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03/04/2005
-
07h20
da Reuters, em Cabul (Afeganistão)
A liderança do grupo insurgente Taleban no Afeganistão enviou uma mensagem de seu esconderijo neste domingo pedindo ao sucessor do papa João Paulo 2º para que use sua influência para impedir a perseguição aos muçulmanos.
Os líderes do movimento islâmico reconheceram, em um comunicado antecipado, que ouviam o que o papa dizia.
"Nós não expressamos pesar nem alegria sobre a morte do papa. Algo do que ele disse sobre papa e harmonia era digno de consideração. Nós esperamos que seu sucessor tentará liderar seus seguidores no caminho da paz. Muitos dos seus seguidores querem a paz, mas há muitos outros que ainda cometem excessos contra os muçulmanos", afirmou o porta-voz do Taleban, Abdul Latif Hakimi em entrevista telefônica à Reuters.
O grupo Taleban controlava a capital Cabul e a maior parte do país desde 1996, após anos de conflitos com os soviéticos, que invadiram o Afeganistão no final dos anos 70, instalando um regime considerado totalitário pela opinião pública ocidental, que também criticava o tratamento considerado opressivo às mulheres.
Em 2001, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão e derrubaram o regime do Taleban, sob o argumento que o governo constituído acobertava e fornecia apoio ao grupo terrorista envolvido no atentado do dia 11 de setembro de 2001. Atualmente, o Taleban é um grupo insurgente, que luta contra o regime do atual presidente Hamid Karzai, apoiado pelos americanos.
Há aproximadamente 18 mil tropas americanas caçando remanescentes do Taleban bem como os líder espiritual do movimento, Mullah Mohammad Omar, e Osama bin Laden, um dos principais envolvidos nos atentados de 11 de setembro.
No sermão do Ano Novo de 2002, o papa João Paulo 2º afirmou que "ninguém, por qualquer razão, pode matar em nome de Deus. Somente o perdão pode dissipar o desejo por vingança e abrir o coração para a real e duradoura reconciliação entre os povos".
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, deve oferecer anistia no curto prazo para todos os insurgentes com exceção dos militantes mais linha dura do Taleban. Enquanto isso, os guerrilheiros interromperam a campanha de violência.
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Os líderes do movimento islâmico reconheceram, em um comunicado antecipado, que ouviam o que o papa dizia.
"Nós não expressamos pesar nem alegria sobre a morte do papa. Algo do que ele disse sobre papa e harmonia era digno de consideração. Nós esperamos que seu sucessor tentará liderar seus seguidores no caminho da paz. Muitos dos seus seguidores querem a paz, mas há muitos outros que ainda cometem excessos contra os muçulmanos", afirmou o porta-voz do Taleban, Abdul Latif Hakimi em entrevista telefônica à Reuters.
O grupo Taleban controlava a capital Cabul e a maior parte do país desde 1996, após anos de conflitos com os soviéticos, que invadiram o Afeganistão no final dos anos 70, instalando um regime considerado totalitário pela opinião pública ocidental, que também criticava o tratamento considerado opressivo às mulheres.
Em 2001, os Estados Unidos invadiram o Afeganistão e derrubaram o regime do Taleban, sob o argumento que o governo constituído acobertava e fornecia apoio ao grupo terrorista envolvido no atentado do dia 11 de setembro de 2001. Atualmente, o Taleban é um grupo insurgente, que luta contra o regime do atual presidente Hamid Karzai, apoiado pelos americanos.
Há aproximadamente 18 mil tropas americanas caçando remanescentes do Taleban bem como os líder espiritual do movimento, Mullah Mohammad Omar, e Osama bin Laden, um dos principais envolvidos nos atentados de 11 de setembro.
No sermão do Ano Novo de 2002, o papa João Paulo 2º afirmou que "ninguém, por qualquer razão, pode matar em nome de Deus. Somente o perdão pode dissipar o desejo por vingança e abrir o coração para a real e duradoura reconciliação entre os povos".
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, deve oferecer anistia no curto prazo para todos os insurgentes com exceção dos militantes mais linha dura do Taleban. Enquanto isso, os guerrilheiros interromperam a campanha de violência.
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