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02/04/2005
-
20h24
da Folha Online
João Paulo 2º foi um papa que teve coragem acima de tudo, principalmente para pedir perdão pelos erros da Igreja Católica. A afirmação é do professor de literatura do curso de Ciências da Religião da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Waldecy Tenório, 63. "Este papa conseguiu pedir perdão por erros sempre cobrados, como a Inquisição. Ele soube pedir desculpas pelo silêncio diante dos sofrimentos dos judeus", diz Tenório.
Karol Josef Wojtyla, o papa João Paulo 2º, morreu neste sábado, aos 84 anos em Roma, após dois dias de agonia. O comunicado oficial do Vaticano informa que ele morreu às 21h37 locais [16h37 de Brasília].
O professor da PUC destaca que a comoção pela qual passa o mundo mostra a importância e influência de João Paulo 2º como um líder nunca visto antes. "Parece que só agora temos a dimensão de tudo que ele representou. Não só como força política, mas como denunciante das injustiças", diz Tenório.
Segundo ele, "é claro que como um homem de grandes qualidades", o sumo pontífice também teve seus defeitos. Entre as qualidades, Tenório destaca a capacidade de João Paulo de colocar lado a lado líderes de diferentes religiões, de "ser consenso" e ter admiração de todos.
Entre os defeitos, o professor coloca o "pânico" que Karol Wojtyla desenvolveu contra o comunismo. "Isso o afastou um pouco dos problemas sociais de seu país. Mas não podemos esquecer que esse pânico apareceu depois que ele viu a Polônia ser violentamente invadida", diz o professor.
"Este papado foi um marco porque teve o tom da modernidade. João Paulo teve uma experiência existencial muito forte. Foi alpinista, esquiava, foi jogador de futebol, ator, escrevia poesia. Tudo isso ajudou a aumentar o enorme carisma que já tinha", explica Tenório.
O professor ressalta que a comparação constante entre João Paulo e o próximo papa será inevitável. "Será difícil ter alguém com tal aceitação. Acho que devemos torcer para que a próxima etapa aproxime mais a igreja da ciência. Que o tabu dos métodos anticoncepcionais, da defesa do celibato aos solteiros caia", diz.
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João Paulo 2º teve coragem para pedir perdão, diz professor da PUC-SP
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João Paulo 2º foi um papa que teve coragem acima de tudo, principalmente para pedir perdão pelos erros da Igreja Católica. A afirmação é do professor de literatura do curso de Ciências da Religião da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Waldecy Tenório, 63. "Este papa conseguiu pedir perdão por erros sempre cobrados, como a Inquisição. Ele soube pedir desculpas pelo silêncio diante dos sofrimentos dos judeus", diz Tenório.
Karol Josef Wojtyla, o papa João Paulo 2º, morreu neste sábado, aos 84 anos em Roma, após dois dias de agonia. O comunicado oficial do Vaticano informa que ele morreu às 21h37 locais [16h37 de Brasília].
O professor da PUC destaca que a comoção pela qual passa o mundo mostra a importância e influência de João Paulo 2º como um líder nunca visto antes. "Parece que só agora temos a dimensão de tudo que ele representou. Não só como força política, mas como denunciante das injustiças", diz Tenório.
Segundo ele, "é claro que como um homem de grandes qualidades", o sumo pontífice também teve seus defeitos. Entre as qualidades, Tenório destaca a capacidade de João Paulo de colocar lado a lado líderes de diferentes religiões, de "ser consenso" e ter admiração de todos.
Entre os defeitos, o professor coloca o "pânico" que Karol Wojtyla desenvolveu contra o comunismo. "Isso o afastou um pouco dos problemas sociais de seu país. Mas não podemos esquecer que esse pânico apareceu depois que ele viu a Polônia ser violentamente invadida", diz o professor.
"Este papado foi um marco porque teve o tom da modernidade. João Paulo teve uma experiência existencial muito forte. Foi alpinista, esquiava, foi jogador de futebol, ator, escrevia poesia. Tudo isso ajudou a aumentar o enorme carisma que já tinha", explica Tenório.
O professor ressalta que a comparação constante entre João Paulo e o próximo papa será inevitável. "Será difícil ter alguém com tal aceitação. Acho que devemos torcer para que a próxima etapa aproxime mais a igreja da ciência. Que o tabu dos métodos anticoncepcionais, da defesa do celibato aos solteiros caia", diz.
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