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02/04/2005
-
19h21
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, d. Eusébio Scheid, afirmou hoje que João Paulo 2º acentuou a tradição cristã e católica na América Latina. D. Eusébio destacou a influência de João Paulo na geopolítica, com o incentivo à queda do muro de Berlim.
"Ele foi um grande diplomata e interferiu em questões de governos: condenou a guerra do Iraque e as guerras que nunca terminam no Oriente Médio. Em parceria com [ex-líder soviético Mikhail] Gorbachev ajudou a derrubar o muro", disse. Segundo o cardeal, em conversa com ele o papa teria afirmado que "só deu um empurrãozinho porque [o comunismo] já estava muito fraco".
Em entrevista após a notícia do falecimento de João Paulo 2º, o cardeal afirmou que a principal influência do papa na América Latina ocorreu na Nicarágua e em Cuba. No Brasil, o momento político mais significativo do papa ocorreu no Piauí quando defendeu a reforma agrária. "Ele também falou em cartas sobre a importância da solidariedade", disse.
João Paulo 2º visitou o Brasil quatro vezes. Segundo d. Eusébio o número de visitas revela a importância que o papa dava ao Brasil. O cardeal lembrou a brincadeira de João Paulo 2º em visita ao Rio de Janeiro: 'Se Deus é brasileiro, o papa é carioca'.
No Rio de Janeiro, todas as festividades foram suspensas até o sepultamento de João Paulo 2º. No período de luto, os sinos dobrarão três vezes por dia. Em todas as igrejas serão celebradas missas em homenagem ao papa. O cardeal embarca na terça-feira para o Vaticano.
Sucessão
D. Eusébio não quis comentar o perfil do sucessor do papa João Paulo 2º. Questionado se o próximo papa seria liberal, ele afirmou que 'nenhum papa é liberal, essa é uma nomenclatura jornalística, o papa só pode ser a favor da verdade'.
D. Eusébio deixou uma mensagem para os fiéis: 'Na hora da morte devemos ter o sentimento pascal. A morte não é o fim, é uma passagem. Como dizia Santa Terezinha, nós não morremos, entramos na verdadeira vida. Quando se celebram os funerais, não se pensa em acentuar a tristeza, mas em renovar a esperança. Nada nos pode separar do amor de Cristo'.
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O cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, d. Eusébio Scheid, afirmou hoje que João Paulo 2º acentuou a tradição cristã e católica na América Latina. D. Eusébio destacou a influência de João Paulo na geopolítica, com o incentivo à queda do muro de Berlim.
"Ele foi um grande diplomata e interferiu em questões de governos: condenou a guerra do Iraque e as guerras que nunca terminam no Oriente Médio. Em parceria com [ex-líder soviético Mikhail] Gorbachev ajudou a derrubar o muro", disse. Segundo o cardeal, em conversa com ele o papa teria afirmado que "só deu um empurrãozinho porque [o comunismo] já estava muito fraco".
Em entrevista após a notícia do falecimento de João Paulo 2º, o cardeal afirmou que a principal influência do papa na América Latina ocorreu na Nicarágua e em Cuba. No Brasil, o momento político mais significativo do papa ocorreu no Piauí quando defendeu a reforma agrária. "Ele também falou em cartas sobre a importância da solidariedade", disse.
João Paulo 2º visitou o Brasil quatro vezes. Segundo d. Eusébio o número de visitas revela a importância que o papa dava ao Brasil. O cardeal lembrou a brincadeira de João Paulo 2º em visita ao Rio de Janeiro: 'Se Deus é brasileiro, o papa é carioca'.
No Rio de Janeiro, todas as festividades foram suspensas até o sepultamento de João Paulo 2º. No período de luto, os sinos dobrarão três vezes por dia. Em todas as igrejas serão celebradas missas em homenagem ao papa. O cardeal embarca na terça-feira para o Vaticano.
Sucessão
D. Eusébio não quis comentar o perfil do sucessor do papa João Paulo 2º. Questionado se o próximo papa seria liberal, ele afirmou que 'nenhum papa é liberal, essa é uma nomenclatura jornalística, o papa só pode ser a favor da verdade'.
D. Eusébio deixou uma mensagem para os fiéis: 'Na hora da morte devemos ter o sentimento pascal. A morte não é o fim, é uma passagem. Como dizia Santa Terezinha, nós não morremos, entramos na verdadeira vida. Quando se celebram os funerais, não se pensa em acentuar a tristeza, mas em renovar a esperança. Nada nos pode separar do amor de Cristo'.
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