peregrinos a se movimentar pela cidade", disse o prefeito de Roma, Achille Serra.
Piora
Durante o dia de ontem, a imprensa italiana chegou a anunciar a morte de João Paulo 2º, que foi logo desmentida pelo Vaticano.
Em nota, o Vaticano informou apenas que a saúde do papa piorou, que ele estava com hipotensão (tensão arterial abaixo do normal) e tinha a função renal comprometida. Médicos afirmam que não é mais possível fazer diálises.
O ministro de Saúde do Vaticano, cardeal mexicano Javier Lozano, disse que o papa está em agonia e em estágio de pré-morte. "Acabo de falar com médicos do Vaticano. Eles me disseram que agora [a situação do papa] é irreversível", afirmou Lozano por telefone à emissora Televisa. "O papa está em franca agonia", acrescentou.
Com agências internacionais
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Fiéis continuam em vigília pelo papa na praça São Pedro
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Centenas de fiéis, entre eles jovens italianos e estrangeiros, permaneciam na praça São Pedro na manhã deste sábado, cantando e rezando por João Paulo 2º, após uma noite de vigília.
Uma multidão de cerca de 60 mil pessoas ocupou o local na noite de sexta-feira, e apesar de muitos terem retornado as suas casas durante a madrugada, centenas ainda permaneciam de vigília diante das janelas do quarto do papa, duas das quais permaneceram iluminadas durante toda a noite.
"É o mínimo que podemos fazer por este papa depois de tudo que ele fez por nós", disse Ombretta Tomasicchio, uma estudante de 29 anos que chegou durante a noite de Bari, no sul da Itália.
"Ele sempre nos guiou nestes últimos anos e nunca se protegeu em seu cargo", destacou a amiga Isabella Collevecchio, sentada no meio à praça, envolta em um saco de dormir.
A Conferência Episcopal Italiana convidou os católicos na sexta-feira para uma oração pelo papa na praça São Pedro. Dezenas de milhares de romanos e turistas de todas as idades e nacionalidades atenderam ao chamado e muitos se ajoelharam sob o apartamento de João Paulo 2º, situado no terceiro andar do Palácio Pontifício.
Para Matías Tomasetti, um estudante argentino de 26 anos residente em Roma e católico não praticante, cada hora que passa é "um momento da história universal do qual quero participar".
Apesar de discordar da Igreja, "cujas riquezas são enormes em meio a fome no mundo", Matías respeita o papa e sua "presença digna até o final".
Oscar Puentes, um colombiano de 22 anos que trabalha em Roma, disse que foi à praça para "acompanhar João Paulo 2º em sua dor". "[O papa] Nos fez um pouco mais felizes durante seu pontificado e nos permitiu ir mais além das dores do mundo", afirmou Puentes enrolado em uma bandeira da Colômbia.
Um grupo de poloneses também permaneceu durante toda a noite na praça São Pedro sob a bandeira de seu país, onde se lia em polonês: "Estamos contigo".
A polícia italiana estima que centenas de milhares de peregrinos cheguem a Roma nos próximos dias.
"Nós estamos isolando a área perto do Vaticano e a polícia estará presente em aeroportos e estações de trem para ajudar peregrinos a se movimentar pela cidade", disse o prefeito de Roma, Achille Serra.
Piora
Durante o dia de ontem, a imprensa italiana chegou a anunciar a morte de João Paulo 2º, que foi logo desmentida pelo Vaticano.
Em nota, o Vaticano informou apenas que a saúde do papa piorou, que ele estava com hipotensão (tensão arterial abaixo do normal) e tinha a função renal comprometida. Médicos afirmam que não é mais possível fazer diálises.
O ministro de Saúde do Vaticano, cardeal mexicano Javier Lozano, disse que o papa está em agonia e em estágio de pré-morte. "Acabo de falar com médicos do Vaticano. Eles me disseram que agora [a situação do papa] é irreversível", afirmou Lozano por telefone à emissora Televisa. "O papa está em franca agonia", acrescentou.
Com agências internacionais
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